Engano de amor

(imagem de devaneadora.wordpress.com)

(imagem do Google)

Não sei quando foi, quando aconteceu,
Passava ali no meu ritual diário,
Mas senti que o meu corpo estremeceu
Qual tocha erguida pelo incendiário.

Questionei-me se aquela era eu,
Ou fruto de um pensamento vigário,
Algo ilógico e estranho sucedeu
Que julguei ser mesmo inimaginário.

Assim que os teus olhos nos meus poisaram,
Senti que o solo de meus pés fugia
Com a força que deles refulgia.

Cedi, mas os teus olhos me enganaram,
Queimaram até à destruição,
Deixando em cinzas o meu coração.
                                            Célia Gil

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