Verde



Com suavidade, embebo o pincel
em vários tons de verde.
Começo pelos montes
que se estendem numa planície verdejante,
onde se aconchegam os pássaros
à procura de flores para beijar.
As árvores erguem ramos frondosos
que se estendem para se deixarem abraçar
pelos quentes raios de sol.
O musgo enfeita a pedra nua,
cobrindo-a com o seu manto de vida.
Quase sinto a brisa sobre a pintura
trazendo o aroma da verdura.
Um leve tremor do corpo
vem da frescura dos arbustos
que contornam o rio que flui.
Tudo é vida e magnitude
e a minha alma sorri,
verde de esperança.
                            Célia Gil

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