Wilkerson, Charmaine (2022). Bolo Negro. Porto: Porto Editora.
Tradução: Carla RibeiroNº de páginas: 404
Início da leitura: 21/11/2022
Fim da leitura: 26/11/2022
**SINOPSE**
Wilkerson, Charmaine (2022). Bolo Negro. Porto: Porto Editora.
Tradução: Carla RibeiroNº de páginas: 404
Início da leitura: 21/11/2022
Fim da leitura: 26/11/2022
**SINOPSE**
García-Márquez, Gabriel (1995). Crónica de uma Morte Anunciada. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 4ªed.
Tradução: Fernando Assis Pacheco
Nº de páginas: 112
Início da leitura: 19/11/2022
Fim da leitura: 20/11/2022
**SINOPSE**
Figueiredo, Isabela (2022). Um Cão no Meio do Caminho. Lisboa: Editorial Caminho.
Nº de páginas: 296Início da leitura: 18/11/2022
Fim da leitura: 19/11/2022
**SINOPSE**
Cachapa, Possidónio (2019). A Vida Sonhada das Boas Esposas. Lisboa: Companhia das Letras.
Nº de páginas: 240
Início da leitura: 15/11/2022
Fim da leitura: 17/11/2022
**SINOPSE**
"Madalena viveu, durante décadas, uma vida exclusivamente dedicada a um marido que nunca a amou, à casa que não escolheu e aos filhos que pouco se importavam com ela. A morte Súbita do marido e o segredo que lhe foi desvendado levam-na a embarcar num navio de cruzeiro, o que vai alterar a sua perspetiva de vida e o olhar sobre si própria. A par das amigas hilariantes de carne e osso, as personagens dos romances de Corín Tellado ou Emily Brontë saltam das prateleiras para lhe assombrar os sonhos e fazer questionar o seu direito a ser, finalmente, livre. O encontro com um galã hiper-romântico, semelhante aos dos livros que a tinham feito sonhar, e um tsunami muito real colocarão definitivamente em causa a possibilidade de voltar a ocupar o lugar de viúva recatada e submissa a que parecia condenada."
Mais um autor que estou a descobrir e de quem, com certeza, lerei outros títulos. É um livro leve, divertido, mas bem escrito e com grande criatividade na forma como o autor introduz na narrativa os livros que assaltam os sonhos da protagonista. Além disso, coloca-nos questões importantes: quem era eu na infância? De que gostava? Continuo a ser a mesma ou anulei a minha personalidade? Estas e outras questões são feitas pela protagonista a si própria e acredito que poderiam ser respondidas por muito mais mulheres de carne e osso.
Desta forma, aliam-se nesta ficção personagens com que nos cruzamos no dia a dia, personagens ficcionais de outros livros e, ainda, personagens improváveis.
Temos uma filha que, infelizmente, representa muitos filhos, na realidade: pouco importada com o que a mãe sente e quer, convenceu a mãe a ter a sua conta bancária em conjunto com ela e considera, dá-se ao direito de lhe cancelar o acesso à conta, considera que a mãe deveria ser uma devota viúva, pensar mais nos netos...Mas não teria o direito de ser livre, de viver a vida que lhe fora negada todos os anos em que fora casada e até filha? Já o filho, tem uma outra perspetiva, mas isso deixo para que saibam através da leitura do livro. Isso e muitos outros pormenores!
Aconselho!
Gardeazabal, José (2021). Quarentena: Uma História de Amor. Lisboa: Companhia das Letras.
Nº de páginas: 208
Início da leitura: 12/11/2022
Fim da leitura: 15/11/2022
**SINOPSE**
Antunes, António Lobo (2022). O Tamanho do Mundo. Alfragide: Publicações Dom Quixote.
Nº de páginas: 288
Início da leitura: 09/11/2022
Fim da leitura: 11/11/2022
**SINOPSE**
Rodrigues, José (2020). Dias de Outono. Porto: Porto Editora.
Fotografias:
Sara Augusto
Nº de páginas:
304
Início da
leitura: 07/11/2022
Fim da leitura:
08/11/2022
**SINOPSE**
“«O
sentimento de felicidade pode dar medo. Medo de que, de repente, tudo se
desmorone. Que o coração gele, depois de aquecer. Que a pele esfrie, depois de
recolher os melhores pedaços do Sol.»
Os
dias de Miguel são divididos entre a intensa atividade profissional e o apoio a
Teresa, a sua tia, institucionalizada com uma doença irreversível. Na família
encontra o conforto dos seus dias agitados, com Catarina e os filhos André e
Tiago.
As alterações recentes na administração do banco onde trabalha, a degradação do
casamento e os problemas vividos pelo filho adolescente levam Miguel a
questionar as opções de vida. Ao mesmo tempo, retoma as memórias mais antigas,
incluindo a sua vila no interior e a casa onde nasceu e viveu, criado por
Teresa, num ambiente de permanente felicidade.
Quando
o mundo de Miguel parece desabar, passado e presente unem-se numa longa jornada
de salvação e de mudança de prioridades, onde o amor se transforma no principal
caminho para a reconstrução da felicidade, mesmo quando a perda e a saudade
pareciam não querer dar tréguas…”
Gostei deste livro. Primeiro, pela forma despojada como está escrito. E malgrado todos os acontecimentos negativos, que poderiam tornar-se facilmente em clichês melodramáticos, são antes tratados com uma subtileza, uma delicadeza e um carinho, que os preenche de emoções e nos enternece ao lê-lo.
Muitas são as temáticas que passam por esta história e sobre as quais é preciso que esta sociedade consumista, sem tempo, freneticamente dedicada ao trabalho, reflita: o abandono dos filhos por parte de pais que se limitam a existir na casa, absorvidos toda uma vida pelos seus trabalhos e interesses; o refúgio de um jovem na droga, no álcool, nas amizades perigosas; a vivência do amor, que também arrefece pelas distâncias sem pontes que se vão interpondo na vida dos casais; a morte de um filho...
Penso que tem todos os ingredientes para ser uma boa história. Está bem escrito e aconselho a leitura.
As fotografias da Sara Augusto estão muito bem integradas ao longo da narrativa e o facto de serem a preto e branco, traz o cinza do outono que se coaduna com o cinza em que as almas por vezes ficam, precisando, qual Fénix Renascida, voltar a empreender o seu voo.
Algumas das fotografias, captaram-me a atenção, trouxeram-me memórias, fizeram-me pensar... quase como se fosse construindo a minha narrativa pessoal dentro da narrativa da obra.
Cruz, Afonso (2016). Nem Todas as Baleias Voam. Lisboa: Companhia das Letras.
Início da leitura: 05/11/2022
Fim da leitura: 06/11/2022
**SINOPSE**
"Será possível vencer a guerra com a música? Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, que tinha como missão cativar a juventude de Leste para a causa americana.
É neste pano de fundo que
conhecemos Erik Gould, pianista de blues, exímio e apaixonado, capaz de visualizar sons e
de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranhada no
corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para
o outro. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as
páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho
para recuperar a alegria."
"- Porque estás tão sério?
Se as suas emoções pudessem traduzir-se em palavras, seriam assim: Por causa da nota que tocas na cabeça, por causa das paredes que tens nos olhos, por causa das cicatrizes todas na tua pele, das rosas e da tristeza (...) por causa dos sonhos que ainda não cumpri e porque me sinto sozinho como se estivesse pendurado no meio do Universo, preso a uma estrela muito distante (...) Mas Tristan não saberia verbalizar assim as emoções..." (pág. 41)
"Tristan pegou na esponja e no sabão e deu banho à morte(...)lavou os pés à morte e as coxas e as virilhas e as costas e os sovacos e os cabelos grisalhos (...) A morte levantou o rosto velho, olhou Tristan nos olhos e sorriu enquanto ele lhe tirava o champô." (pág. 90)
"...a arte é um desvio da norma. Corrompe. Desfaz. A arte é uma doença da expressividade humana." (pág. 130)
Ferrante, Elena (2014). A Amiga Genial. Lisboa: Relógio D’Água.
Tradução:
Margarida Periquito
Nº de páginas:
272
Início da Leitura:
01/11/2022
Fim da leitura:
04/11/2022
**SINOPSE**
A Amiga Genial é a história de um encontro entre
duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade
adolescente.
Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm
ambas de famílias remediadas. O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal,
o de Lila Cerullo é sapateiro.
Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas ações. Tem resposta pronta
para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja.
Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente que fascina os rapazes
do bairro, Elena continua a procurar nela a sua inspiração.
O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de
Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua
família no bairro onde vive. Mas a sua amizade prossegue.
A Amiga Genial tem o andamento de uma grande
narrativa popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda, mostrando
os conflitos familiares e amorosos numa sucessão de episódios que os leitores
desejariam que nunca acabasse.
«Elena Ferrante é uma das grandes escritoras
contemporâneas.»
The New York Times
Este
livro conta-nos a história de duas meninas, Elena e Lila, na Nápoles dos anos
50 e num bairro pobre, de pessoas da “plebe”, muito marcado pela violência. Destacam-se
nos estudos, Elena pela dedicação e estudo e Lila através da sua inteligência
natural e curiosidade que faziam dela uma leitora voraz.
Mas
num bairro pobre, nem todos conseguem prosseguir os estudos e acabam a
trabalhar nos negócios dos pais. É o que acontece com Lila.
A
amizade que as vai acompanhar durante a fase da infância até à adolescência é, quanto
a mim, pouco saudável, uma vez que Elena, a narradora da história, fala da
amiga sempre como sendo melhor que ela em tudo, melhor nos estudos, melhor a
escrever, melhor em questões de beleza. Inclusive menciona que muito do que
aprendeu foi com Lila. Neste processo de crescimento de Elena, há claramente um
rol de preocupações que mais não são que as preocupações de todas as
adolescentes: baixinha, com borbulhas, nariz largo… É assim que ela se vê,
sempre que olha para o espelho, especialmente depois de se ver obrigada a usar
óculos. Assim, penso que grande parte da infância/adolescência de Elena é
vivida em função de Lila, do que ela pensa, do que ela diz, do que ela faz, das
suas opções, numa dependência total. Mas esta é a perspetiva de Elena. Em
determinados momentos, gostaria de saber um pouco mais sobre os pensamentos de
Lila. O que realmente sentiu quando se viu impedida de continuar a estudar e a
amiga prosseguiu os estudos?
Ficamos
a conhecer grande parte dos jovens do bairro e as voltas que as suas vidas
amorosas vão sofrendo.
Gostei
da forma como Elena Ferrante nos prende à história, como as suas descrições
cativam, como as palavras têm a força necessária para nos absorver por completo.
Agora, faltam-me os próximos três livros...