Histórias Soltas Presas Dentro de Mim

Zimler, Richard (2020). Insubmissos. Porto: Porto Editora.

Nº de páginas: 356

Início da leitura: 21/12/2020

Fim da leitura: 27/12/2020

Insubmissos é o romance mais recente de Richard Zimler e foi traduzido por Daniela Carvalhal Garcia.

A história gira em torno de um professor de guitarra clássica, a quem morreu um irmão com sida. Também ele homossexual, envolve-se com um aluno, António, um jovem talentoso e irreverente, carente no que se refere à relação familiar com o pai, um homem rígido e pouco dada a afetos. António acaba por se envolver com portadores do VIH, contraindo ele próprio a doença, aos 24 anos. Quando percebe que está infetado, António sente que a sua vida acaba ali, nada mais fazendo sentido.

Quando o professor fica a saber disto, decide mostrar a António que ainda tem uma vida pela frente e que não pode desistir pura e simplesmente de viver. Assim, organiza uma viagem de carro com destino a Paris, onde preparara uma surpresa a António, uma audição com um conceituado professor de música, que lhe poderia abrir horizontes e ampliar os seus estudos de música.

Quando Miguel, o pai de António, sabe da viagem, disposto a aproximar-se do filho de quem se distanciara ou nunca chegara mesmo a aproximar-se. Talvez quisesse redimir-se da sua ausência na vida do filho, do seu sentimento de culpa por as coisas terem chegado onde chegaram ou, pura e simplesmente, para se encontrar a si próprio, uma vez que caíra numa vida com que não se identificava, que não o fazia feliz.

Uma viagem a três, cada um carregando um rastilho de emoções prestes a fazer explodir uma bomba a qualquer momento. Uma viagem que representa uma procura de sentido para uma vida que se prevê breve, de encontros, de dúvidas, de conhecimento, de revelações, numa tentativa, por parte de cada personagem, de renascer das cinzas, aceitar a morte, aceitar a velhice, reconciliar-se com o passado e viver o que a vida pode ainda reservar de bom.

Este livro despertou-me emoções contraditórias. Por um lado, a história é muito bem pensada. A forma como Zimler escreve prende, de facto, o leitor do início ao fim, com um ritmo rápido e sem momentos mortos.

Porém, se esta história precisava que se falasse das relações físicas, precisava. O que considero excessivo é que, para se falar de sexo sem tabus, se recorra a uma linguagem que o vulgarize e lhe retire o encanto que tem, seja ele heterossexual ou homossexual. Nem sequer era necessário estar sempre a mencionar as relações físicas e de forma detalhada com uma carga erótica tão grande. Sendo algo natural, era evitável ser abordado com uma obsessão e compulsão tão grande como o faz Zimler.

Talvez esta seja a grande razão por que gosto mais dos outros livros do Zimler.

Summers, Coutney (2019). Sadie. Amadora: Topseller.

Nº de páginas: 320

Início da leitura: 13/12/2020

Fim da leitura: 20/12/2020

 


Sadie é um livro escrito por Courtney Summers e traduzido por Dina Antunes, que ganhou o prémio Edgar Awards de 2019 na categoria de Melhor Livro Jovem Adulto.

O radialista West McCray recebe um telefonema a pedir ajuda para localizar uma rapariga desaparecida. Apesar de inicialmente desvalorizar a situação, começa a interessar-se pelo desaparecimento de Sadie Hunter, uma jovem de 19 anos, iniciando um podcast dedicado à investigação do seu desaparecimento. A par desta história, é narrado o desaparecimento de Sadie, depois de a mãe, dependente de drogas e álcool, a abandonar a ela e à irmã, Mattie. Tudo indica que Sadie tenha cuidado da irmã com todo o zelo, após este abandono. Quando a irmã é brutalmente assassinada, Sadie parte em busca do criminoso para fazer justiça, quiçá com as suas próprias mãos.

Em forma de podcast, este é um thriller young adult que nos prende pela história em si, uma história que envolve, que vai abalando as nossas emoções. É um livro que aborda temas duros como as dependências, as preferências por um determinado filho, o abandono, a pedofilia e o homicídio, mas de uma forma que não choca, talvez por ser destinado à leitura por jovens. De coração apertado, somos levados por Sadie nesta viagem conturbada, à procura de pistas, tentando desvendar tudo o que terá estado por detrás da morte da irmã. Uma história dramática, escrita de forma simples, direta e empolgante. À medida que vamos avançando na leitura, vemo-nos cada vez mais presos nas malhas deste enredo e a desejar saber mais.

Uma leitura que recomendo para quem gosta destas temáticas e de thrillers.

Santos, António Costa (2007). Proibido. Lisboa: Guerra e Paz Editores.

Nº de páginas: 216

Início da leitura: 08/12/2020

Fim da leitura: 12/12/2020

Proibido é um livro escrito por António Costa Santos e devo dizer que foi uma delícia ler este livro. Adorei a forma como está escrito, o humor e o saber de que este livro é feito.

Muito bem estruturado, com imagens exemplificativas da época do Estado Novo, este livro conta-nos histórias da História. É com sentido de humor que António Costa Santos nos conta histórias hilariantes de proibições de lei e tradição, agora inconcebíveis, naquela época do lápis azul, onde a justiça era levada a situações extremas e até ridículas, ao ponto de, neste momento, nos provocar o riso ou sorriso incrédulo.

E num tom hilariante, é possível abordar questões sérias, de aprendizagem e consciencialização de tudo quanto foi conquistado. Sentimos o quão difícil deve ter sido às gerações passadas ultrapassar estas proibições que eram um exemplo evidente da violação dos direitos humanos. E louvamos todos os que lutaram por um futuro livre do “colete de forças” em que se via encarcerado o ser humano.

Era proibido ler, editar e vender certos livros, o que terá levado à detenção de vários escritores sobejamente nossos conhecidos. A desigualdade de género era bem evidente na forma como a mulher era vista e integrada na sociedade, o que exemplifico com um dos exemplos que mais me chocou: a mulher casada não podia viajar sozinha sem uma autorização por escrito por parte do marido. Era proibido beber coca-cola, usar biquíni, pedir o divórcio, dar beijos em público, ouvir certas músicas, casar com uma professora, entre tantas outras de que não vou falar, para que possam ler o livro e ficar tão surpreendidos quanto eu.

Ler este livro é perceber melhor a ignorância, a pobreza e a injustiça em que o povo português vivia. Um livro muito importante também para que nunca esqueçamos e nunca mais se repitam as perversidades do regime de Salazar.

***** estrelas!

                                                       Célia Gil

Hirata, Andrea (2013). Os Guerreiros do Arco-Íris. Barcarena: Editorial Presença

Nº de páginas: 286

Início da leitura: 02/12/2020

Fim da leitura: 07/12/2020

Os Guerreiros do Arco-Íris é um romance escrito por Andrea Hirata, um escritor indonésio e traduzido por Maria João Freire de Andrade.

Antes de dizer o que quer que seja sobre os acontecimentos narrados neste livro, devo dizer que é fantástico! Não é qualquer livro que tem o poder de nos envolver de tal forma, que com ele choramos, rimos, sofremos, vibramos. Por vários momentos, senti o peito apertadinho a sofrer pelas personagens, ou melhor, com as personagens. Uma história de vida, de luta, de persistência, de desigualdades sociais, de exploração infantil, de desvalorização de escolas das aldeias, a par de uma grande persistência, de professores que fazem a diferença, de alunos que também fazem a diferença, de um grande espírito de sacrifício e resiliência, e, ainda, entremeando com momentos puramente mágicos, com a crença em fantasmas, com o amor (que, com efeito, comanda e muda a vida), momentos de vitória, nos quais me vi a torcer com ansiedade por um grupo de jovens e muitos momentos hilariantes nos quais era impossível não soltar uma boa gargalhada.

Esta é uma história que, segundo a Amazon, “se lê como um moderno conto de fadas”, mas um conto de fadas em que, nem sempre tudo corre às mil maravilhas. Narrada na primeira pessoa, é pela voz de Ikal, uma criança de seis anos, no início do romance, que nos chega esta história incrível. A ação decorre na ilha de Belitong, uma aldeia muito pobre e onde as crianças começam a trabalhar muito cedo a apanhar pimenta, a embrenharem-se pela perigosa selva para apanharem madeira de agara e sândalo amarelo, a trabalhar em lojas, a calafetar barcos, a ralar coco e como moços de recados dos barcos de pesca.

Porém, para este grupo de crianças, pelo menos até certa altura, a escola era o lugar onde eram felizes, mas manter a escola aberta é uma luta constante e muitas são as adversidades por que passam. Estes jovens estudantes são, com efeito, “guerreiros do arco-íris”, que tudo fazem para defender a sua escola, mesmo quando tencionam derrubá-la para explorar o estanho que estaria debaixo da sua estrutura.

Conseguirão os dois troféus ganhos em provas diferentes ser suficientes para manter a escola aberta? Que futuro estará reservado para estas crianças pobres?

Este é mesmo um livro que todos deviam ler, que alguns jovens que têm acesso à educação de mão beijada e não aproveitam, deviam ler. Que todos deviam ler!

Um romance 5 estrelas. É daqueles romances que nos deixa a ressacar. O próximo a ler tem de ser mesmo bom, ou vou ter sempre saudades deste!

                                                                                                                  Célia Gil

Pimenta, Samuel (2015). Os Números Que Venceram os Nomes. Barcarena: Marcador Editora

Nº de páginas: 176

Início da leitura: 29/11/2020

Fim da leitura: 01/12/2020

Os Números Que Venceram os Nomes é um romance de Samuel Pimenta, que ganhou o Prémio Jovens Criadores – Literatura. Não é de todo fácil classificar este livro, é uma distopia que, ao mesmo tempo, constitui também uma parábola. Um livro que perturba, mas que alerta, ao mesmo tempo, para a desumanização que está a dominar a nossa sociedade.

A ação decorre num futuro indeterminado, num momento em que, comprovada matematicamente a existência de Deus (e de uma única religião) por meio de uma fórmula matemática, os homens veem-se obrigados a trocar os seus nomes por números. É-lhes feita uma lavagem cerebral e, caso alguém se questione ou vivencie uma situação que ponha em risco esta nova sociedade, é internado em hospícios, onde continua a lavagem cerebral, com medicação que não lhes permite lembrarem-se que não são mais do que um número. Tudo passa a ser regido por números – pessoas, países, ruas, animais…. Como se de máquinas se tratasse e não de pessoas, já que estas deixam de ter identidade, passando a ser um número de um sistema de dados.

Um Nove Um Seis é um rapaz que vive sozinho e trabalha num call center. Certa noite, cruza-se com um gato na rua e começa a ter visões de acontecimentos passados, com esse gato. É internado num hospício. Partilha o quarto com um velho inconformado, que o alerta para a necessidade de não tomar os comprimidos que lhe dão, que é isso que o novo regime quer, anular todos os seres e formatá-los. É, ao seguir os conselhos do velho, que Um Nove Um Seis tenta descobrir quem é, o que é um nome e qual a sua função.

É um livro pequeno, mas não tinha de ser maior para cumprir o seu objetivo.

Gostei muito da forma como Samuel escreve, direta e atenta. Ler este livro é como respirar de um só fôlego!

Recomendo!

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Professora de português e professora bibliotecária, apaixonada pela leitura e pela escrita. Preza a família, a amizade, a sinceridade e a paz. Ama a natureza e aprecia as pequenas belezas com que ela nos presenteia todos os dias.

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