Histórias Soltas Presas Dentro de Mim


(imagem do google)

Sou domadora de feras,
feras bestiais,
das que nos ousam afrontar,
pesadelos de angústia e dor.

Como a venço?
Com amor!

Feras paranormais,
difundidas pela mente,
qual vírus mortal.

Como as anestesio?
Com versos escritos a fio!

Feras humanas,
que nos tentam derrubar
com críticas destrutivas,
que nos querem abalar.

Como os ultrapasso?
Com a força de um abraço!

Feras desleais,
que tão bem fingem amor,
mas que são só animais
feridos no seu rancor.

Como as enfrento?
Com a poesia,
o meu grito, a minha arma,
o meu cimento,
o meu fado e o meu carma!
                               Célia Gil


(imagem do google)

Vivo cada viagem que faço
como se não houvesse amanhã,
não registo ou fotografo,
guardo apenas na memória
cada momento ou paisagem.

No meu bloco escrevo impressões,
mais reais que a fotografia,
imprimo as vivências
numa branca folha vazia,
com traços marcados pelas emoções
vividas em cada momento.
Assim, são mais belas.
E, um dia, quando lerem o bloco,
descobrirão paisagens nunca vistas,
acontecimentos impossíveis de registar
em simples películas de fotografia.
Verão que nesse local,
houve coisas que não viram,
pessoas que passaram despercebidas,
sentimentos que não sentiram
na fotografia guardada.
E de cada vez que viajo,
ainda que para o mesmo sítio,
descubro sempre algo novo
que registo no meu bloco.
Ao ler as minhas viagens,
volto aos sítios onde estive
e vivo novas experiências.
A cada viagem que releio,
de uma coisa tenho a noção,
renovo a emoção
como se voltasse lá,
e vivo cada viagem
como se não houvesse amanhã.
                                Célia Gil
Antes da postagem de hoje, gostaria de compartilhar o estado da minha horta. É ótimo poder cuidar dela. E até já tenho uma amostra de pêssegos e cerejas.

Do lado esquerdo, os morangueiros estão viçosos, com alguns morangos a amadurecerem e muita flor. Depois o canteiro das alfaces, bem verdejante. Atrás estão pimentos, feijão, uma amoreira e uma framboesa. No canteiro de cá couve coração, couve penca, courgete, pepino, couve branca e cebolas. 
Aqui as ervas aromáticas. Já cortei algumas para secar, como os orégão, o alecrim, o caril e o serpão. Restam umas alfaces que tenho ido colhendo para cultivar melancia, melão e meloa.

O pessegueiro, apesar de tão pequenino, não quer ficar atrás e os pêssegos lá estão, felizes da vida.
As flores não podiam faltar a dar cor à gravilha.
Jarros compõem o vaso de entrada, misturam-se os rosa, pretos e escondem-se ainda atrás os brancos. À frente quero acrescentar os amarelos/laranjas.
E agora a flor dos meus olhos, a minha cerejeira já com dez cerejas! E tudo regado por boa água, já que fizemos um furo!  E aqui vai o poema inspirado nesta magnífica árvore e que dá título à postagem:

Coroei aquela cerejeira
rainha do meu sonho.
Ela agradeceu, altaneira,
curvando sobre mim
lindo brincos vermelhos.

A nossa história
começou numa manhã de primavera,
o sol ainda há pouco despontara
quando te vi,
da janela da sala.
O sol beijava o orvalho da manhã,
as tuas folhas sacudiam-se
banhando-se ao sabor do vento.
Quando me aproximei,
fiquei presa ao deslumbramento
de um pequeno botão de flor
de vida sedento
que abriu em flor
branco-rosado de cetim.
Olhei-a...
Olhou para mim...

E todos os dias uma nova flor
nascia aqui e ali
enfeitando tudo em seu redor.
Longas tardes em conversas
sobre tudo e sobre nada,
 memórias dispersas
de uma vida passada.

E as flores de cetim
deram lugar a frutos,
pequenos botões verdes
denunciando futuras vitórias,
que foram amadurecendo,
corando com as minhas histórias.

Assim foi, assim aconteceu
esta ligação tão intensa,
a tua fruta amadureceu
esplêndida e sumarenta.

E daqui a muito tempo,
quando eu já for velhinha,
ainda me sentarei,
lá pela tardinha
e te confidenciarei
tudo o que me vai no peito.
Os meus netos correrão
à procura do fruto eleito.
Verás, considerar-te-ão
para sempre
rainha do fruto perfeito!
                              Célia Gil






(imagem do google)

A perfeição não existe, na realidade,
apenas nos projectos que para ela concorrem,
projectos que ficam, morrem,
mas que são tudo menos verdade.

A minha perfeição está na simplicidade
do rio que corre,
na humildade
daquele pobre,
na ingenuidade
do sorriso de uma criança,
na ansiedade
com que o teu olhar me alcança.

A perfeição está no que me faz e deixa feliz,
em tudo o que é genuíno e autêntico.
A perfeição está nos pequenos gestos
de dádiva e gratidão,
num abraço sentido, 
num sorriso autêntico,
nos momentos de emoção.

E quando me limpas as lágrimas,
quando me ofereces o teu ombro,
ouves as minhas mágoas,
escutas o meu coração,
…é pura perfeição!
                         Célia Gil



(imagem do google)

Amar é querer, é desejar,
perder-me em ti
para me encontrar a mim,
nos teus braços, nos teus beijos,
no teu cheiro, nos teus olhos,
em todo o teu ser.


Amar é partilhar, respeitar,
entregar-me a ti,
receber-te em mim,
continuamente reciclar
o modo de olhar e de amar.


Mas, amar é também refilar
discordar e rebentar.
Não é anular o meu ser,
 e apenas me submeter.


É aceitar o outro
com tudo o que isso implica
e ainda o admirar,
reconhecendo as imperfeições,
sem o anular,
sem me anular,
ajudando-o a crescer,
sentindo-se preenchido,
mesmo sem o saber.


É um gesto, uma palavra, um olhar,
conhecer e reconhecer,
amadurecer a dois,
dando ao que ama espaço para si,
o mesmo que eu preciso para mim,
para estar a sós comigo.


Enfim, ser marido, mulher, amante, amigo!

                                                                Célia Gil


(imagem do google)

Preciso deixar de pensar,
esconder-me das minhas ilusões,
deitar-me no meu bem-estar
e deixar-me de divagações.


Quanto mais penso no que sou
mais procuro o inconsciente,
sou um barco que naufragou
sem encontrar o Oriente.


Deito-me teluricamente,
aspirando o ar da terra,
quero paz para a mente
que a pensar está em guerra.


Quero voltar a ser criança,
não ter de me preocupar,
rumar em direcção à distância,
sem nada procurar.


Quero de mim me ausentar!
                                    Célia Gil

(imagem do google)


Resolvi: vou reciclar os pensamentos!

Vou pegar num pensamento,

daqueles que estão a mais na mente,

vou deitá-lo ao lixo,

reciclá-lo.

Já sei: vou reciclar a solidão

com outras solidões.

Assim a minha

nunca mais estará só.

Juntas, as solidões

transformar-se-ão em uniões.



Ou então reciclo a tristeza

com outras tristezas.

A minha tristeza constatará

que as outras são mais genuínas

redimir-se-á,

regredirá,

e apagar-se-á.



Está resolvido!

Vou deitar os meus pensamentos

ao lixo!
                      Célia Gil


(imagem do google)

No meu sonho há um bosque
com retalhos de árvores
que teimam em recortar
nevoeiros cerrados.
Há névoas que se estendem
e que o tornam sombrio.
Bebo a inspiração
dessa fusão verde-cinza.
Por um lado, o verde
que rompe levemente
caminhos de luz
em nevoeiros lusco-fusco.
Verdes de cheiro a pinho
projetados como miragens
entre as paredes cinza do bosque.
Promessas sussurradas
por pequenas folhas atrevidas
qual veio de água
que espera ser encontrado
em terra arenosa e seca.
Por outro lado, o cinza dominante
que recorta monstros imaginários
no medo humano,
engole e absorve
o tímido verde,
as frágeis folhas ousadas
que teimam invadir os seus domínios.
mas, no meu sonho,
toco essas folhas insistentes,
sinto-lhes o cheiro húmido.
De repente, de tenras
partem, frágeis, nas minhas mãos,
caem no escuro chão
onde deixo de as vislumbrar.
Sinto o sonho
escorrer-me por entre os dedos
e os olhos fecham-se em nevoeiro cerrado.
                                                  Célia Gil


(imagem do google)


Hoje é daqueles dias
que me doem.
Daqueles dias 
que me comprimem o peito.
Imagens, memórias
percorrem-me a mente
mesmo sem querer,
são mais fortes que eu própria.
Hoje é daqueles dias 
em que todo o meu ser chove,
em que até me agonia
nos outros a alegria.
Os sorrisos que vejo
são desprovidos de sentido,
não correspondem ao que sinto.
Não quero ser egoísta,
mas a minha tristeza
quer apoderar-se dos meus olhos
e não consente outro sentimento.

E vejo-te, mãe,
vejo-te ainda mais que nos outros dias,
a tua mão morrendo na minha,
os teus dedos deixando
de pressionar os meus.
Sinto o peso desse abandono
e vejo a morte entrar em ti,
aos poucos, desde a ponta dos dedos
até se apoderar do teu coração.
Os teus dedos ficam roxos e frios,
frio que se apodera da minha alma
que recusa perder-te.

Serei sempre o teu passarinho,
tu, que me ensinaste a voar,
que me deste os alicerces
para ser quem sou.

Há dias assim...
                              Célia Gil


(imagem do google)

Não tenho mais palavras,
por isso remeto-me ao silêncio
dos meus dias cansados.
Calaram-se todas,
deixando-me nesta masmorra
triste e solitária.
Abro os braços ante a desertificação
procurando ajuda ou apoio.
Mas o vazio da voz dói-me na alma.
Abro a boca para falar
mas o som é mudo
e sofre ante a minha impotência.
Arre! Quero gritar e não posso!
Palavras prisioneiras da mente,
incontactáveis, sem futuro, sem presente.
Acabaram as palavras todas,
as de amor e as de dor,
as de jubilo e as de raiva.
Silenciaram-se,
emudeceram
prisioneiras em mim.
Os sentimentos remetidos ao silêncio
são vazios opressores
que doem na garganta.
Acabaram as palavras todas...
                                 Célia Gil
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Sobre mim

Professora de português e professora bibliotecária, apaixonada pela leitura e pela escrita. Preza a família, a amizade, a sinceridade e a paz. Ama a natureza e aprecia as pequenas belezas com que ela nos presenteia todos os dias.

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