Histórias Soltas Presas Dentro de Mim

Ferreira, Valentina Silva (2022). Valentina. Lisboa: Aurora Editora.
N.° de paginas: 240

Início da leitura: 28/12/2023

Fim da leitura: 31/12/2023

**SINOPSE**

"Em finais dos anos 70, no Caniço, uma cidade costeira na ilha da Madeira, todos conhecem Ana Clara, a estranha rapariga que não fala e que passa os dias à janela. Quando Anita Fontoura a vê, também ela presa na sua janela de solidão imposta pelo marido, desenvolve-se entre as duas vizinhas uma amizade inesperada.

Décadas mais tarde, de regresso à ilha para enterrar Anita, a sua filha Oti reencontra-se com Ana Clara, sua madrinha, para tentar compreender a história da família, das mulheres Fontoura, da fuga das duas para Lisboa e daquela mãe que foi tão difícil amar.

Este é um romance sobre liberdade e coragem, sobre forjarmos nosso próprio caminho, sobre gritos no silêncio. Duas mulheres enclausuradas que o destino uniu e que, juntas, encontraram uma forma de voar."

Gostei tanto deste livro! Num momento futuro, uma filha tenta compreender a mãe (Anita), que nunca a soube amar verdadeiramente e é, ao regressar à Madeira para a enterrar, que reencontra a madrinha, Ana Clara. Sabendo que há histórias por revelar, passa horas com a madrinha que, por meio de analepses, conta a história da família de Anita, as Fontoura, bem como a sua própria história, a forma como se conheceram e como ousaram levar a cabo uma fuga que livraria Anita de um casamento doentio, no qual era vítima de violência doméstica e não só...
Terão conseguido refazer as suas vidas? Ou nem tudo foi assim tão simples?
Uma história empolgante, num enredo bem urdido, que cativa e prende do início ao fim. Recomendo!

Gaiman, Neil (2006). Mr. Punch - A Trágica Comédia ou Cómica Tragédia. Grã-Bretanha: Vitamina BD Edições.

 e 
Tradução: Pedro Silva e Pedro Vieira de Moura.
Nº de páginas: 96
Início da leitura: 25/12/2023
Fim da leitura: 27/12/2023

**SINOPSE**
"Em Portsmouth, cinzenta cidade do litoral da Inglaterra, um garoto passa uma temporada inesquecível na casa dos avós. Um período de amadurecimento e descobertas, reveladas por personagens insólitos: seu tio-avô Morton, marcado desde a infância por uma deficiência física; uma misteriosa mulher, que ganha a vida interpretando uma sereia, e Swatchell, um artista com um passado obscuro. À medida que as histórias desses personagens se entrelaçam e se desdobram, o garoto é forçado a confrontar segredos de família, estranhos fantoches e um pesadelo de violência e traição, em uma sombria fábula sobre o fim da infância – e da inocência – e a passagem para a vida adulta. Mr. Punch foi escrito por Neil Gaiman, aclamado autor de Sandman, Deuses Americanos e Coisas Frágeis, e ilustrado por Dave McKean, premiado artista de Asilo Arkham e Cages. Parceiros de longa data, já realizaram diversos trabalhos juntos, entre eles a graphic novel Sinal e Ruído."
Esta novela gráfica conta-nos a história de uma criança que, aos 8 anos, se vê obrigada a passar uma temporada em casa dos avós. É numa saída com o avô, para pescar que, no areal da praia, se depara com um teatro de fantoches. Esta peça designava-se Mr. Punch (alusão a uma peça de teatro de fantoches itinerante, muito popular em Inglaterra, entre 1837 e 1901, fazendo parte do folclore). Esta é uma peça bizarra, macabra e de humor negro, na qual se revelava uma violência extrema de que o Homem era capaz, para com a mulher e os filhos - e não só! A presença da vida surge a par da presença da própria morte, e as ilustrações sombrias, com o olhar demoníaco dos fantoches, a técnica do recorte, surge a lembrar-nos que a vida é isto, pedaços que muitas vezes nem encaixam e que resultam de acontecimentos, momentos que se fragmentam e que têm todos o mesmo fim: a solidão, a loucura, a deficiência, a morte...
Este teatro é o mote para a criança descobrir a peça da vida real vivida pela sua família, uma família cheia de segredos, marcada pela doença mental, por doenças, que surgem como fatalidades a que não se consegue fugir. 
Fala-nos, portanto, da perda da inocência por parte deste menino, que percebe que, afinal os fantoches não são simples brinquedos, porque reproduzem a vida real. Somos, afinal, todos personagens desta tragicomédia que mais não é que a própria vida.
Apesar de considerar o argumento bom, devo dizer que achei as ilustrações assustadoras, mais ainda do que as palavras, capazes de despertar calafrios. Também considero que, em determinado momento, o enredo se torna repetitivo e monótono (entendo que poderá ter sido propositado, para nos obrigar a pensar). Aconselho para quem gosta de terror e de analisar profundamente as imagens a par do texto.

 Everett, Percival (2023). As Árvores. Porto: Porto Editora.

Tradução: José Lima
Nº de páginas: 324
Início da leitura: 23/12/2023
Fim da leitura: 24/12/2023

**SINOPSE**

"Finalista do Prémio Booker 2022 e do Prémio Literário de Dublin 2023, um thriller literário de um mestre da literatura americana, na tradução de José Lima


Uma série de homicídios macabros toma de assalto a cidade de Money, Mississípi. O xerife, os seus ajudantes, o médico-legista e demais habitantes daquela localidade orgulhosamente branca reagem com desconfiança quando uma dupla de detetives estaduais, negros, chega para ajudar na investigação. Em cada uma das cenas do crime, um mesmo elemento deixa-os a todos cada vez mais perplexos: um segundo corpo, de um homem incrivelmente semelhante a Emmett Till, rapaz negro linchado naquela cidade 65 anos antes. Quando os detetives se convencem de que se trata de uma vingança, são surpreendidos pelo facto de haver registo de mortes em moldes idênticos um pouco por todo o país. À medida que os corpos se amontoam, a investigação é conduzida até à casa de uma senhora centenária com um assombroso arquivo histórico. As Árvores é um romance audacioso, de sátira mordaz, que avança a ritmo veloz, sem desviar o olhar dos fantasmas que encontra pelo caminho. Livro do ano para publicações como The New York Times, NPR, The Chicago Tribune e TIME, recebeu, entre várias distinções, o Prémio Bollinger Everyman Wodehouse para escrita de comédia e foi finalista do Prémio Booker 2022."

Neste livro, um thriller policial, de uma ironia macabra, a par de sentido de humor, abordam-se temáticas sérias, desde as humilhações provenientes da escravidão, do ódio racial que atravessou gerações e que, infelizmente, por muito que se tenha feito, ainda não terminou.
Aconselho e acreditem que vos divertirá, com certeza!

 Murakami, Takashi (2018). O Cão Que Guarda as Estrelas. São Paulo: Editora JBC.

Nº de páginas: 136
Início da leitura: 22/12/2023
Fim da leitura: 23/12/2023

**SINOPSE**
"O Cão que Guarda as Estrelas, de Takashi Murakami, é aclamado pela crítica em todos os países onde foi lançado, por ser uma obra que trata com muita sensibilidade a próxima relação entre cachorros e seres humanos.

No Japão foi eleito o Livro do Ano pelo respeitado prêmio Da Vinci, além de ganhar também nas categorias "Livro para chorar" e "Livro eleito pelos leitores". Nos Estados Unidos, foi destacado como um dos dez melhores romances gráficos pela American Library  Association. Fez tanto sucesso no Japão que virou filme: Hoshi Mamoru Inu foi dirigido pelo renomado diretor Tomoyuki Takimoto.

A narrativa deste título é bastante peculiar porque é mostrada através da visão do Cão. O mangá conta a história de um homem que, abandonado pela esposa e a filha, resolve sair numa viagem de carro sem destino com seu cachorro, batizado de Happy. Tanto a arte quanto o texto do mangá misturam simplicidade e profundidade e, de uma forma muito sensível, abordam temas como companheirismo, amizade e solidão."
Este foi o primeiro mangá que li e adorei! Três histórias que se relacionam entre si e que provam o amor e a dedicação total dos cães para com o Homem. E o facto de uma delas terminar mal, faz com que o protagonista da última reflita e se arrependa do tempo que não passou com o seu cão, a pressa e os atos mecânicos com que o levava à rua, quando podia ter desfrutado mais desse tempo precioso... E mais não posso contar. Apenas acrescento que é uma história que nos faz também a nós refletir, nos comove, nos toca! Recomendo!

 Ruivo, Gabriel (2023). Lei da Gravidade. Porto: Porto Editora.

Nº de páginas: 264
Início da leitura: 22/12/2023
Fim da leitura: 23/12/2024

**SINOPSE**
"Será a vida que imita a literatura, ou o contrário?
O que terão em comum um velho à beira da morte numa cama de hospital, o escritor de um bestseller, um pré-adolescente inquieto e um menino de dois anos com um fascínio por livros? Que destino espera as amigas Maria Ana e Ana Maria – o espelho uma da outra? Conseguirá uma livrar-se do marido agressor, e a outra do sofrimento da perda? E Marinela? E Mariana? E a mãe solteira que existe em todas elas, fruto de um abandono continuado? E o pai, protagonista do descalabro? E o futuro, que teima em ser passado, e o passado, que teima em ser futuro?
O tempo é o grande mistério. É ele que se ri de nós do outro lado do espelho, no reflexo onde procuramos o sentido da existência e que teima em nos devolver a imagem do absurdo. É também ele que perpetua um incessável padrão de violência, que faz com que a mesma história se repita uma e outra vez, lutando contra a esperança do leitor de que o ciclo, por fim, se quebre.
Neste ousado e original romance, Gabriela Ruivo oferece-nos com maestria um universo alternativo onde o tempo se sujeita à lei da gravidade – a força motriz que agrega passado, presente e futuro, e dissolve os contornos da realidade – e convida-nos a explorar outros mundos no interior dos conceitos de espaço e de tempo e, em última análise, da própria Literatura.
O ABANDONO. O DESEJO DE LIBERDADE. E O MEDO DA SOLIDÃO QUE NOS PRENDE NUM CICLO DE VIOLÊNCIA."
Um livro muito bem escrito, onde se fundem passado, presente e futura, na vida do escritor e professor, personagem enigmática, que nos narra a história. Mas há comportamentos e acontecimentos que unem estas personagens: a violência doméstica, a gravidez, a maternidade, o abandono, a mentira... A história repete-se como numa espiral de espelhos, como se, cada vez que uma nova geração pudesse dar um novo início à história, estivesse condenado a repeti-la, a perpetuar os erros e os fracassos. Recomendo!

 Jaeggy, Fleur (2023). Felizes Anos de Castigo. Lisboa: Alfaguara.

Tradução: Ana Cláudia Santos

Nº de páginas: 112

Início da leitura: 21/12/2023

Fim da leitura: 21/12/2023


**SINOPSE**

"«Passaram tantos anos, e ainda torno a ver o seu rosto, um rosto que busquei noutras mulheres, que nunca encontrei. Era muito íntegra. Uma coisa perigosa. […] Nunca demos a mão. e tê-lo-íamos achado ridículo. Viam-se pelos caminhos rapariguinhas de mão dada, a rirem-se, a fazerem de amigas, a fazerem de amantes. em nós, havia uma espécie de fanatismo que impedia qualquer efusão física.»

Felizes Anos de Castigo conta a história de uma rapariga à procura de si mesma, num colégio interno suíço, nos anos 1950. Respira-se aqui uma atmosfera densa de cativeiro, sensualidade inconfessada e alienação. A protagonista é uma rapariga incomum, que se deixa fascinar por uma outra, bela, sofisticada e inteligente. Entre elas nasce uma relação ambígua, de luz e sombra. Num estilo límpido mas pleno de frémito, Fleur Jaeggy faz reverberar nesta narrativa a corda secreta de um mundo apartado da realidade, onde se vê, numa voragem, «a vida passar pelas janelas».

Felizes Anos de Castigo pertence a uma linha do tempo mais indefinida do que a época ou as pessoas que retrata: desenrola-se na memória, essa espécie de século à parte dos outros."
Nesta breve narrativa autobiográfica, a narradora conta-nos as suas vivências no colégio interno feminino (que mais tarde se transformou num hospital psiquiátrico), no qual as jovens se submetem ao dever de obediência, à disciplina, à opressão, mas também ao despertar das primeiras paixões. Aos pouco, o livro vai-se tornando mais denso, fazendo-nos pensar em tudo o que é dito. A linguagem, bastante contido, não deixa de ser clara, por vezes poética, irrepreensivelmente bela. Recomendo!

 Huges, Anita (2021). Um Natal Mágico em Nova Iorque. Alfragide: Quinta Essência.

Tradução: Sofia Pereira
Nº de páginas: 288
Início da leitura: 18/12/2023
Fim da leitura: 21/12/2023

**SINOPSE**
"Não há Natal como em Nova Iorque. As ruas estão iluminadas, a música paira no ar, o espírito da época transforma a cidade que nunca dorme num reino de conto de fadas… Mas a magia - a verdadeira magia! - vai acontecer no mítico Hotel Plaza.
É precisamente na semana de Natal que Sabrina Post entra no glamoroso Hotel Plaza decidida a aceitar ser escritora-fantasma do livro de memórias de um famoso negociante de arte. Sabrina é jornalista e a sorte não lhe tem sorrido nos últimos tempos, daí a alegria com que recebe a proposta de emprego: não se trata apenas de um (muito necessário) cheque mas também de seis (seis!) noites na sua própria suíte no Plaza. Tudo se torna mais interessante quando conhece Ian Wentworth no bar do hotel. Ian assume que Sabrina é rica e está habituada ao melhor que o dinheiro pode comprar. Ela não o corrige, especialmente depois de saber que Ian é Lord Braxton, membro da aristocracia inglesa e herdeiro de uma vasta fortuna. No entanto, Ian é apenas o secretário pessoal de Spencer, o verdadeiro Lord Braxton.

Por recear perder Sabrina, Ian deixa a charada prolongar-se. Mas à medida que a semana avança, os sentimentos de ambos intensificam-se e as peripécias e mal-entendidos multiplicam-se… Será a relação forte o suficiente para sobreviver à verdade?

Repleto de magia, UM NATAL MÁGICO EM NOVA IORQUE é simultaneamente o melhor presente que um coração romântico pode receber e uma história emocionante que nos lembra que o amor é o maior milagre de todos."
Um livro destinado a quem gosta de leves comédias românticas. Não é o meu caso. Li-o numa leitura conjunta, mas confesso que, tirando a parte da história que decorre em 1960, achei fraquinho. Além disso, volto a apelas às editoras para um maior cuidado na revisão do texto. As gralhas não são nada apelativas. Serviu, pelo menos, para descontrair entre leituras mais intensas.

 Hamsun, Knut (2023). Mistérios. Lisboa: Cavalo de Ferro.

Tradução: João Reis

Nº de páginas: 296

Início da leitura: 15/12/2023

Fim da leitura: 17/12/2023


**SINOPSE**

"A chegada de um misterioso estrangeiro, de nome Johan Nagal, a uma pequena cidade costeira da Noruega, transformará para sempre a aparente vida tranquila e inocente dos seus habitantes. Nagal, indivíduo controverso, com uma personalidade irracional e autodestrutiva, simultaneamente um herói e um charlatão, estabelecerá uma relação especial com Grogaard, o Anão, personagem repudiada por todos. Com a involuntária ajuda deste exporá todos os segredos da pequena comunidade, fazendo emergir os seus instintos mais negros e os seus desejos reprimidos, para depois desaparecer logo a seguir, tão misteriosamente como quando surgiu.
Mistérios, pela primeira vez traduzido em português, é unanimemente considerado pela crítica, uma das obras fundamentais da literatura mundial e Joahn Nagel uma das suas personagens mais enigmáticas e marcantes. Um livro que impressionou os seus contemporâneos pela radical (e polémica) visão do mundo que destila das suas páginas, cuja leitura provoca ainda hoje o mesmo forte impacto no leitor."
Este livro enigmático, tem como protagonista, Nagel, um "charlatão estranho e singular", que se instala numa pensão, numa aldeia norueguesa. Leva consigo uma caixa de violino (sem violino), muitas histórias para contar e muitos enigmas. Nagel acaba por se integrar, de forma muito peculiar, na comunidade local, sendo convidado para contar as suas estranhas e bizarras histórias e sonhos. É uma personagem obscura, do início ao fim do livro, mas que nos permite conhecer e desvendar os mistérios dos habitantes da aldeia. Nagel, esse, permanecerá um mistério...
Gostei do livro, da forma como está escrito, das personagens enigmáticas que acompanhamos ao longo da narrativa. Ainda assim, gostei mais do livro Fome deste autor.

 Hislop, Victoria (2019). Quem É Amado Nunca Morre. Porto: Porto Editora.

Tradução: Elsa T. S. Vieira
Nº de páginas: 432
Início da leitura: 10/12/2023
Fim da leitura: 15/12/2023

**SINOPSE**
Atenas, abril de 1941. Tendo resistido a uma primeira tentativa de invasão, a Grécia é ocupada pelas potências do Eixo. Após décadas de incerteza, o país encontra-se dividido entre a direita e a esquerda políticas. Themis, então com quinze anos, vem de uma família separada por essas diferenças ideológicas. A ocupação nazi não só aprofunda a discórdia entre aqueles que a rapariga ama, como reduz a Grécia à miséria. É impossível ficar indiferente: na fome que se seguiu à ocupação, e que lhe levou os amigos, os atos de resistência são quase um imperativo moral para ela.
Porém, com o fim da ocupação, advém a guerra civil. Themis junta-se ao exército comunista, onde experimenta os extremos do amor e do ódio. Quando por fim é presa nas ilhas do exílio, encontra outra mulher cuja vida se entrelaçará com a sua de maneiras que nenhuma delas poderia antecipar, e descobre que deve pesar os seus princípios contra o desejo de viver.

Um romance poderoso, que lança luz sobre a complexidade e o trauma do passado da Grécia, a partir da vida extraordinária de uma mulher comum.
Neste livro, cuja ação decorre desde a invasão da Grécia, na II Guerra, passando por várias fases da vida de Themis, somos confrontados com a divisão política da família, entre a direita e a esquerda. Para além de conduzir a Grécia à miséria, a guerra trouxe a discórdia e a desunião familiares. Themis revela-se uma mulher lutadora, de muita coragem, desde os seus 15 anos. Luta, enfrenta, mata, é presa e, quando reencontra o amor da sua vida, que finge não a reconhecer, deixa-se dominar pela vontade de desistir. Porém, é nessa altura que sente que um ser se mexe dentro dela. E é este filho, que a fará mudar de ideias...
Um livro que gostei muito de ler, muito bem escrito, muito verosímil, no qual é possível perceber um bom trabalho de investigação por parte da autora e que recomendo sem reservas.

Murayama, Saki (2023). Quando Vires um Gato Branco. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução: André Pinto Teixeira
Nº de páginas: 304
Início da leitura: 07/12/2023
Fim da leitura: 09/12/2023

**SINOPSE**
"Imagine que tem um desejo que goste muito de ver realizado. Há uma forma de conseguir, mas só quando vir um gato branco…

Na mais conhecida grande loja do Japão, esconde-se um segredo que tem passado ao longo de várias gerações: por entre prateleiras e produtos maravilhosos, passeia-se um gato branco , capaz de realizar desejos. Quem o conseguir descobrir poderá, finalmente, ver o seu maior desejo de concessão. Mas encontrá-lo não é fácil: o gato branco esconde-se dos mil sonhos guardados no coração das pessoas…

No grande dourado elevador, Isana, a responsável por fazer os clientes subir e descer aos mágicos pisos da loja, sonha voltar a ver o pai, que a deixou ainda em criança. Na sapataria, encontramos Sakiko, que gostaria de reencontrar a sua melhor amiga, com quem não fala há anos. Na seção de produtos de luxo, vemos Kengo, que deseja saber quem é a mãe, que o abandonou à nascente. E no arquivo que conheço Ichika, que quer recuperar um amor perdido. Todos acalentam a esperança de ver o gato branco. Todos têm memórias agridoces do passado ou um futuro cheio de incertezas, mas será que precisamos que tudo seja como sonhámos para sermos felizes? Quanta felicidade está, afinal, guardada na palavra surpresa?"
É um livro inspirado no realismo mágico japonês, que não me encheu completamente as medidas.
A história passa-se nuns armazéns comerciais, onde, supostamente, existe um gato branco e, quando alguém o vê, pode ver um sonho concretizado. Muitas são as personagens com sonhos e desejos que gostariam de encontrar o gato. 
O ritmo narrativo é bastante lento, apesar de bem escrito. Tornou-se, para mim, além de irreal, muito maçador. Mas, para quem gosta do género, pode experimentar esta leitura!

 Alemangna, Beatrice e Huxley, Aldous (2005). Os Dois Corvos. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Tradução: Luísa Costa Gomes

Nº de páginas: 24

Início e fim da leitura: 02/12/2023

**SINOPSE**

"Assim que a Senhora Corvo sai para fazer as compras do dia, os seus ovinhos são logo devorados por uma cobra gulosa! Que artimanha irá o Senhor Corvo e o seu amigo Mocho Velho inventar para salvar os preciosos ovos? Trata-se da única história para crianças escrita por Aldous Huxley, o célebre autor de Admirável Mundo Novo.
Ilustrado com força e modernidade por Beatrice Alemagna, este conto tem todo o sabor de um clássico. Temperado com uma pitada de humor mordaz e traduzido por Luísa Costa Gomes agradará tanto aos filhos como aos pais!"
A sensação que tive ao ler este livro infantil é que estava perante um clássico. É uma história simples, bem escrita e muito bem ilustrada, que se lê com prazer e que as crianças gostarão de ler, com toda a certeza, pois tem "suspense", ação e resolução do conflito. Recomendo.

Roberts, Ceri (2018). Refugiados e Migrantes. Lisboa: Bertand Editora.

Nº de páginas: 32
Início e fim da leitura - 05/12/2023

**SINOPSE**

"Por vezes, as crianças ouvem palavras nas notícias que não entendem e que as deixam preocupadas. Com ilustrações lindíssimas e uma linguagem acessível, Refugiados e Migrantes procura responder às suas perguntas e oferecer soluções encorajadoras.

Ajude os seus filhos a entender o que significa ser refugiado ou pedir asilo, as razões que podem levar alguém a ter de deixar tudo para trás e, em especial, as dificuldades que as crianças deslocadas sentem ao chegar ao seu país anfitrião."
Este livro, que li para realizar a prova do Concurso AEF a Ler, é formidável para que as crianças percebam tudo o que passam os refugiados e os migrantes. Através de uma linguagem acessível e simples, fala-nos sobre a realidade do que significa migrar e sobre o que é pedir asilo a um país diferente daquele em que se nasceu. É importante que as crianças percebam que é uma realidade e que ninguém está livre de ter de passar por ela.

 Chaud, Benjamin (2017). Adeus Peúgas. Lisboa: Orfeu Negro.

Tradução: Maria Afonso
Nº de páginas: 40
Início e fim da leitura: 04/12/2023

** SINOPSE**

"O meu coelho-anão chama-se Peúgas. Tem este nome por causa das suas enormes orelhas, que se arrastam pelo chão como um par de meias.

O meu melhor amigo é um coelho-anão.
Chama-se Peúgas e é um verdadeiro zero à esquerda: gordito, molengão e não percebe a diferença entre os cobóis e os índios.
O melhor é ver-me livre dele e abandoná-lo na floresta!
Mas quando, por fim, consigo despistá-lo, mudo de ideias... Uma história de amizade e reencontro, salpicada do humor insólito de Benjamin Chaud."
Um livro que li para realizar a prova do Concurso AEF a Ler e de que gostei muito. 
Este livro conta-nos a história de um menino que, como muitos meninos, chega a uma idade em que pensa que já não fica bem andar com o seu amigo coelho.
Resolve, então, ir deixá-lo num sítio de onde ele não consiga regressar! Mas tudo pode acontecer!

 Mota, António (2019). O Agosto que Nunca Esqueci. Lisboa: Edições ASA.


Nº de páginas: 128
Início da leitura: 06/12/2023
Fim da leitura: 07/12/2023

**SINOPSE**
"Este livro é um retrato da emigração portuguesa dos anos 60. Agosto na aldeia é tempo de casamentos e romarias. E tempo de revelações, tempo de surpresas que nem todos receberão bem, mas também tempo de reparar os afetos que se julgavam perdidos. Gente que dá o seu melhor. Gente que chora, gente que ri. Gente que vive e convive com os dramas e as alegrias da vida.

Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para leitores fluentes dos 12 aos 14 anos."
Li este livro fara realizar a prova do concurso "AEF a Ler" - 3º ciclo (12 a 14 anos). Se bem que o momento narrado na sinopse seja crucial na história, esta não nos fala apenas deste assunto. Começa por nos falar das gentes de Linhares, das dificuldades que passavam, das vidas nem sempre bem conduzidas (de violência doméstica, de pais que não deixavam as filhas saírem de casa sozinhas, nem para ir encher o cântaro à fonte), que nos farão refletir e, com certeza, voltar a histórias de antigamente, contadas pelos avós.
Mas é a expetativa gerada em torno do casamento de Isabel, que nos prende efetivamente à história e nos faz não querer largar o livro.
O narrador é uma criança, pelo que toda esta realidade nos vai sendo narrada com a ingenuidade típica de uma criança. Recomendo.

Delitte, Jean-Yves (2022). U-Boot #1 Doutor Mengel. Rio Tinto: Edições ASA.

Tradução: Pedro Vidal/Lufada de Letras
Nº de páginas: 48
Início da leitura: 29/11/2023
Fim da leitura: 1/12/2023

**SINOPSE**
"Em Maio de 1951, uma expedição de cartógrafos ingleses faz o reconhecimento do traçado da Amazónia. Em plena selva, descobre-se o casco completamente destruído de um submarino alemão da Segunda Guerra Mundial, um U-Boot que partiu com destino à América Latina em 1945 e cuja tripulação foi dada como morta durante a travessia do Atlântico. Em 2059, Pietro Campinello, um jovem estudante veneziano, faz uma descoberta bombástica sobre o Grupo Maher. Pagá-la-á com a própria vida."
U-Boot é a designação abreviada de Unterseeboot, o termo alemão para submarino.
A ação decorre em três épocas e locais diferentes: em 1945 - uma viagem da Alemanha para a América do Sul, após a II Guerra. Nesta viagem macabra, vários marinheiros começam a aparecer brutalmente assassinados, literalmente esquartejado; em 1951, uma expedição de cartógrafos ingleses descobre, no rio Amazonas, o casco do submarino completamente destruído. Em 2059, um jovem estudante de Veneza faz uma descoberta crucial sobre o grupo Maher, que lhe custará a própria vida.
Um thriller em forma de novela gráfica, forte, de cores propositadamente sombrias, que poderia, quanto a mim, ter sido mais desenvolvido.

Panetta, Kevin e Ganucheau, Savanna (2023). Bloom: O verão em que o amor cresceu. Lisboa: Topseller.

Nº de páginas: 368
Início da leitura: 05/12/2023
Fim da leitura: 07/12/2023

**SINOPSE**
"Uma novela gráfica ao estilo de Heartstopper que nos apresenta a receita de um amor inocente e jovem, salpicado de humor e ilustrações belíssimas.

Agora que a escola acabou, o Ari sonha em mudar-se para a cidade e tocar com a sua banda. Para trás tem de deixar a padaria da família e os pais, que contam com a sua ajuda. Apesar de ter crescido com o cheiro do pão acabado de cozer, o Ari não consegue imaginar-se a passar o resto da vida entre fornos e sacos de farinha. Quando decide procurar alguém para o substituir, conhece o Hector, um rapaz simpático que adora cozinhar. À medida que trabalham juntos na padaria e se aproximam cada vez mais, o amor começa a fermentar… Se o Ari não deitar tudo a perder!

A escrita de Kevin Panetta junta-se à arte de Savanna Ganucheau, numa deliciosa receita com deslumbrantes ilustrações de amor terno e sincero. Perfeita para fãs de Heartstopper, esta é uma história que nos mostra que as escolhas que fazemos podem ter consequências desastrosas, mas aqueles que nos amam estarão sempre por perto para nos ajudar a crescer."
Uma novela gráfica que nos fala de amor, de um amor que vai desabrochando aos poucos, na padaria dos pais do protagonista. Ari, que sonhava mudar de cidade para tocar na sua banda, que menospreza o trabalho de uma vida dos pais - a padaria, que contavam com ele para os ajudar, vai acabar por começar a ajudar o Hector, novo pasteleiro que os pais contratam, e vai acabar por, também ele, ganhar gosto pela pastelaria.
Mas Hector está ali de passagem, em casa da avó, que faleceu. Estará Hector disposto a continuar a trabalhar na pastelaria ou tenciona voltar para a sua terra e compromissos?
E Ari, prescindirá ele dos seus sonhos de vir a tocar numa banda?
Recomendo!

 Cummins, Jeanine (2020). Terra Americana. Alfragide: Edições ASA.

Tradução: Tânia Ganho
Nº de páginas: 448
Início da leitura: 02/12/2023
Fim da leitura: 05/12/2023

**SINOPSE**
Ontem Lydia era dona de uma livraria.
Estava casada com o homem que amava.
Vivia rodeada de família e amigos.
Hoje Lydia perdeu tudo.
Tudo, menos o filho, Luca, de oito anos.
Por ele, vai amarrar uma faca de mato à perna.
Vai saltar para um comboio de alta velocidade em andamento.
Vai até ao fim do mundo.

Únicos sobreviventes do massacre da sua família às mãos de narcotraficantes, Lydia e Luca sabem que têm de fugir do México imediatamente. Cada minuto conta. Cada troca de olhares está impregnada de perigo. Em cada momento de fraqueza pulsam a vida e a morte.

Já considerado um clássico moderno da literatura americana e comparado ao romance As Vinhas da Ira, de Steinbeck, Terra Americana é um romance oportuno, incómodo e, acima de tudo, impossível de esquecer."
Um livro extraordinário, que ficará, com toda a certeza, na memória. Duro, imprevisível, com uma história incrível, muito bem escrito. Não conseguimos, neste livro, deixar de acompanhar uma mãe com o filho, que fogem do México, depois de lhes terem matado cruelmente toda a família. Fogem em direção à América, fogem da morte. E esta fuga é feita de muitos sobressaltos, muitos sustos, muitos medos. Aconselho muito a leitura deste livro!

 Soseki, Natsume (2023). Kokoro. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução do francês de Helder Guégués

Nº de páginas: 304

Início da leitura: 27/11/2023

Fim da leitura: 01/12/2023


** SINOPSE**

"O coração da alma japonesa num romance centenário aclamado pela crítica e pelos leitores em todo o mundo.

No Japão do início do século XX, época em que se avizinham grandes mudanças no país, um jovem procura dar sentido à sua existência e perceber o que o rodeia, enquanto dá os primeiros passos na vida adulta. Esse rapaz, cujo nome não conhecemos, encontra num ancião, que também apenas conhecemos como Mestre, um mentor. O Mestre está há muito exilado do mundo, mas vê no ingénuo e jovem discípulo alguém a quem confiar as memórias e os segredos que lançaram uma larga sombra de culpa sobre a sua vida.

A história da amizade entre os dois protagonistas de Kokoro - coração, em japonês - espelha, subtil e poeticamente, o abismo entre duas gerações que representam, elas mesmas, o desvanecer de um tempo e o nascimento de uma nova era. O Mestre está tomado pela angústia e paralisado pela inação, e o jovem idealista luta por conseguir compreendê-lo, algo que só poderá acontecer quando a morte do imperador Meiji abrir portas para a chegada de um novo Japão.

Este é o mais emblemático romance de um dos mais importantes autores japoneses dos últimos dois séculos, uma história que ilumina a amizade como o sentimento mais profundo da vida."

Uma história em que o jovem estudante universitário, acaba por encontrar Sensei, um homem mais velho que o narrador estimará como mestre, interessando-se cada vez mais pelo seu próprio caráter enigmático. Estranha o facto de ele não ter uma profissão ou afazer e as suas saídas, uma vez que não se lhe conhecem amigos. O narrador passa a nutrir uma relação obsessiva com o mestre, mas vê-se obrigado a deixá-lo para ir estar com a família, uma vez que o pai está extremamente doente. 
E é nesse tempo em que o narrador está em casa dos pais, a acompanhar o pai na sua enfermidade, que recebe, finalmente, uma carta de Sensei, onde este lhe contará a sua vida. 
Todos os momentos são amplamente descritivos, avançando a ação de forma muito lenta, o que, por vezes, torna a leitura um pouco fastidiosa, ainda que tenhamos a mesma curiosidade que tem o narrador relativamente à vida de Sensei.

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Professora de português e professora bibliotecária, apaixonada pela leitura e pela escrita. Preza a família, a amizade, a sinceridade e a paz. Ama a natureza e aprecia as pequenas belezas com que ela nos presenteia todos os dias.

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