Lei da Gravidade, Gabriela Ruivo

 Ruivo, Gabriel (2023). Lei da Gravidade. Porto: Porto Editora.

Nº de páginas: 264
Início da leitura: 22/12/2023
Fim da leitura: 23/12/2024

**SINOPSE**
"Será a vida que imita a literatura, ou o contrário?
O que terão em comum um velho à beira da morte numa cama de hospital, o escritor de um bestseller, um pré-adolescente inquieto e um menino de dois anos com um fascínio por livros? Que destino espera as amigas Maria Ana e Ana Maria – o espelho uma da outra? Conseguirá uma livrar-se do marido agressor, e a outra do sofrimento da perda? E Marinela? E Mariana? E a mãe solteira que existe em todas elas, fruto de um abandono continuado? E o pai, protagonista do descalabro? E o futuro, que teima em ser passado, e o passado, que teima em ser futuro?
O tempo é o grande mistério. É ele que se ri de nós do outro lado do espelho, no reflexo onde procuramos o sentido da existência e que teima em nos devolver a imagem do absurdo. É também ele que perpetua um incessável padrão de violência, que faz com que a mesma história se repita uma e outra vez, lutando contra a esperança do leitor de que o ciclo, por fim, se quebre.
Neste ousado e original romance, Gabriela Ruivo oferece-nos com maestria um universo alternativo onde o tempo se sujeita à lei da gravidade – a força motriz que agrega passado, presente e futuro, e dissolve os contornos da realidade – e convida-nos a explorar outros mundos no interior dos conceitos de espaço e de tempo e, em última análise, da própria Literatura.
O ABANDONO. O DESEJO DE LIBERDADE. E O MEDO DA SOLIDÃO QUE NOS PRENDE NUM CICLO DE VIOLÊNCIA."
Um livro muito bem escrito, onde se fundem passado, presente e futura, na vida do escritor e professor, personagem enigmática, que nos narra a história. Mas há comportamentos e acontecimentos que unem estas personagens: a violência doméstica, a gravidez, a maternidade, o abandono, a mentira... A história repete-se como numa espiral de espelhos, como se, cada vez que uma nova geração pudesse dar um novo início à história, estivesse condenado a repeti-la, a perpetuar os erros e os fracassos. Recomendo!

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