Kokoro, Natsume Soseki

 Soseki, Natsume (2023). Kokoro. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução do francês de Helder Guégués

Nº de páginas: 304

Início da leitura: 27/11/2023

Fim da leitura: 01/12/2023


** SINOPSE**

"O coração da alma japonesa num romance centenário aclamado pela crítica e pelos leitores em todo o mundo.

No Japão do início do século XX, época em que se avizinham grandes mudanças no país, um jovem procura dar sentido à sua existência e perceber o que o rodeia, enquanto dá os primeiros passos na vida adulta. Esse rapaz, cujo nome não conhecemos, encontra num ancião, que também apenas conhecemos como Mestre, um mentor. O Mestre está há muito exilado do mundo, mas vê no ingénuo e jovem discípulo alguém a quem confiar as memórias e os segredos que lançaram uma larga sombra de culpa sobre a sua vida.

A história da amizade entre os dois protagonistas de Kokoro - coração, em japonês - espelha, subtil e poeticamente, o abismo entre duas gerações que representam, elas mesmas, o desvanecer de um tempo e o nascimento de uma nova era. O Mestre está tomado pela angústia e paralisado pela inação, e o jovem idealista luta por conseguir compreendê-lo, algo que só poderá acontecer quando a morte do imperador Meiji abrir portas para a chegada de um novo Japão.

Este é o mais emblemático romance de um dos mais importantes autores japoneses dos últimos dois séculos, uma história que ilumina a amizade como o sentimento mais profundo da vida."

Uma história em que o jovem estudante universitário, acaba por encontrar Sensei, um homem mais velho que o narrador estimará como mestre, interessando-se cada vez mais pelo seu próprio caráter enigmático. Estranha o facto de ele não ter uma profissão ou afazer e as suas saídas, uma vez que não se lhe conhecem amigos. O narrador passa a nutrir uma relação obsessiva com o mestre, mas vê-se obrigado a deixá-lo para ir estar com a família, uma vez que o pai está extremamente doente. 
E é nesse tempo em que o narrador está em casa dos pais, a acompanhar o pai na sua enfermidade, que recebe, finalmente, uma carta de Sensei, onde este lhe contará a sua vida. 
Todos os momentos são amplamente descritivos, avançando a ação de forma muito lenta, o que, por vezes, torna a leitura um pouco fastidiosa, ainda que tenhamos a mesma curiosidade que tem o narrador relativamente à vida de Sensei.

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