(imagem do google)
No fulgor dos dias citadinos
agitam-se passos apressados
e os dias correm
sem destino, desesperados.
Multiplicam-se imagens passageiras
que são logo substituídas por outras,
todas efémeras, derradeiras
imagens sem vida, ocas.
Vagueiam sentimentos nulos de sentido,
sentimentos sem coração.
Cada ser é um ego perdido
na imensidão de uma vida sem razão.
Soltam-se notas e acordes musicais
que perdem rumo nas ondas auditivas,
ecos de quem não ouve mais
e se desvia, em manifestações fingidas.
Cidade nua de memórias,
onde se perde a identidade,
onde não se cultivam histórias...
Onde está a minha verdadeira cidade?
Quero andar sem pressa,
sentir cada cheiro,
analisar cada gesto
e sentir-me em casa.
Quero dizer bom dia, olá, até amanhã,
respirar a minha cidade,
sentir-me em paz
viver sem ansiedade,
ter a minha interioridade.
Célia Gil
11 Comentarios
A correria da vida, faz com que nos percamos muitas vezes de nós mesmos...excelente seu poema amiga, adorei.
ResponderEliminarBeijos,
Valéria
Reproduziste lindamente a cidade, sua perda de identidade, sua frieza de agora. Linda poesia!! beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarEu já morei em uma cidade pequena qdo era criança, e sinto falta dela. A vida tem ficado difícil nas cidade maiores, pois nos tornamos anônimos.
ResponderEliminarSeu poema descreveu bem o que eu sinto tb.
xoxo
GOSTO DISTO!
muito bem descrito querida..
ResponderEliminartemos que lutar por nós para não cair nesta frieza..
beijos
ResponderEliminarQuerida amiga,
Meu silencio tem sido longo.
Mas não tem sido por esquecimento, mas sim por conta dos acontecimentos do dia a dia.
Quero muito agradecer a sua presença amiga lá no meu cantinho, a qual trás muita alegria para o meu coração.
Que Deus a abençoe, e realize todos os seus sonhos e projetos.
Uma linda semana para você coberta de muita paz e Amor!
Abraço Amigo
Maria Alice
ResponderEliminarOlá Célia,
Também gostaria de poder respirar a minha cidade, nos moldes de seu lindo poema, mas isto se tornou impossível com o crescimento das cidades e de sua população. Parecemos estranhos em meio à multidão. Não existe calor humano, somente pessoas apressadas, cada um voltado para seus próprios problemas.
Seu poema é o retrato da vida nas cidades.
Beijo.
Célia, vivo numa diminuta cidade do interior do Paraná e por aqui é possível "... andar sem pressa,
ResponderEliminarsentir cada cheiro,
analisar cada gesto
e sentir-me em casa."
Amei seu poema, uma preciosidade!
Beijos
Olá minha querida Célia! Adorei o poema, super realidade dos nossos dias! Que seu feriado seja incrível e renovador! Afinal, merecemos, né?!
ResponderEliminarMil beijos, saúde e sucesso sempre.
CoisadeMenina
Olá,Célia!!!
ResponderEliminarQue lindo,minha amiga!!!E que possa ser assim, que possamos ver a verdadeira cidade, com tudo o que há de bom.
Beijos e meu carinho!!!
Que lindo Célia!
ResponderEliminarÉ exatamente isso que sinto querida, você escreveu exatamente a ralidade.
Feliz final de semana e que possamos desfrutar das coisas boas e aprender com as não tão boas de nossa cidade...beijinhos.
Oi Célia
ResponderEliminarObrigada pela visita e comentário.
Gostei do poema que fala das mudanças modernas que nos afasta de certos valores.
As cidades tem alma e elas refletem o seu povo.
Que possamos 'respirar' as coisas simples e belas por onde passarmos.
abraços