Histórias Soltas Presas Dentro de Mim

Delaney, J.P. (2017). A Rapariga de Antes. Lisboa: Suma das Letras.

Tradução: Ester Cortegano
Nº de páginas: 400
Início da leitura: 27/05/2024
Fim da leitura: 29/05/2024

**SINOPSE**
"«Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»

O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.

EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…

JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes."
Este é um thriller psicológico que, contrariamente às minhas expetativas, não me deixou totalmente rendida ou surpreendida. Apesar de se ler bem, de forma rápida e até compulsiva, serve apenas para entretenimento e nada mais do que isso. Não conto a história, pois a sinopse já refere o suficiente. Duas raparigas, uma casa estranhamente minimalista e repleta de regras. Irão as duas a jogo? Aprenderá a segunda com o trágico fim da primeira? Se quiserem ver resolvidas estas e outras questões que vos possam surgir, aconselho a leitura.

Melo, Filipe e Cavia, Juan (2023). As Aventuras Completas de Dog Mendonça e Pizzaboy. Lisboa: Companhia das Letras.
Nº de páginas: 456
Início da leitura: 22/05/2024
Fim da leitura: 27/05/2024

**SINOPSE**
"O volume completo da colecção de aventuras que lançou e consagrou a grande dupla de BD em Portugal.

Corria o longínquo ano de 2010 quando Filipe Melo e Juan Cavia se fizeram à estrada desta improvável aventura, protagonizada pelo mais improvável quarteto: um lobisomem, um distribuidor de pizzas, um demónio com seis mil anos e a cabeça de uma gárgula. Assim foram nascendo, em sucessivos volumes, as incríveis, as extraordinárias, as fantásticas aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy, rematadas pelos singulares contos inéditos. A cada volume, a mais célebre dupla da BD em Portugal conquistou novos leitores e expandiu fronteiras, sedimentando um trabalho cada vez mais inventivo, depurado e magistral.

Esta edição exclusiva reúne pela primeira vez num único livro todas as histórias, há muito esgotadas. Aqui se estreia ainda a magnética Madame Chen: uma personagem sublime e arrebatadora, que vem mudar as regras do jogo, num novo conto ilustrado que confirma a mestria de Filipe Melo e Juan Cavia, e a alquimia absoluta que continua a germinar entre ambos os criadores."
Um livro de peso em todos os sentidos! O mais prazeroso levantamento de peso diário (desde que não seja para agredir alguém 😁)!
Agora a sério e sem ser a sério, este livro é repleto de sentido de humor, muito fora da caixa, com protagonistas caricatos e que dificilmente esqueceremos. Se por acaso se depararem com balões de fala invertidos, o propósito é mesmo esse. Muito à frente e muito bom! Leio todos os livros desta dupla maravilhosa e nunca me desiludo! Fico à espera de mais e mais! Uma aventura moderna mas "à antiga" em que acompanhamos, no submundo de Lisboa,  Dog Mendonça, um detetive que se transforma em lobisomem; um entregador de pizzas, o Pizzaboy, a cabeça de uma gárgula e um demónio encarnado numa criança que fuma avidamente e desenha demónios e caveiras com o fumo dos cigarros. 
A obra termina com um conto ilustrado "As Fabulosas Aventuras de Madame Chen", uma experiência de leitura que, quanto a mim, destoa neste livro e merecia uma edição à parte. Este o único senão que aponto. Gostei também muito deste conto, profundo e eloquente, onde, mais uma vez, Filipe Melo surpreende com o dom da escrita. As ilustrações acompanham muito bem a história narrada, remetendo para a pintura tradicional chinesa.
Aconselho, aconselho, aconselho!!!!!

 Crippa, Luca e Onnis, Maurizio (2024). A Menina no Vento.Lisboa: Editorial Presença.

Tradução: Marta Pinho
Nº de páginas: 280
Início da leitura: 24/05/2024
Fim da leitura: 27/05/2024

**SINOPSE** 

"A extraordinária e comovente história verídica da sobrevivente do holocausto Hedy Epstein, A Menina no Vento. Numa pequena e tranquila cidade alemã, há uma menina como muitas outras. O seu nome é Hedy e vive no seio de uma família cheia de amor. Mas, um dia, na escola, o professor aponta-lhe uma arma à cabeça e diz-lhe para sair e nunca mais voltar. Hedy é judia, e estamos no dia depois da Noite de Cristal, 10 de novembro de 1938. Por sorte, os pais conseguem pô-la num comboio com destino a Inglaterra. Eles ficam para trás.

Oito anos passam, começam os julgamentos dos criminosos nazis, e há uma menina que chega a Berlim. Hedy está de regresso ao país e quer ajudar a condenar os médicos nazis que conduziram experiências desumanas nos campos de concentração. Há vinte e três acusados e ela não vai poupar esforços. Porém, Hedy tem também outra missão, tão ou mais difícil e dolorosa: perceber o que aconteceu aos pais, cujo rasto se perdeu nos portões de Auschwitz.

No vento, aquela menina parece escutar os lamentos e a tristeza dos que mais ama, e ela é, também, filha dele. Hedy não vai descansar até aquele vento serenar e a dor poder, por fim, não ser esquecida, mas começar a curar."
Muito se tem escrito e muito tenho lido sobre o Holocausto, tendo-me já cruzado, em algumas obras, com médicos aqui referidos e julgados. 
Mais do que retratar os horrores da II Grande Guerra, este livro fala-nos de uma criança, como muitas outras, que foi enviada pelos pais para Inglaterra, de forma a não ser, como eles, capturada. É assim que Hedy cresce, sem nunca esquecer os pais nem perder a vontade e esperança de os reencontrar ou de, pelo menos, saber o que foi feito deles. Oferece-se para auxiliar nos julgamentos de Nuremberg, em Berlim, para obter alguma informação sobre o destino dos pais.
É-lhe atribuída a missão de encontrar documentos que comprovem os crimes dos médicos dos campos de concentração que cometeram todo o tipo de atrocidades e cujas experiências deixaram de ser feitas em ratos para passarem a ser feitas em seres humanos.Começa a investigação dos documentos, o que se revela ingrato, pois é como "encontrar uma agulha num palheiro" e a data dos julgamentos aproxima-se. Terá Hedy encontrado algum documento incriminatório ou, mais uma vez, os criminosos ficaram impunes?
Um livro a ler para quem gosta da temática.

Peixoto, José Luís (2012). Dentro do Segredo. Lisboa: Quetzal.

Nº de páginas: 240
Início da leitura: 22/05/2024
Fim da leitura: 27/05/2024

**SINOPSE**

"Desde o interior da ditadura mais repressiva do mundo, desde um país coberto por absoluto isolamento, Dentro do Segredo. Em abril de 2012, José Luís Peixoto foi um espectador privilegiado nas exuberantes comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang, na Coreia do Norte.

Também nessa ocasião, participou na viagem mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de sessenta anos.

A surpreendente estreia de José Luís Peixoto na literatura de viagens leva-nos através de um olhar inédito e fascinante ao quotidiano da sociedade mais fechada do mundo. Repleto de episódios memoráveis, num tom pessoal que chega a transcender o próprio género, Dentro do Segredo é um relato sobre o outro que, ao mesmo tempo, inevitavelmente, revela muito sobre nós próprios."
Ler este livro foi viajar com o narrador e sentir medo, repulsa, espanto por uma realidade tão dura e crua como é, sem dúvida, a Coreia do Norte, em abril de 2012, aquando da viagem de José Luís Peixoto. Tudo nos parece uma aberração, desde o facto de confiscarem as fotografias, vendo a própria máquina fotográfica de cada viajante estrangeiro, a ficarem com os telemóveis até a viagem acabar, a proibição de transporte de livros e discos, entre múltiplas outras proibições. E, se não podemos desfrutar de fotos, podemos, pelo menos, ter acesso a esta obra magnífica que nos permite entrar dentro deste segredo. Deixo o convite a esta viagem através do olhar perscrutador de JLP.

Hesse, María (2021). Frida Kahlo, uma Biografia. Lisboa: Suma das Letras.

Tradução: Lucília Filipe

Nº de páginas: 160

Início da leitura: 20/05/2024

Fim da leitura: 22/05/2024


**SINOPSE**

"A vida de Kahlo, desde a sua infância, passando pelo acidente traumático que mudaria sua vida e sua arte, seu amor complicado por Diego Rivera e a feroz determinação que a levou a se tornar uma grande artista.

Inspirado pelas experiências da icônica pintora mexicana, este livro oferece um belo passeio ilustrado pela vida e obra de Frida Kahlo.

Uma obra de arte dentro de uma obra de arte."

Apesar de já ter lido vários livros sobre Frida Kahlo, esta obra ainda me surpreendeu. É de forma cativante que a biografia de Frida nos é apresentada e acompanhada de ilustrações muito bem conseguidas. É um livro juvenil que se lê muito bem, pois a linguagem não está infantilizada. Tem uma alternância entre narradores: a própria Frida, retomando algumas das frases dos seus diários e um narrador de 3ª pessoa, que vai explicando, contextualizando e aprofundando a biografia. As ilustrações retratam bem toda a angústia sentida pela pintora, ainda que tentasse esconder a sua dor com o seu caráter irreverente.
Recomendo muito!

 Tokarczuk, Olga (2020). A Alma Perdida. Amadora: Fábula.


Tradução: Teresa Fernandes Swiatkiewicz
Ilustração: Joanna Concejo
Nº de páginas: 54
Início e fim da leitura: 21/05/2024

**SINOPSE**
"Era uma vez um homem que vivia tão apressado que, sem dar por isso, perdeu a alma. Continuava a andar, a dormir, a comer, a trabalhar e até jogava ténis. Mas, às vezes, tinha uma sensação estranha. Um dia sentiu dificuldade em respirar e deixou de saber quem era. Depois de uma consulta médica, tomou uma decisão que lhe mudou a vida.

A Alma Perdida é uma obra-prima de duas importantes autoras polacas premiadas: Olga Tokarczuk, vencedora do Prémio Nobel de Literatura e do Booker Prize (2018), e Joanna Concejo, vencedora do Livro do Ano pelo IBBY (2013) e Menção Especial do Bologna Ragazzi Award (2018).

Reflexão profunda e comovente sobre a capacidade de cada um de viver em paz consigo e permanecer paciente e atento ao mundo.

Com ilustrações de alto valor artístico, com pistas subtis que o leitor pode pesquisar de uma página para outra."
Esta é uma pequena história simples, mas maravilhosa. As ilustrações ajudam a contar a história e são lindíssimas.
Tudo começa de forma muito esbatida e cinzenta. Assim é quando o protagonista deste pequeno conto perde a sua alma. A passagem do tempo e o envelhecimento da personagem estão muito bem ilustrados e fazem-nos pensar na nossa própria vida e no quão cinzenta e monótona se pode tornar. Estará o ser humano a perder a sua alma? Terá a capacidade de a reencontrar e conseguir a felicidade almejada? 
Recomendo a leitura e a observação atenta das ilustrações.

Partilho a frase que abre a história e que é a essência da mesma:
"Se alguém pudesse olhar para nós lá do alto, veria que o mundo está repleto de pessoas que correm apressadas, transpiradas e muito cansadas, e que atrás delas correm, atrasadas, as suas almas perdidas..." (pág. 4)
Quem nunca se sentiu assim?

Lafebre, Jordi (2023). Sou o Seu Silêncio. Lisboa: Arte de Autor.


Tradução: Helena Romão

Nº de páginas: 112

Início da leitura: 15/05/2024

Fim da leitura: 19/05/2024


**SINOPSE**

"Eva Rojas, uma jovem psiquiatra brilhante, está relutante em responder às perguntas do Dr. Llull. No entanto, não tem outra hipótese senão colaborar, se quiser recuperar a sua licença e voltar a exercer a sua profissão.

Há alguns dias, uma das suas pacientes, Penelope, pediu a Eva que actuasse como pessoa de apoio e a acompanhasse durante a leitura do testamento da sua avó. Embora a sua avó ainda esteja viva, a reunião familiar não será menos difícil.

À sua chegada a Can Monturós,.."

Pensei que, depois do livro Apesar de Tudo, Lafebre já não conseguiria surpreeder mais, pois é uma das novelas gráficas da minha vida, mas devo admitir que, também esta, ficará registada pela protagonista, pela história em si e pelas excelentes ilustrações, que conseguem desnudar as personagens até chegarmos ao âmago da sua personalidade.
Eva Rojas é uma psiquiatra que, apanhada no meio de um crime familiar, se envolve na investigação do mesmo. É na terapia que faz com o seu médico Dr. Llull que ficamos a saber como tudo se passou. Eva esconde, numa máscara de altivez, as suas próprias fragilidades e fantasmas. Irreverente e sensual, é uma mulher cativante e que acompanhamos com gosto nesta novela gráfica policial. Aconselho!

Wohlleben, Peter (2016). A Vida Secreta das Árvores. Lisboa: Pergaminho.

Tradução: João Henriques
Nº de páginas: 256
Início da leitura: 16/05/2024
Fim da leitura: 19/05/2024

**SINOPSE**
"Acontecem coisas espantosas na floresta: árvores que comunicam entre si (enviando sinais elétricos através de uma rede subterrânea de fungos). Árvores que cuidam não só dos seus rebentos como também dos seus «vizinhos» doentes e velhos ou órfãos.
Árvores que têm sensibilidade, sentimentos e memórias. Incrível? Mas é verdade! O silvicultor Peter Wohlleben conta histórias fascinantes sobre as espantosas e pouco conhecidas caraterísticas das árvores. Com base não só nas descobertas científicas mais recentes, como também na sua própria experiência de vida na floresta, partilha com o leitor todo um mundo até agora desconhecido. Uma fascinante viagem pela vida secreta das florestas que é ao mesmo tempo uma verdadeira inspiração ecológica e nos leva a repensar a relação do homem com a natureza."
A leitura deste livro resultou de um desafio de ler um livro fora da minha zona de conforto. E não é que gostei? Aprendi muitas coisas interessantes sobre as árvores. Nunca imaginei que as árvores escondessem tantos segredos. Sempre as admirei, mas acredito que, a partir de agora, as olharei com outros olhos. Acredito também na teoria de que as árvores pensam, de que as suas raízes são uma espécie de cérebro, que permitem que a árvore estenda as suas raízes numa determinada direção ou evite zonas de perigo. Por isso, sentem (dor, emoções), comunicam, criam laços e cuidam-se entre si. Percebo ainda que o Homem é o maior inimigo de si próprio ao dizimar florestas em prol de construções que resultam dos seus sonhos megalómanos de exploração financeira. As árvores podem viver durante séculos, com a ajuda de outros organismos, e conseguem defender-se de ameaças, bem como comunicar através das suas raízes, em parceria com os fungos, a que o autor chama de "Internet da floresta".
Quando as árvores são plantadas apenas para embelezar passeios ou em zonas florestais para lenha, as árvores não comunicam pelas raízes, pois ou estão muito isoladas, ou não chegam a ter tempo de estender as suas raízes para se comunicarem e desenvolverem. As árvores precisam, tal como os seres humanos, de viver em comunidade. Por exemplo, as mais velhas que vão ficando mais frágeis e menos capazes de se nutrir, precisam de ajuda das árvores mais jovens.
Pelo que aprendi, só posso mesmo aconselhar esta leitura. 

Blake, Matthew (2024). Anna O. Porto: Singular.

Tradução: Alberto Gomes
Nº de páginas: 448
Início da leitura: 12/05/2024
Fim da leitura: 16/05/2024

**SINOPSE**
"Tenho medo da pessoa em que me torno à noite e medo do que possa vir a fazer.
O fenómeno internacional.
Há quatro anos que Anna O não abre os olhos.
Não desde a noite em que a encontraram mergulhada num sono profundo junto aos corpos esfaqueados dos seus dois melhores amigos, tornando-se suspeita de um arrepiante duplo homicídio.
Para o Dr. Benedict Prince, um psicólogo forense e especialista na área de homicídios relacionados com o sono, conseguir acordar Anna O pode ser um ponto de viragem na sua carreira. Como especialista em transtornos do sono, sabe tudo sobre os recessos mais escuros da mente e os segredos que estão enterrados no subconsciente.
Ao iniciar o tratamento de Anna O – estudando os sonhos, vasculhando-lhe as memórias, visitando o local onde os horrores aconteceram –, vai puxando paulatinamente o fio de um mistério muito mais profundo e sombrio.
O despertar de Anna O não é o fim da história, mas apenas o começo."
Este thriller psicológico, apesar de ter um ritmo lento, prende-nos à história e rapidamente nos vemos a acompanhar o psicólogo forense, Benedict Prince, chamado a acordar Anna O para que não saia ilibada do crime de dois jovens da sua idade (cerca de 20 anos). Na leitura destes livros, temos tendência a especular sobre os "supostos" culpados. Pois devo dizer que me fui sempre enganando e o fim é, sem dúvida, surpreendente.
Há cerca de quatro anos que Anna não acorda (estará em coma), mas, se não acordar, será ilibada do crime de dois amigos, que terá matado de forma extremamente cruel e, supostamente, durante o sono. 
O livro capta imediatamente a nossa atenção na primeira linha "- O ser humano passa em média trinta e três anos da sua vida a dormir."
Para quem gosta do género, aconselho.

Ochoa, Raquel (2024). Coração-Castelo. Alfragide: Oficina do Livro.

Nº de páginas: 304
Início da leitura: 14/05/2024
Fim da leitura: 16/05/2024

**SINOPSE**
"Japão, 1637. Com a proibição de professar o cristianismo e a imposição de avultados tributos à população, cerca de 35 000 camponeses liderados por um general-menino com reputação de fazer milagres invadiram várias fortalezas governamentais e acabaram por se refugiar na ruína do castelo de Hara. Reconstroem-no em conjunto para resistir, ao longo de vários meses, à resposta do xogum - um cerco implacável levado a cabo pelas suas tropas.

Entre os que lutam contra a tirania, encontram-se Jana e o seu filho pequeno, bem como o ronin Haru - samurai renegado e agora ao serviço do seu povo. Apesar do ódio mútuo inicialmente sentido, Haru não consegue ficar indiferente a essa mulher que carrega um mistério e sabe pegar em armas, nem ao ciúme provocado pela relação dela com o missionário Clarimundo, um dos poucos portugueses que ainda não deixaram o Japão.

Mas são forçados a lutar em conjunto e, no caos que só a guerra poderia causar, os sentimentos entre estas três personagens vão exacerbar-se. Tal como no final do cerco, não existirá redenção, só a grande busca da liberdade. e a certeza de que há vida enquanto houver amor.

Este é um extraordinário romance sobre um episódio real, que foi finalista do Prémio LeYa em 2023."
Que livro maravilhoso! Adoro a forma como Raquel Ochoa escreve e este livro é simplesmente fabuloso! Numa escrita límpida e envolvente da primeira à última linha, somos conduzidos ao Japão de 1637. 
É impossível ficarmos indiferentes às personagens (especialmente Jana e Tago, respetivamente mãe e filho), uma vez que as acompanhamos, torcemos por elas e desejamos que tudo termine bem e também porque é uma história real. Jana é uma "mulher de armas", que não hesita em vestir a armadura e lutar pelos seus no campo de batalha, ainda que essa atitude possa pôr em risco a sua vida. Apenas quer salvaguardar o futuro do seu pequeno filho. 
Mais não posso contar, mas aconselho vivamente a leitura deste grande romance, justamente nomeado como finalista do Prémio Leya.

Gendry-Kim, Keum (2023). A Espera. Lisboa: Iguana.

Tradução: Yun Jung Im

Nº de páginas: 248

Início da leitura:12/05/2024

Fim da leitura: 14/05/2024


**SINOPSE**

"Gwijá tem noventa e dois anos e vive na Coreia do Sul. Após sete décadas de espera, ainda mantém o desejo de reencontrar o filho mais velho, de quem se separou quando seguia numa coluna de refugiados que fugiam do norte da Coreia. Gwijá teve de parar para amamentar a filha bebé e perdeu o marido e o filho no meio da multidão. Agora, num encontro organizado pela Cruz Vermelha, a sua amiga Jeong-Sun reencontra a irmã mais nova, após sessenta e oito anos de separação. Gwijá só deseja ter a mesma sorte e voltar a encontrar o filho.

Em 1950, a Guerra da Coreia separou famílias inteiras, que ficaram de lados opostos de uma fronteira intransponível. A partir das entrevistas que Keum Suk Gendry-Kim conduziu e dos vários testemunhos que reuniu (entre eles, o da própria mãe), o livro A Espera reconstrói o trauma familiar causado pela divisão da Coreia e pela guerra, e as suas dolorosas consequências."

Esta novela gráfica aborda uma experiência trágica aquando da Guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, em que muitos refugiados coreanos passaram por experiências trágicas que deixaram marcas para toda a vida. A nível gráfico, há uma adequação ao conteúdo: as imagens esbatidas, a dor que contrai os rostos, a fome, o desespero, os reencontros e a velhice.
Esta é daquelas histórias que nos comove, nos esvazia o coração dos problemas comezinhos face aos acontecimentos desconcertantes abordados.
Recomendo vivamente!



 Ruy, José; de Moraes, Wenceslaw. Lendas Japonesas. Lisboa:Edições Polvo, 2023.

Nº de páginas: 64
Início da leitura: 08/05/2024
Fim da leitura: 11/05/2024

**SINOPSE**
"José Ruy é um dos mais reconhecidos e importantes autores da banda desenhada portuguesa, com vastíssima obra produzida.

Estas suas Lendas Japonesas baseiam-se em diversas lendas dispersas pela obra de Wenceslau de Moraes, autor de vários livros sobre assuntos ligados ao Oriente, em especial o Japão, onde viveu por 33 anos. A elas José Ruy dedicou especial carinho e atenção desde a sua criação, em 1949, para as páginas d’O Papagaio.

Tal como Moraes, José Ruy é um excelente narrador. Os seus dotes naturais contam com vivacidade, ternura, poesia e também um certo dramatismo, onze deliciosas lendas tradicionais nipónicas, realçando temas como a alma japonesa, o budismo, o amor, a arquitectura religiosa, alguns coloridos exotismos ou a fantástica paisagem do país.

Em cada lenda deste livro há sempre uma chamada de atenção, uma perspicácia ou um erro humano posto a descoberto, mas há também aquelas emoções vulgares de que a vida normalmente se alimenta."
Esta banda desenhada é um livro póstumo de José Ruy e recupera 11 lendas japonesas, baseando-se em contos de Wenceslau de Moraes, um estudioso do Japão (1854-1929), nas quais explora tradições populares japonesas. Foram histórias desenhadas há cerca de setenta anos, que sairam na Revista O Papagaio de Adolfo Simões Müler, compiladas pelas Edições Polvo, pelo que as imagens (muito boas, no meu entender) não são muito atuais. Porém, são excelentes para o fim que servem: contar-nos lendas tradicionais do Japão baseadas no imaginário fantástico, tendo por fundo as mágicas paisagens deste país, a doçura das feições, entre outros aspetos que não menciono para não falar demasiado. Leiam! 

Nettel, Guadalupe (2024). A Filha Única. Alfragide: Publicações Dom Quixote.

Tradução: Ana Maria Pereirinha
Nº de páginas: 232
Início da leitura: 10/05/2024
Fim da leitura: 10/05/2024

**SINOPSE**
"Pouco depois de atingir os oito meses de gravidez, anunciam a Alina que a sua filha não irá sobreviver ao parto. Ela e o companheiro embarcam então num processo doloroso, e ao mesmo tempo surpreendente, de aceitação e luto. Esse último mês de gestação transforma-se para eles numa estranha oportunidade de conhecer aquela filha a quem tanto lhes custa renunciar.

Laura, a grande amiga de Alina, fala-nos do conflito deste casal enquanto reflete sobre o amor e a sua lógica por vezes incompreensível, mas também sobre as estratégias que os seres humanos inventam para superar a frustração. Simultaneamente, Laura vai-nos contando a história da sua vizinha Doris, mãe solteira de um menino encantador com problemas de comportamento.

Escrito com uma simplicidade apenas aparente, A Filha Única é um romance profundo e cheio de sabedoria que nos fala de maternidade, da sua negação ou aceitação, das dúvidas, incertezas e até dos sentimentos de culpa que a rodeiam, das alegrias e angústias que a acompanham. É também um romance sobre três mulheres - Laura, Alina, Doris - e os laços - de amizade e amor - que estabelecem entre elas."
Este livro vem rebater muitas teorias, nomeadamente de que a mulher nasceu para ser mãe, para casar, para cuidar do lar e dos filhos. A narradora, Laura, é uma mulher independente, que adora viajar e que, a certa altura da sua vida, com cerca de trinta anos, e ante a expetativa do namorado de ser pai, resolve fazer uma laqueação e deixar o namorado. Ao seu lado mora uma vizinha, Doris, que tem um filho pequeno e que não consegue lidar com a sua agressividade. A melhor amiga de Laura, Alina, é casada e quer muito um filho, mas depara-se com a dificuldade em engravidar e, quando consegue, nem tudo corre como ela e o marido desejariam. O tema central é a maternidade e a forma como estas três mulheres lidam com a mesma.
Gostei muito deste livro, da forma como está escrito, de modo que não o larguei enquanto não terminei. Saliento apenas que gostaria que não tivesse terminado da forma como terminou, pois queria saber um pouco mais...
É o primeiro livro que leio desta autora mexicana, mas fiquei com curiosidade em relação a outras obras.

Gonçalves, Hugo (2023). Revolução. Lisboa: Companhia das Letras.

Nº de páginas: 480
Início da leitura: 04/05/2024
Fim da leitura: 07/05/2024

**SINOPSE**
"Um disparo perfura a noite na serra de Sintra, durante um jantar da família Storm, e a matriarca sabe que perdeu um dos três filhos.

O epicentro do colapso tem origem muitos anos antes, entre o fim da ditadura e os primeiros tempos da revolução. Maria Luísa, a filha mais velha, opositora clandestina do regime, é perseguida pela PIDE. Frederico, o filho mais novo, está obcecado em perder a virgindade antes de ser mobilizado para a guerra colonial. E Pureza, a filha do meio, vê os seus sonhos de uma perfeita família tradicional despedaçados pelo processo revolucionário em curso.

Revolução acompanha a família Storm, do desmoronar do império ao despertar da democracia, ao longo dos rocambolescos, violentos e excessivos meses do PREC, quando a esperança e o medo dividem os portugueses e muitos acreditam que o país está a um triz da guerra civil.

Um romance tragicómico sobre a liberdade e as relações familiares, num período único de transformação, na História de Portugal, em que o caráter e o radicalismo medem forças, separando os filhos dos pais, colocando irmãos em lados opostos da barricada, criando terroristas fanáticos e heróis improváveis."
Neste livro maravilhoso, Hugo Gonçalves constrói uma ficção a partir de um momento histórico que é um marco na História de Portugal - o 25 de Abril de 1974 e os anos do PREC, o que exigiu ao escritor um grande trabalho de pesquisa. Não tendo vivido este momento, pois nasci em Angola, onde estava na altura da Revolução, reconheço, pelo que fui ouvindo a quem viveu, muitas das situações narradas.
Neste livro, conta-se a história da família Storm, com os seus momentos de incompreensão, de família que se desune, de vontades que chocam, perpassadas por breves momentos de ternura, de reencontro, de proximidade familiar; e também de crescimento (das personagens e do que simbolizam ao nível do país) e mudança. As personagens são ricas e muito verosímeis, humanas, com as suas virtudes e/ou defeitos, sendo o que realmente mais se destaca neste romance. A linguagem vai-se ajustando às personagens: explosão, com Maria Luísa; serenidade, com Frederico e Pureza...
Este livro relembra-nos que "o direito da liberdade implica o dever da memória" e é de extrema importância, para que nunca percamos a liberdade que conquistamos e não haja a repetição do passado. É preciso informação, não mais informação, mas informação de qualidade, que esclareça, não sendo imposta, com liberdade e libertação da "zumbificação" em que as pessoas se encontram atualmente, agarradas aos telemóveis.
Recomendo, claramente!

Satrapi, Marjane (2023). Mulher Vida Liberdade. Lisboa: Iguana.

Tradução:Inês Fraga
Nº de páginas: 288
Início da leitura: 27/04/2024
Fim da leitura: 03/05/2024

**SINOPSE**
Para marcar o aniversário da morte da iranaiana Mahsa Amini e o começo do movimento Mulher Vida Liberdade, um livro com a visão de dezassete ilustradores reconhecidos mundialmente e três especialistas sobre o Irão, sob a coordenação de Marjane Satrapi.

Em 16 de Setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem estudante iraniana, foi detida e espancada até à morte pela polícia religiosa em Teerão. O seu único crime foi não usar o lenço imposto às mulheres pela República Islâmica. O destino desta mulher de 22 anos desencadeou uma onda de protestos sem precedentes que rapidamente se espalhou por todo o país.

Por ocasião do primeiro aniversário do movimento, Marjane Satrapi reuniu alguns peritos e cartoonistas. Juntos, querem mostrar o que não pôde ser fotografado ou filmado devido à censura.

Este livro marca o aniversário da morte de Mahsa Amini, estudante iraniana que foi, em 2022, espancada até à morte por um suposto "crime religioso" - não usar o lenço imposto às mulheres. A sua morte e toda a violência que envolveu que Marjane Satrapi reuniu vários ilustradores para contar a história do movimento político e social "Mulher Vida Liberdade".
Este é um romance gráfico fabuloso, se bem que duro de ler. É sempre duro quando nos são apresentados casos reais. É um livro que nos informa e nos apresenta factos que envolveram o movimento criado por Mahsa Amini, a sua contextualização política e histórica, através de várias histórias (de 46 autores iranianos) que se interligam entre si formando um todo coeso. 
As ilustrações contribuem para aguçar os sentidos, despertar consciências, dominando os tons negro, vermelho, cinzento, que tão bem se coadunam com as mensagens transmitidas. Há, além disso, uma grande variedade de ilustrações, uma vez que foram feitas por artistas diferentes. É um livro que todos deviam ler. Não entretém, ensina. Não dispõe, indispõe. Não ficciona, apresenta factos.
Aconselho mesmo muito!

Ribeiro, João Manuel (2010). Amo-te, Poemas para Gritar ao Coração. Porto: Trinta por uma linha.

Nº de páginas: 56
Ilustrações: Ângela Ferreira
Início e fim da leitura: 03/05/2024

**SINOPSE**
Uma colectânea onde se encontram reunidos 25 poemas arrebatadores para dar largas ao amor e despertar para a poesia.
Ideal para adolescentes apaixonados.
in Pais&Filhos, Setembro de 2010
Este é um livro de poesia, bastante simples. São poemas livres, escritos sem uma preocupação estilistica. É assim, de forma livre, que o sujeito poético destes poemas nos fala de amor, um amor que se declara, um "pedaço de céu" que se ama "com a fúria do silêncio", o amor que, com um "olhar mineral" deixa o "eu" poético a transbordar de alegria, um "navio de fogo", uma "perdição", um "sismo", um "S.O.S.", um "Tsunami", pela intensidade e sentimentos contraditórios que provoca no sujeito poético. É também paixão e entrega.
Este é um livro de que os jovens apaixonados (e não só) vão com certeza gostar.
Tive o prazer de poder participar num encontro com o escritor, onde nos falou deste e de outros livros. Aconselho!
Deixo dois poemas:

Weaver, Tim (2024). Pássaro Negro. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução:Paulo Emílio Pires
Nº de páginas: 392
Início da leitura: 27/04/2024
Fim da leitura: 03/05/2024

**SINOPSE**
"Um desaparecimento impossível

Cate e Aiden Gascoigne foram filmados, felizes e sorridentes, dez segundos antes de se precipitarem com o carro. Em poucos instantes, o veículo incendiou-se e eles ficaram presos lá dentro. Quando os bombeiros chegam ao local, não há vestígios do casal. O carro está vazio. O que aconteceu?

Um homicídio antigo

Dois anos e meio depois do terrível acidente, a família de Cate ainda não desistiu de descobrir a verdade, pois os corpos da filha e do marido nunca foram encontrados. Para onde foram? Como podem ter-se evaporado? Contactado pela família, David Raker é chamado para investigar um caso de desaparecimento que não parece ter nada de óbvio e que o leva a relembrar histórias e homicídios ocorridos trinta anos antes na costa norte do país - crimes não resolvidos e sem culpados. O que aconteceu a Cate e Aiden? O detetive Raker parece ser o único capaz de desvendar o caso…"
A premissa deixou-me na expetativa de um grande thriller. Confesso que no início a história se arrasta de uma forma um pouco confusa, numa alternância entre passado e presente, que não encaixamos de imediato. A partir de menos de metade do livro, comecei a encaixar as peças aparentemente soltas e já não consegui largar a leitura enquanto não terminei. Demorei 5 dias para ler a primeira parte e um e meio para terminar.
Os corpos de Cate e Aiden desaparecem após terem sofrido um acidente de viação, em que o carro caiu numa ravina e se incendiou. 
Dois anos e meio depois, os pais de Cate continuam a querer saber o que aconteceu ao corpo da filha. É aí que entra a investigação por parte de Raker e Healy que, ao desvendarem este crime, se apercebem de que há muito mais envolvido. 
Convido os apreciadores deste género literário a juntarem-se ao carismático inspetor David Raker no desvendar deste crime.
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Sobre mim

Professora de português e professora bibliotecária, apaixonada pela leitura e pela escrita. Preza a família, a amizade, a sinceridade e a paz. Ama a natureza e aprecia as pequenas belezas com que ela nos presenteia todos os dias.

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