A Paciente Silenciosa, Alex Michaelides


Michaelides, Alex (2019). A Paciente Silenciosa. Lisboa: Editorial Presença.


A Paciente Silenciosa é um livro escrito por Alex Michaelides e traduzido por Marta Mendonça. É um livro que nos absorve logo nas primeiras páginas e que só conseguimos largar se tivermos mesmo algo urgente para fazer. Caso contrário, as suas 333 páginas são devoradas compulsivamente.
Alicia era pintora. Encontra-se internada e, desde que supostamente matou o marido, não voltou a proferir nenhuma palavra. No Grove, onde se encontra internada, já tinham desistido de tentar que ela falasse.
Théo Faber, cuja infância foi bastante conturbada, tornou-se psicoterapeuta para resolver o seu caos interior. Conseguiu uma entrevista de trabalho para a Grove, porque queria ajudar Alicia a falar. Todos lhe diziam que ela era louca, que nunca mais falara e que ele não iria conseguir, era uma perda de tempo. Além disso, ela era perigosa. Mas Théo não desiste, considera que Alicia está demasiado medicada e consegue interceder para que lhe seja reduzida a dose de medicação. Na primeira sessão, depois de reduzida a medicação, Alicia atacou Théo, apertando-lhe o pescoço com o intuito de o matar. Estava já a sufocar, quando conseguiu premir o alarme.
A par das sessões que vai tendo com Alicia, nas quais não se notam grandes progressos, vai-nos sendo apresentado o diário dela e momentos da vida pessoal de Théo. Este era casado com Kathy, que era a sua esposa e a mulher da sua vida. Certo dia, Théo encontra, sem querer, mensagens de cariz pessoal e sexual, no computador da mulher. Esta estaria a traí-lo e isso era inconcebível para ele. No entanto, também não a queria perder, por isso não a abordou. A mulher era atriz e uma boa atriz no que toca a não dar a entender o que se passava na sua vida pessoal. Théo resolve adotar a mesma estratégia e, apesar de ferver por dentro, sorria para ela como se nada fosse.
Entretanto, é ponderada a continuação das sessões de terapia de Théo com Alicia, uma vez que não estão a surtir efeito. Mas este não desiste. Na última sessão, Alicia não fala, no entanto entrega-lhe o seu diário. Théo lê o diário de um só fôlego e começa a investigar por conta própria, mesmo sabendo que não o deve fazer, pois é apenas o terapeuta. Questiona todos os que pudessem estar envolvidos na morte do marido de Alicia, Gabriel, e todos os que, de alguma maneira, o pudessem ajudar a chegar ao âmago de Alicia, para perceber que acontecimentos a terão levado a calar-se voluntariamente para sempre. Não acredita que tenha sido ela a matar o marido. Acredita, isso sim, num homicídio.
No diário, Alicia conta que sentia que era perseguida por um homem, mas, nem o marido nem o médico que a seguia na altura, acreditavam nela. Mas Théo acreditava.
Entretanto, na narrativa encaixada nesta sobre a vida pessoal de Théo, este começa a seguir a esposa para ver com quem ela o traía.
Chegaria Théo a descobrir quem era o seu rival?
Conseguiria Théo que Alicia falasse?
Muito mais haveria a contar, mas não quero revelar mais. Só posso afiançar que o fim é totalmente inesperado e incrível.

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