Vidal, Víctor (2024). Não Há Pássaros Aqui. Lisboa: Leya.
Início da leitura: 18/12/2024
Fim da leitura: 21/12/2024
**SINOPSE**
"Ana recebe um telefonema de uma vizinha da mãe informando que Andrea desapareceu na sequência de uma série de escândalos no bairro, entre os quais o suposto sequestro de uma criança. Apesar de ter jurado a si mesma que não voltaria à casa da mulher que lhe infligiu todo o tipo de violência, Ana não consegue ficar indiferente à situação; e o que encontra no apartamento é bastante intrigante: lixo por toda a parte, pegadas de lama, móveis destruídos, garrafas vazias amontoadas no caixote.
Enquanto se interroga sobre o que terá sido a vida de Andrea desde o dramático acontecimento que marcou as duas para sempre, Ana empreende uma dolorosa viagem às memórias da infância, que incluem não só uma mãe desequilibrada e alcoólica que tem um relacionamento conturbado com um homem perigoso, mas também um rapaz frágil que a faz cúmplice dos seus traumas e, por via das afinidades, se torna o seu único amigo. E, apesar de não se verem há muitos anos e de Ana o ter desiludido, é justamente a este amigo que resolve agora pedir ajuda.
Com personagens inesquecíveis e desconcertantes, Não Há Pássaros Aqui é uma reflexão madura sobre o modo como aquilo que vivemos na infância determina a nossa vida adulta e como tendemos a reproduzir comportamentos a que assistimos, mesmo quando friamente os condenamos.
Num tempo em que a saúde mental é um problema à escala global, este é um romance de estreia profundamente atual que venceu o Prémio LeYa em 2023."
Prémio Leya 2023, Vítor Vidal, escritos brasileiro, escreve, sem dúvida muito bem. Neste livro, vai intercalando momentos presentes e momentos passados, de forma a prender o leitor à narrativa.
A história tem como protagonista uma mulher de 30 anos que começa por receber um telefonema a informar sobre o desaparecimento da sua mãe, que não via há vários anos. Regressa, então, à casa de infância para tentar descobrir o que acontecera à mãe. Mas, ao entrar em casa, um mar de memórias envolve-a e, inevitavelmente, temos analepses que nos permitem entender como foi esta relação com a mãe e o que levou ao seu afastamento. Por outro lado, no presente, queremos perceber como desapareceu a mãe, se houve crime ou suicídio. Convido-vos pois a mergulharem neste livro, que apreciei bastante.
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