Como Dei com o Meu Psiquiatra em Louco


Stilwell, Isabel (2001). Como Dei com o Meu Psiquiatra em Louco. Lisboa: Editorial Notícias

Este livro reúne dez contos, que são histórias com as quais nós, leitores, em algum momento das nossas vidas, nos identificamos. No fundo, são metáforas, através das quais a autora nos apresenta, de forma caricatural e um tanto absurda, mas muito divertida, os segredos da psicologia humana.  Como nos diz a própria sinopse do livro, e passo a citar “desde homicídios com queijo, duelos de faca e garfo, juízes que colocam os móveis em guarda conjunta, meias que fogem para a Terra das Meias, meninas cujo cérebro se alojou no cotovelo e mulheres que dão alvíssaras a quem lhes encontrar a alma perdida. Respire fundo e mergulhe sem medo. Vai ver que estas histórias falam de si.”
Por exemplo, no conto “A Cristaleira em Guarda Conjunta”, um juiz, questionado, um dia, sobre se os móveis, como o nome indica, são feitos para permanecerem no mesmo lugar ou para serem realmente “móveis”, decide colocar os móveis de um casal sem filhos em guarda conjunta, devendo estes passar a estar quinze dias em casa de um e quinze dias em casa do outro. Um assunto sério, no que se refere à guarda partilhada dos filhos, transposta, de forma muito engraçada para os móveis. Não podemos deixar de sorrir quando um elemento do casal refere que os seus móveis são maltratados em casa do antigo cônjuge, porque nem um paninho do pó a “outra lambisgóia” passa por eles. Finge que gosta deles, mas ignora-os, mal ele vira costas.



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