Eu Sou um Lápis, Sam Swope




Eu sou um Lápis é um livro de Sam Swope, traduzido por Lucília Filipe, que ganhou os prémios Book for a Better Life Award (2004), Christopher Award (2005) e foi nomeado para melhor livro de 2004 pela revista Publishers Weekly.
Sam escrevia livros para crianças, quando foi convidado para dirigir uma oficina de escrita com uma turma do 3º ano, em Queens. Esta turma de 28 alunos, filhos, em grande parte de imigrantes, veio conferir um novo sentido à sua vida, ao ponto de escrever este livro sobre esta fantástica experiência.
Mr. Swope, como era tratado pelas crianças, conseguiu despertar-lhes o gosto pela escrita, de uma forma gradual, ensinando-os a pensar, a observar tudo à sua volta, a ver para lá do que está à sua volta, a escolher as palavras, a extravasar os sentimentos e emoções.
Nem sempre esta tarefa se revelou fácil, esbarrou contra muitas paredes. Cada um tinha a sua vida, a sua família, os seus problemas, os seus medos e os seus anseios. Mas, Mr. Swope nunca desistiu, ouvia-os, compreendia-os ou não, ensinava-os e repreendia-os quando assim era necessário. Muitas vezes, sentiu o desapontamento e o desânimo tomarem conta de si. Mas persistiu. Estas crianças, cada uma à sua maneira e com as suas características muito peculiares, despertaram nele a atenção, a esperança e os afetos.
Ao longo de três anos, através dos imensos diálogos que manobrava de forma exímia de modo a espicaçá-los para a escrita ou, simplesmente, orientá-los, preparou-os para um mundo de perigos e de desafios, sem que perdessem toda a sua riqueza genuína interior, a força e a criatividade.
Foi ao lado dos pais que aguardou a entrada nas escolas que mais lhes conviriam, com que tinha contactado e às quais tinha levado as crianças e os pais.
É com orgulho que recorda os sucessos que obtiveram e para os quais contribuiu.
Eu sou um Lápis põe lado a lado as agruras da vida e a magia que cada um tem dentro de si, as inseguranças que tentam sujeitar o ser humano a fechar-se e a viver dentro das suas ideias e a audácia de as passar para o papel.
                                                                                          Célia Gil

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