Bravo, Íris (2020). A Terceira Índia. Lisboa: Cultura Editora.
Nº de Páginas –
484
Início da
leitura – 8 de fevereiro
Fim da leitura
– 14 de fevereiro
A Terceira
Índia de Íris Bravo é um romance que se
caracteriza por uma escrita fluente, mas que ficou muito aquém das minhas
expetativas.
Primeiro, é um livro demasiado extenso, tornando-se a história muito
repetitiva, com pormenores que dispensávamos.
Segundo, as personagens não me cativaram. Sofia tem
32 anos, é professora e casada com Ricardo, um “betinho” pretensioso. Sofia é
uma eterna adolescente, não revelando a maturidade suficiente na gestão das
suas relações amorosas. Preocupa-se com o bem da humanidade. Porém,
vangloria-se disso.
É casada com Ricardo, um arquiteto de uma família
nobre ribatejana. Porém, face à sua incapacidade de engravidar (sofre de
endometriose), tendo apenas um ovário, acaba por ficar obcecada, não desistindo,
ainda que os médicos a aconselhem a parar e submete-se a várias tentativas de
FIV. Para além deste drama, acaba por descobrir que o marido a traiu com uma
estagiária e sai de casa, pedindo-lhe o divórcio.
Quando uma amiga lhe propõe que a substitua nas suas
funções docentes em Moçambique, para se poder tratar de um tumor, Sofia não
hesita e decide partir para Moçambique. Esperava eu que este fosse o ponto de
viragem da história. Mas não foi assim.
Logo na viagem conhece Alex, com quem acaba por se
envolver. E mais não digo, para não adiantar muito e revelar pormenores a quem
quer ler.
Só na parte final é que a ação ganha um pouco de suspense, mas de forma pouco credível. O final inesperado, até poderia ser interessante, se a história tivesse tido a força e o interesse que a premissa inicial prometia.
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