A Menina do Bosque, S.K. Tremayne


Tremayne, S.K. (2019). A Menina do Bosque.  Amadora: TpSeller.
Nº de páginas: 320
Leitura iniciada no dia 22/06
Leitura Terminada no dia 27/06


A Menina do Bosque é um livro escrito por S. K. Tremayne e traduzido por Rui Azeredo. Enigmático como As Meninas do Gelo, que também já li, é um thriller repleto de mistério, que surpreende até ao fim.
Lyla é uma menina de 9 anos, que vive isolada no seu mundo e presa nas suas memórias e fantasmas. Tem todos os sintomas da Síndrome de Down, não consegue fazer amizades, tem comportamentos típicos desta doença, como, por exemplo, fazer padrões, é enigmática, tem longos silêncios e gosta de caminhar livre pelo bosque com os seus dois cães.
Aparentemente, tiveram uma vida feliz, até ao momento do acidente da mãe, cujo carro cai numa ravina e ao qual sobrevive milagrosa e misteriosamente. Mas parece que o acidente teve sérias repercussões na sua mente, pois essa fase da sua vida apaga-se da sua memória e qualquer memória que possa ter é criada por ela própria. Até mesmo o acidente. Terá sido mesmo um acidente? Terá sido tentativa de suicídio, como lhe explicam mais tarde? Ou haverá ainda algo mais por explicar? Terão fundamento as acusações que lyla tem vindo a fazer ao pai? Será ele o responsável? Será ele a sombra que Lyla vê e diz que as persegue? Não é assim tão simples e linear.
A charneca, que poderia ser um local paradisíaco, surge como sombrio, quase demoníaco, para o que contribuem os animais mortos que vão surgindo, sem olhos, por exemplo os pássaros que Lyla dispõe por padrões.
Ao longo da história vamos assistindo ao abrir da cortina da memória de Katherine, tentando ligar as peças deste enigmático e sombrio puzzle, até conseguirmos vislumbrar o seu sentido. Mas é mesmo até ao fim, porque este é realmente inesperado. Qualquer suspeita que possamos ter ponderado, cai por terra.

Deixo o convite para entrarem nesta descoberta com a leitura do livro A Menina do Bosque de S. K. Tremayne, que é a minha sugestão de leitura, eu que sou a Célia Gil.


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