Paris, B.A. (2017). Ao Fechar a Porta.
Barcarena: Editorial Presença.
264 páginas
Leitura iniciada em 05-06-2020
Leitura terminada em 07-06-2020
Ao Fechar a Porta
é um livro escrito por B. A. Paris e traduzido por Marta Mendonça. Achei logo
curioso o facto de termos como narradora a protagonista do livro, Grace, sendo
que só sabemos aquilo que ela nos vai revelando, o que suscita uma curiosidade
crescente.
Grace, inicialmente,
aparenta ser uma mulher, como há tantas, sem vontade própria, presa numa vida
de fachada e numa relação machista, na qual se subordina inteiramente aos
desejos e ordens do marido, Jack, que quer que ela seja a esposa perfeita,
obediente aos seus caprichos. Apesar de não aparentar ser muito feliz,
compactua com ele, afirmando-se feliz e apaixonada. Entretanto, terá deixado de
trabalhar a pedido dele, não tem telemóvel, o que deixa a sua nova amiga de
circunstância, Esther, provavelmente a sua única amiga verdadeira, bastante
intrigada.
Surgem, no entanto, aos
olhos dos amigos de Jack como um casal perfeito. Só à medida que Grace nos vai
narrando os acontecimentos, é que percebemos as verdadeiras razões desta
relação, que é muito mais do que asfixiante, é completamente arrebatadora e
perturbadora.
Grace ter-se-á
apaixonado por Jack quando, certo dia, estando num parque com a irmã, Millie
(com síndrome de Down), esta começa a dançar sozinha e Jack aproxima-se e dança
com ela. O facto de ter a irmã, rejeitada pelos pais, a seu cargo, era sempre
um fator de afastamento por parte dos anteriores namorados, uma vez que não
queriam uma relação com a responsabilidade de tomar conta de alguém assim.
Quando Jack cativa Millie e mostra gostar dela e importar-se com ela, Grace
constata que encontrou o homem dos seus sonhos.
Mas existirá a
perfeição?
A partir do dia do seu
casamento, tudo se irá alterar, pois é aqui que começa a verdadeira história de
Grace e Jack.
Imprevisível, viciante
e de leitura compulsiva, assim é Ao Fechar a Porta de B. A. Paris, que
constitui a minha sugestão de leitura para esta semana, eu que sou a Célia Gil.
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