O Que Morre no Verão, Tom Wright


Wright, Tom (2013). O Que Morre no Verão. Lisboa: Bertrand Editora Lda.

Nº de páginas: 256

Início da leitura: 06/07
Fim da leitura: 10/07

O Que Morre no Verão é um livro escrito por Tom Wright e traduzido por Patrícia Xavier. É um misto de thriller, romance, policial, suspense, mistério, sobrenatural, com a força necessária das palavras para nos envolver e captar.
Jim é o protagonista e narrador desta história. Vive com a avó, após a morte do pai, tendo a mãe arranjado um companheiro violento.
Quando L.A., prima do narrador, foge de casa, vítima de uma família igualmente disfuncional e se lhes junta, a Jim e à avó, assistimos ao despertar de Jim para a aventura, muito influenciado pela sábia prima, que passa a seguir e a admirar, pois parece-lhe saber um pouco de tudo e é capaz de lhe ir esclarecendo dúvidas próprias da adolescência.
Nestas aventuras que os primos vivem, encontram, num determinado dia, uma rapariga morta, violada e brutalmente assassinada, visão que perturba Jim de tal maneira que ela vai passar a entrar nos seus sonhos que, de alguma forma, são prenúncio de acontecimentos futuros. Aliás, várias são as coisas que o perturbam, o que poderão pensar os outros, o medo de fazer algo de errado, medos esses que ficaram com certeza devido a um passado disfuncional por que passou. Aceita o facto de não conseguir perceber tudo e explica-o da seguinte forma: "Mas logo sobreveio outra ideia. Talvez não fizesse parte do grande plano que as pessoas tivessem direito a explicações. Talvez tivéssemos apenas a oportunidade de pensar sobre as coisas e de tentar descobrir o que é verdade e o que não é. Talvez o facto de não nos explicarem tudo, todos os porquês e os porque-nãos, fosse uma forma de respeito pela inteligência humana." (pág. 97)
Depois temos a evolução da relação com a namorada, Diana, nas férias que passam juntos com a família dela.
E mais não digo, não quero influenciar e revelar muito. Acrescento apenas que o final é surpreendente e tão perturbador como toda a obra. Porque a adolescência “morre no verão”, para dar lugar a jovens adultos com muito o que contar.

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