O Tesouro, Selma Lagerlöf

Lagerlöf, Selma (2017). O Tesouro. Lisboa: Cavalo de Ferro, 3ª edição.


Nº de páginas: 100

Início da leitura: 01/04

Fim da leitura: 02/04

O Tesouro é um clássico da literatura europeia, escrito por Selma Lagerlöf, traduzido do sueco por Liliete Martins.

De realçar que Selma Lagerlöf foi a primeira mulher a ganhar um Prémio Nobel da Literatura.

Gostei muito deste livro, porque, apesar de pequeno, é uma história cativante e que não carecia de mais enredo, uma vez que tem tudo. Aborda temáticas relacionadas com a riqueza, a família, a morte, o amor, a traição, a vingança… No verdadeiro sentido da palavra, é um tesouro!

Tudo se passa numa pequena cidade costeira, onde, apesar de o verão já ter chegado, o mar continua gelado, impedindo alguns soldados de partirem nos seus barcos.

A ação tem início com a personagem Torarin, um vendedor de peixe, que segue numa carroça, tendo por companhia o seu cão, com o qual vai conversando. Um cão com um dom premonitório, que Torarin não deveria ignorar. Quando para em casa do Sr. Arne, um ancião muito conceituado e rico, o cão uiva, mas o dono não liga e senta-se a jantar, como já era hábito, com Arne e a sua família. Durante o jantar, a esposa de Arne fica lívida e menciona que ouve, ao longe, o barulho de facas a serem afiadas. Ninguém lhe dá crédito.

Torarin, após a refeição, segue viagem. No dia seguinte, fica a saber que a casa do Sr. Arne foi assaltada e consumida pelo fogo. A família terá sido chacinada, com exceção da filha adotiva Elsalill, que se terá escondido atrás do fogão. Torarin, com pena da rapariga, leva-a para sua casa.

É aqui que a história ganha contornos de fábula e se misturam fantasia, superstição e religião.

Torarin não sabe se sonhou ou se, de facto, aconteceu. Mas, recorda-se de, ao passar novamente por casa do Sr. Arne, um criado lhe ter dito para entrar e jantar com o Sr. Arne, que o esperava. Surpreendido por ver a casa sem vestígios da destruição que tinha visto com os seus próprios olhos (apesar de não ver a arca do tesouro), não entende quando se senta a jantar com Arne e a sua família. Este fala em vingança e diz que não terão sossego nos seus túmulos, enquanto não forem capturados os assassinos. Incumbe a neta, a mais jovem, de levar a cabo essa vingança.

Entretanto, há um jovem que se aproxima mais de Elsalill, a quem ela não reconhece e por quem acaba por se apaixonar.

Quando a sua “irmã” lhe aparece, sente-se encurralada. O que deverá fazer, fugir e casar com aquele homem que ama ou ajudá-la na vingança merecida? Uma decisão difícil que só poderão saber como terminou se lerem o livro, que muito aconselho!

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