A Inquilina, Katrine Engberg

Engberg, Katrine (2020). A Inquilina. Lisboa: Minotauro.

Nº de páginas: 392

Início da leitura: 27/03

Fim da leitura: 30/03 

A Inquilina de Katrine Engberg é um policial thriller que se lê de forma rápida e cuja ação prometia prender-nos à história, desse o início.

Como já aconteceu com outros livros, a tradução e revisão deixam muito a desejar, incluindo erros de concordância sujeito-predicado e utilizando, por exemplo, uma personagem masculina o termo “obrigada”. Estes são ínfimos exemplos, havendo muitos outros a citar. É evidente que, para mim, este facto quebra a leitura. Tive de me abstrair da forma como está escrito e focar-me só no enredo.

A sinopse desperta a atenção, fazendo prever um thriller bastante intenso: “Uma jovem é brutalmente assassinada no seu apartamento. O caso é atribuído a Jeppe Korner e Anette Werner, detetives da polícia de Copenhaga.

Em pouco tempo, estes estabelecem um vínculo entre a vítima, Julie Stender, e a sua senhoria, Esther de Laurenti. Esta é também escritora e quando, Julie surge como vítima de assassinato no livro que ela está a escrever, o vínculo entre ficção e vida real torna-se evidente e perigoso. 

Mas o papel de Esther não é tão claro quanto parece. Será ela culpada ou apenas outra vítima, presa num jogo de vingança? Anette e Jeppe têm de mergulhar no passado das duas mulheres para descobrir a identidade do brutal e misterioso assassino.”

O que é facto, é que ainda que a autora consiga, com alguma mestria, levar-nos a desconfiar de todas e mais algumas personagens. Quando pensamos, “previsível, já está mais do que visto quem é o assassino!”, estamos redondamente enganados e deixámo-nos ludibriar bem ludibriados pela escritora. Porém, houve momentos muito parados e repetitivos, que careciam de um maior suspense e tensão.

Da dupla de detetives Jeppe e Anette, ficamos a conhecer especialmente Jeppe. De Anette pouco sabemos, a não ser que tem um apetite voraz por fast food.

É interessante o crime ter sido inspirado num livro escrito por Esther de Laurenti, uma das personagens fulcrais desta história. Mais interessante ainda é chegarmos ao fim e ainda nos surpreendermos.

3 estrelas.


0 Comentarios