Hotel Silêncio de Audur Ava Olafsdóttir

 OlafsdóttirAudur Ava (2019). Hotel Silêncio. Lisboa: Quetzal Editores.

Tradução: José Vieira Lima
Nº de páginas: 200
Início da leitura: 06/01/2024
Fim da leitura: 07/01/2024

**SINOPSE**
"Jónas Ebeneser está no limiar dos quarenta e nove anos. É um homem divorciado, heterossexual, sem relevância social ou vida sexual. E tem a compulsão de consertar tudo o que lhe aparece à frente. Tomou recentemente conhecimento de que não é o pai biológico da sua filha. Isso despedaça-o e fá-lo mergulhar numa crise profunda.

Com grande mestria, num estilo poético e finamente irónico, Ólafsdóttir mostra neste romance a capacidade de autorregeneração de um homem que redescobre um sentido para a vida através da bondade, mesmo que o faça a partir das profundezas do desespero.

Ör («cicatriz», no original) foi galardoado em 2016 com o Prémio de Literatura Islandesa, o Prémio de Melhor Romance Islandês e o Prémio dos Livreiros Islandeses."
Após um casamento fracassado, a confissão por parte da mãe da sua filha de que não é ele o pai biológico, de ter a mãe num lar, em que poucos são os momentos em que está plenamente consciente,  Jónas Ebeneser decide pôr termo à vida. O plano dele é fazer um furo no teto para se poder enforcar. Porém, onde vive, tem o vizinho atento, a filha que aparece sem avisar e acaba por mudar de planos. Precisa viajar para longe para, não conhecendo ninguém, não impor aos que lhe são mais próximos, lidar com o seu cenário de morte. E é isso que faz. Mas o hotel onde se instala, o Hotel Silêncio, vai operar nele algumas transformações, de que não vou falar, pois não quero que percam o interesse pela leitura. Se querem saber se Jónas se suicida e como o faz, terão mesmo de ler.
Gostei muito deste livro. A escrita é simples, sem deixar de ser cuidada. É, em alguns momentos em que descreve o pós-guerra, crua, direta e incisiva. A narrativa prende-nos e surpreende-nos a cada passagem. Recomendo!

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