A Ilha do tesouro, Robert Louis Stevenson

Stevenson, Robert Louis. A Ilha do Tesouro. Lisboa: Editora Guerra e Paz, 2016.

Tradução: Rui Brito Santana
N.º de páginas: 288 
Início da leitura: 05/10/2025
Fim da leitura: 07/10/2025

**SINOPSE**
"História de aventura e sonhos, com personagens inesquecíveis, de Billy Bones, o homem da cicatriz, ao heróico menino e moço Jim Hawkins, ao arquetípico pirata da perna de pau que é Long John Silver, ou ao terrível e malvado capitão Flint. Todos se movem por causa de um tesouro enterrado. Que talvez um mapa ajude a localizar."


Há livros que nos acompanham desde a infância, histórias que ficam gravadas na memória como aventuras inesquecíveis. A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, é um desses clássicos que atravessam gerações, reinventando-se em adaptações, versões infantis e novas edições. A edição da Guerra e Paz despertou-me a curiosidade de revisitar esta narrativa, agora com outros olhos - os de um leitor adulto que guarda ainda as recordações das leituras da infância.

Lembrava-me da emoção das primeiras páginas, do fascínio pelo mapa do tesouro, dos piratas e da promessa de aventura em mares distantes. Ao regressar à obra original, encontrei um texto mais denso, mais trabalhado, que confirma o talento de Stevenson e a razão pela qual o livro é um marco da literatura de aventura. No entanto, ao mesmo tempo, percebi que parte da magia se tinha dissipado. Talvez porque, na infância, a imaginação tem um poder que o tempo suaviza; talvez porque, ao crescer, lemos de forma diferente - mais crítica, menos entregue.

Ainda assim, valeu a pena esta leitura. A Ilha do Tesouro mantém a força de um grande clássico, uma história intemporal sobre coragem, ganância, amizade e descoberta. Não é apenas um livro de aventuras, mas também uma viagem interior, tanto para quem o lê pela primeira vez como para quem regressa a ele anos depois. E, mesmo que a magia não seja exatamente a mesma, há algo de reconfortante em perceber que ela ainda lá está, à espera de ser redescoberta - talvez por outros olhos, mais jovens, prontos para se deixarem encantar novamente.

0 Comentarios