À Procura de Summerland, Lucy Adlington

 Adlington, Lucy (2020). À Procura de Summerland. Amadora: Topseller.


Nº de páginas: 320

Início da leitura: 18-08-2020

Término da leitura: 22-08-2020

À Procura de Summerland é um livro escrito por Lucy Adlington e traduzido por Dina Antunes.

A primeira coisa que me despertou a atenção neste livro foi a capa, que considero belíssima e sabemos que “os olhos também comem”, apesar de nem sempre o conteúdo corresponder à expetativa inicial criada.

Depois, li a sinopse e pensei “Bom, prepara-te, Célia, espera-te mais um livro duro sobre a temática da II Guerra, e este mês já leste A Coragem de Cilka!”.

Quando comecei a ler, fiquei irremediavelmente presa à história. É o primeiro livro que leio que aborda o pós-guerra através da luz da esperança. E apesar dos fantasmas que povoam a vida da personagem principal, das lembranças dolorosas, dos segredos que guarda e que magoam, é uma personagem otimista, que quer esquecer tudo o que ficou para trás e viver, realmente viver tudo de que foi privada. Respira música, que sempre trauteou baixinho e tocou mentalmente.

Brigid é uma das muitas jovens judias órfãs, que não sabe do pai e perdeu a mãe em Auschwitz. Quando a guerra acaba, em 1946, parte para Inglaterra com o objetivo de encontrar Summerland, uma luxuosa casa de campo de que a mãe tanto lhe falara. Todo o espírito de vingança que pretende levar a cabo com uma faca que transporta, se vão desvanecendo e perdendo o sentido, à medida que se vai integrando em Summerland. A casa esplendorosa que esperava encontrar dera lugar a uma mansão decrépita, fria, mas, mesmo assim, muito melhor do que o guarda-vestidos onde a mãe a escondera dos nazis. Em Summerland procura encontrar respostas sobre a sua família.

Curioso vermos a outra parte desta guerra miserável. Joe é o filho da aparentemente arrogante dona da mansão, Lady Summer. Regressou da guerra mutilado, repleto de marcas da guerra e sem um braço.

Neste momento pensei “Queres ver que, depois disto tudo, vem um romance cor-de-rosa?”. Não, não veio um romance cor-de-rosa, mas sim um final surpreendente, que nos põe à prova e nos deixa surpreendidos.

Este é um livro de fácil leitura, penso que acessível a um público mais jovem, mas que pode ser lido em qualquer idade.

É cativante a forma como está escrito, os capítulos intitulados com o nome de comidas que são um marco de mudança na vida de Brigid.

Aconselho vivamente a leitura deste livro e dou-lhe ****estrelas.

0 Comentarios