Thompson, Gill (2021). O Comboio da Esperança. Lisboa: Planeta de Livros.
Nº de páginas:
376
Início da
leitura: 03/01/2022
Fim da leitura:
06/01/2022
**SINOPSE**
Romance
baseado na história verídica do Kindertransportem em que milhares de crianças
judias foram salvas do Holocausto, quando enviadas para Londres. Um livro
comovente, sobre duas mães cujas vidas se cruzam e que têm de salvar uma
menina, a pequena Miriam, uma criança judia acabada de chegar a Londres e sem
família que a acolha.
Praga,
1939. Eva é atormentada por um segredo obscuro do seu passado. Quando os nazis
invadem o país, esta jovem mãe sabe que a única forma de manter a filha segura
é deixá-la partir, mesmo que isso signifique nunca mais a ver. Mas quando Eva é
levada para um campo de concentração, o seu segredo corre o risco de ser
exposto.
Em Londres, Pamela não sente que a guerra possa ser uma ameaça. Decide
voluntariar-se para ajudar a encontrar casas para as crianças judias que chegam
de toda a Europa.
Quando
vê Miriam, uma criança que não tem uma família que a acolha, resolve levá-la
para sua casa. É quando o seu filho se alista na RAF que Pamela percebe como
facilmente o seu próprio mundo pode desabar.
**OPINIÃO**
Este
é um livro inspirado em acontecimentos reais, nomeadamente o salvamento de
centenas de crianças checas por um corretor londrino; um campo de concentração
onde os judeus podiam dar concertos; desvios de aviões que terão permitido que
checos ex-pilotos da RAF fugissem de Praga sob o regime comunista. A partir daqui
a autora criou uma série de personagens e uma narrativa que permitisse
recuperar estes acontecimentos reais e dignificá-los.
É
um livro muito bom, muito bem escrito e com uma abordagem um pouco diferente da
II Guerra. Houve, com efeito, um “Comboio da Esperança”. Foi tudo realmente
mau, mas houve quem tentasse ajudar e impedir muitos massacres e que, por esse
motivo, é digno de ser recordado.
Tudo
começa com Eva que, ao regressar a casa, em Praga, depois de uma aula de piano,
é rodeada por soldados alemães e violada.
Mais
tarde, Eva casa e tem uma filha, Miriam. Quando Praga é invadida, acaba por
enviar a filha para casa de uma família, em Londres, onde poderia manter-se a
salvo. Durante algum tempo, trocam correspondência. Mas as cartas deixam de
chegar a casa de Pamela, que acolhera Miriam. Muitos desencontros e encontros
foram gerados por esta terrível guerra. E isto quando se teve a sorte de
sobreviver! Também a perda de familiares é um desgosto muito doloroso e difícil
de sarar.
Muito
teria a dizer sobre esta história, não fosse correr o risco de incorrer em “spoiler”,
por isso opto por não dizer mais nada e apenas sugerir a leitura deste livro para
quem gosta da temática. É muito bom!
0 Comentarios