Folman, Ari; Polonsky, David (2017). O Diário de Anne Frank – Diário Gráfico. Porto: Porto Editora.
Tradução: Elsa T.
S. Vieira
Nº de páginas:
160
Início da
leitura: 08/10/2022
Fim da leitura: 12/10/2022
**SINOPSE**
Escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de
1944, O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947,
por iniciativa de seu pai, revelando ao mundo o dia a dia de dois longos anos
de uma adolescente forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um
grupo de outros judeus, durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão.
Todos os que se encontravam naquele pequeno anexo secreto acabaram por ser
presos em agosto de 1944, e em março de 1945 Anne Frank morreu no campo de
concentração de Bergen-Belsen, a escassos dois meses do final da guerra na
Europa. O seu diário tornar-se-ia um dos livros de não ficção mais lidos em
todo o mundo, testemunho incomparável do terror da guerra e do fulgor do
espírito humano.
Lançada mundialmente em celebração do 70º aniversário de O Diário de Anne Frank, esta é a sua primeira adaptação para banda desenhada, realizada com a autorização da família e tendo por base os textos originais do diário.
Transformar
um clássico numa novela gráfica não deve ser nada fácil, ainda por cima um
diário, que é tão pessoal. Mas, sabendo que muitos jovens andam um pouco
arredados da leitura, esta é uma forma verdadeiramente motivadora e cativante
para que eles conheçam grandes obras como esta. Quem sabe, começando pela
novela gráfica, não fiquem com vontade de ler o livro original?! Afinal, quando
se fala de Holocausto, O Diário de Anne Frank continua a ser uma referência.
Os
próprios autores referem numa nota no final do livro que não foi de todo fácil
transformar a obra de Anne Frank, uma jovem de treze anos, com uma “visão tão
ponderada, poética e lírica do mundo”. Deve ter sido, com toda a certeza, um
grande desafio.
Certo
é que, quanto a mim, conseguiram atingir os seus objetivos. Por um lado, conseguiram
condensar “o texto integral” e conseguiram “ainda assim ser o mais fiel
possível à sua escrita”. Por outro lado, adorei as ilustrações, pois têm tudo:
os sonhos de uma jovem de treze anos, as perdas, a ansiedade e problemas de
relacionamento com os outros, tão normais na adolescência, as suas dualidades,
a sua personalidade irrequieta, curiosa e perscrutadora, a atenção recebida por
parte do pai, o afastamento da mãe, os seus medos, as características de todos
os que viveram no anexo, a forma como Anne os via, os sentimentos espelhados
nos rostos. São ilustrações que gostamos de “ler” com atenção e ver toda a
mensagem transmitida. Adorei!
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