A Livraria Perdida, Evie Woods

Woods, Evie (2024). A Livraria Perdida. Lisboa: Singular. 

Tradução: Elsa T. S. Vieira
Nº de páginas: 368
Início da leitura: 13/04/2024
Fim da leitura: 19/04/2024

**SINOPSE**

Numa rua tranquila de Dublin, uma livraria perdida está à espera de ser encontrada.


Opaline, Martha e Henry parecem não ter nada em comum além de terem sido, durante demasiado tempo, personagens secundárias nas suas próprias vidas. Opaline tem de fugir de Londres para não ser obrigada a casar-se, Martha parece inevitavelmente presa numa relação tóxica, e Henry está noivo de uma mulher que não ama.

É em Ha’penny Lane, uma pacata rua de Dublin, que os caminhos destas personagens se cruzam. Era ali que devia estar a livraria fundada por Opaline, onde Henry entrou uma noite, pouco depois de chegar à Irlanda… mas não só não está, como também não há registos capazes de provar que alguma vez tenha existido.

Seguindo o pouco que sabem sobre a incrível vida desta misteriosa mulher, Henry e Martha tudo farão para encontrar a livraria perdida e descobrir os seus segredos. Por entre os ramos de uma árvore que teima em crescer numa cave da capital irlandesa, páginas que sussurram, mistérios literários desvendados e livros que aparecem em prateleiras sem que alguém os tenha posto lá, as histórias destas três personagens que o destino põe à prova serão reveladas, mostrando que até a vida mais banal pode tornar-se tão fascinante como as que se encontram nas páginas dos melhores livros.

Este é um livro que respira livros e mistério em duas histórias, aparentemente distintas, mas que se cruzam a páginas tantas. Foi-me oferecido por amigas livrólicas muito especiais.
Intercalam-se dois momentos: um que se passa entre 1921 e 1952 e um segundo momento, que decorre no presente. A história antiga, que, no fundo, está no cerne da história atual, temos como protagonista Opaline, uma jovem que foge a um casamento por interesse da família e que deseja ser comerciante de livros. Da sua vivência em Dublin destaco o seu interesse por livros antigos e a descoberta de um segundo volume de uma escritora de renome que nunca terá sido publicado. É com interesse que acompanhamos a história, venturas e desventuras de Opaline.
A par desta narrativa, surgem outras duas, que se cruzam no tempo: Henry é um jovem "falhado", um noivo pouco confiante no seu futuro, que procura uma livraria que não encontra, mas que empreende todas as diligências necessárias na sua procura. Martha foge de um lar onde é vítima de violência doméstica e acaba por arranjar emprego como governata em casa da idosa Madame Bowden, que acaba por ter também um papel determinnate nesta história. Martha acaba por alugar uma casinha pequena, que esconde muitos segredos.
Este é um livro de aconchego, onde nos sentimos em casa. Escrito de forma simples, o seu enredo cativa. Aconselho a leitura!
"Comecei a ler o livro à noite. Havia algo sagrado naquelas horas de silêncio e escuridão que fazia com que parecesse um momento especial." (pág. 129)

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