Histórias Bizarras, Olga Tokarczuk

Tocarckuk, Olga (2022). Histórias Bizarras. Lisboa: Cavalo de Ferro.

Tradução: Teresa Fernandes Swiatkiewicz
N.º de páginas: 216
Início da leitura: 21/05/2025
Fim da leitura: 23/05/2025

**SINOPSE**
"Uma recolha inédita de contos, em que a celebrada autora de Viagens nos dá a conhecer os espaços infinitos que escapam à nossa razão, estabelecendo correspondências insólitas entre o real e o imaginário.

Um médico escocês do século XVII, ao serviço do rei da Polónia, descobre uma estranha raça de crianças verdes. Uma família de quatro mulheres idênticas, que se podem ligar e desligar, vê a sua rotina ser perturbada pelo aparecimento de dois vizinhos. Um mundo onde impera o uso do metal mantém a sua ordem graças ao sacrifício de um misterioso semideus com mais de trezentos anos. Uma mãe deixa uma estranha herança de vários frascos de conserva ao seu filho preguiçoso.

Eis algumas das histórias fascinantes que se encontram neste volume. Histórias capazes de desafiar expectativas e certezas, histórias que desenham os contornos de um presente alternativo e de um futuro apocalíptico; de confins geográficos que têm tanto de incompreensível quanto de familiar; de seres humanos alienados, solitários, perdidos. São histórias em que nada do que parece é e que encerram uma pergunta: a estranheza estará dentro de nós ou será ela uma característica do mundo?

Conjugando o grotesco, o fantástico, o humor negro e a beleza poética, Histórias Bizarras é mais um testemunho da singularidade literária e imaginativa de Olga Tokarczuk, que, unindo lugares e tempos, lança um olhar distópico e terno sobre a realidade e as profundezas da mente humana."

Esta obra, de Olga Tokarczuk, é uma coletânea de contos, que nos leva a universos onde o real e o imaginário se entrelaçam de forma inquietante. Reúne doze contos que exploram temas como identidade, solidão, morte e transformação, sempre com um toque de estranheza e profundidade psicológica, tão ao estilo de Tokarczuk. As personagens enfrentam situações insólitas, como um médico escocês do século XVII que descobre uma raça de crianças verdes, ou uma família de mulheres idênticas que podem ser ligadas e desligadas, perturbadas pela chegada de vizinhos. Cada narrativa convida à reflexão sobre a condição humana e os limites da realidade.

Críticos destacam a capacidade da autora em provocar o leitor, levando-o a questionar as suas próprias percepções e crenças. A tensão constante nas histórias serve como um convite à introspeção, explorando as profundezas da mente humana e os aspectos mais sombrios da existência. Ainda assim, já li outras obras da autora de que gostei mais, como o Conduz o Teu Arado Sobre os Ossos dos Mortos, Empúsio e A Alma Perdida.

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