Arenz, Ewald (2025). O Perfume das Peras Selvagens. Lisboa: Presença.
Tradução: Mónia Filipe
N.º de páginas: 256
Início da leitura: 26/05/2025
Fim da leitura: 29/06/2025
**SINOPSE**
"Quando duas mulheres a quem o destino não sorriu têm um encontro inesperado, a vida mostra-lhes que há uma forma poderosa de curar as feridas: abrir a nossa alma e o nosso coração.
Sally, 17 anos, anorética, foge da vida, de todos, do mundo. Liss, 50 anos, fugiu do mundo, está longe de todos, e o centro da sua vida é uma quinta, de que cuida sozinha. Por um acaso do destino, cruzam-se, e Liss estende a mão a Sally. Ao contrário de todos os outros adultos que conhece, Sally percebe que Liss não a julga. E, ao decidir ajudar Sally, Liss percebe que está a quebrar, pela primeira vez, a solidão dos seus dias.
Assim começa uma história que não teria história se Sally tivesse ficado apenas uma noite, como previsto. Porém, os dias transformam-se em semanas, enquanto Liss vai mostrando àquela adolescente tão magoada o seu mundo: como tratar das árvores, cuidar das abelhas, colher as peras selvagens. E, devagar, ambas abrem as suas almas e os seus corações, partilhando, tímida mas genuinamente, o que as fez chegar ali, tão longe dos outros, feridas pela vida; e há uma esperança, suave, doce e perfumada que começa a perfilar-se no horizonte.
Profundo, belo e inspirador, este é o romance que tocou milhares de leitores, sendo um dos livros mais recomendados pelos livreiros alemães nos últimos anos. Uma história que nos revela o poder transformador da amizade e nos recorda como podemos voltar a encontrar-nos a nós mesmos, se partilharmos a verdade que há em nós."
Sally, 17 anos, anorética, foge da vida, de todos, do mundo. Liss, 50 anos, fugiu do mundo, está longe de todos, e o centro da sua vida é uma quinta, de que cuida sozinha. Por um acaso do destino, cruzam-se, e Liss estende a mão a Sally. Ao contrário de todos os outros adultos que conhece, Sally percebe que Liss não a julga. E, ao decidir ajudar Sally, Liss percebe que está a quebrar, pela primeira vez, a solidão dos seus dias.
Assim começa uma história que não teria história se Sally tivesse ficado apenas uma noite, como previsto. Porém, os dias transformam-se em semanas, enquanto Liss vai mostrando àquela adolescente tão magoada o seu mundo: como tratar das árvores, cuidar das abelhas, colher as peras selvagens. E, devagar, ambas abrem as suas almas e os seus corações, partilhando, tímida mas genuinamente, o que as fez chegar ali, tão longe dos outros, feridas pela vida; e há uma esperança, suave, doce e perfumada que começa a perfilar-se no horizonte.
Profundo, belo e inspirador, este é o romance que tocou milhares de leitores, sendo um dos livros mais recomendados pelos livreiros alemães nos últimos anos. Uma história que nos revela o poder transformador da amizade e nos recorda como podemos voltar a encontrar-nos a nós mesmos, se partilharmos a verdade que há em nós."
Neste livro são abordados temas como o trauma, a saúde mental, a maternidade, o silêncio e a regeneração pela natureza, de foma subtil, sem dramatismos exagerados nem a reviravoltas artificiais; em vez disso, oferece um retrato realista, tocante e profundamente humano do sofrimento e da lenta, mas possível, redenção emocional.
A prosa de Arenz é lírica e sensorial. A descrição da paisagem rural — os campos, as árvores, os cheiros, o ritmo das estações — torna-se quase uma personagem por si só, funcionando como espelho e contraponto do estado emocional de Sally. A natureza surge como lugar de reencontro, de silêncio fecundo e de purificação. O "perfume das peras selvagens" é um símbolo central: remete para memórias, para o passado e para a beleza frágil das coisas simples.
As personagens são autênticas e enigmáticas, e, sem serem idealizadas, apresentam os seus defeitos e, grande parte das vezes, interagem através dos seus silêncios.
Aconselho.
0 Comentarios