O Pássaro Noturno, Johanna Mo

Mo, Johanna (2021). O Pássaro Noturno. Porto: Porto Editora.

Tradução: João Reis

Nº de páginas: 408

Início da leitura: 06/12/2021

Fim da leitura: 12/12/2021

*SINOPSE*

A detetive Hanna Duncker está de regresso à terra natal. Dezasseis anos depois de trocar Öland por Estocolmo, a morte do pai obriga-a a revisitar a ilha onde passou a infância. Apesar de tudo o que aconteceu lá, apesar dos mexericos e de sentir todos os olhares postos em si, é naquele lugar remoto junto ao mar que se sente em casa.

Quando Joel, um adolescente de 15 anos, é encontrado morto e com sinais de violência no parque de merendas de Möckelmossen, Hanna é arrastada para uma investigação que envolve a sua antiga melhor amiga – aquela que abandonara sem qualquer explicação.

Ao mesmo tempo que procura descobrir o assassino de Joel, Hanna continua a viver as consequências de um crime horrendo cometido pelo pai, muitos anos antes. Conseguirá, algum dia, quebrar a ligação ao passado?

*OPINIÃO*

Sem ser um livro excecional, é um livro que nos proporciona uma leitura agradável nestes dias frios, com um bom de um chazinho a acompanhar!

Os inspetores me convenceram. A inspetora Hanna surge muito comprometida, revela-se humana, também ela possuindo as suas fraquezas, as suas questões mal resolvidas. Ao regressar à terra Natal, Oland, na Suécia, confronta-se com a forma fria como é recebida, uma vez que foi sempre associada a um terrível crime do pai, que estivera preso. Será bem assim? É o que saberemos, creio eu pelo que se dá a entender, num próximo livro da série.

Érik é o outro inspetor, pouco se dá a conhecer, compreendemos que põe a profissão acima de tudo. Não compreendi qual o papel família dele na história. Eram personagens escusadas.

Porém, a história de Joel, um adolescente de 15 anos, é uma boa história, onde muitos assuntos atuais se abordam, como o bullying, as dúvidas e questões relativas à sua sexualidade, nem sempre compreendida ou até deduzida pelos pais. Gostei dos capítulos narrados pelo jovem, que nos permitem conhecê-lo um pouco melhor e acompanhar tudo o que lhe aconteceu.

A mãe de Joel, Rebeca, considero-a uma personagem um tanto ou quanto fútil. Sempre descontente. E, apesar de ter um marido que a apoia e que a ajuda com os filhos, ela acaba por arranjar um amante e comportar-se como uma adolescente.

O final é imprevisível, mas não emocionante.

Adorei o facto de ter sido uma leitura conjunta e de termos opiniões divergentes, o que é sempre muito enriquecedor.

Era um livro com boas premissas, ao qual se poderia ter conferido maior suspense e ritmo. Para quem gosta de um thriller mais morno, aconselho a leitura. Claro que agora quero ler o próximo e compreender a verdadeira história do crime cometido pelo pai de Hanna.

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