Raparigas em Chamas, C. J. Tudor

Tudor, C. J. (2021). Raparigas em Chamas. Lisboa: Planeta.

Tradutor: Mário Dias Correia

Nº de páginas: 384

Início da leitura: 29/12/2021

Fim de leitura: 30/12/2021

 

**SINOPSE**

Uma vigária pouco convencional tem de exorcizar o passado sombrio de uma aldeia remota, assombrada pela morte e por desaparecimentos misteriosos, no novo thriller explosivo e inquietante da autora best-sellerde O Homem de Giz.
Há quinhentos anos, mártires protestantes foram queimados. Há trinta anos, duas adolescentes desapareceram sem deixar rasto. Há algumas semanas, o responsável da paróquia local enforcou-se na nave da igreja.

A reverenda Jack Brooks, mãe solteira de uma filha de quinze anos e dona de uma consciência pesada, chega à pequena aldeia com esperança de um novo começo. Em vez disso, encontra Chapel Croft repleta de conspirações e segredos, e é recebida com um estranho presente de boas-vindas: um kitde exorcismo e um cartão que a avisa: «Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se.»
Quanto mais Jack e a sua filha, Flo, exploram a localidade e conhecem os seus estranhos habitantes, mais elas são atraídas para as antigas divisões, mistérios e suspeitas. E quando Flo começa a ver imagens de raparigas em chamas, torna-se evidente que há fantasmas que se recusam a ficar enterrados.

Descobrir a verdade pode ser mortal, num lugar com um passado sangrento, onde todos têm algo a esconder e ninguém confia num estranho.

 

**OPINIÃO**

Este é um thriller com laivos de terror e mistério. Logo no início, promete: a chegada de uma vigária, Jack Brooks, e da sua filha adolescente, Flo, fugidas não se sabe do quê, envoltas num passado misterioso, tem o dom de nos prender à história. De referir que é uma reverenda diferente das demais, bastante mais moderna e de mente aparentemente mais aberta. Depois, Capel Croft, a localidade para onde foram, também ela é estranha, cheia de misticismo, um passado marcado por um acontecimento terrífico: quando duas jovens foram queimadas de forma macabra. No presente, os habitantes da pequena cidade mostram-se estranhos, desconfiados e pouco recetivos à chegada da vigária. Aparecem bonecas feitas de gravetos que se creem ser um muito mau presságio para quem as encontra.Temos ainda os jovens, os que praticam bullying e o Wrigley, um jovem que se diz vítima de bullying e que sofre de distonia.

Mas nada é o que parece e muitas reviravoltas e descobertas se poderão fazer ao longo do livro. Apesar disso e de ser um livro de fácil leitura, poderia ter sido trabalhada mais a parte do misticismo, do exorcismo, de magia negra, uma vez, que, no início, temos indícios de que se vão abordar esses temas. Pena a autora não o ter feito. Penso que, ao querer manter o leitor preso à história e estupefacto com os acontecimentos, acabou por sugerir muitas premissas que não desenvolveu e que teriam dado mais consistência à história. É a única crítica que tenho a apontar. De resto, não desgostei.

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