Wiggs, Susan (2022). A Livraria das Lembranças Perdidas. Madrid: HarperCollins.
Tradução:
Fátima Tomás da Silva
Nº de páginas:
400
Início da
leitura:13/07/2022
Fim da leitura: 15/07/2022
**SINOPSE**
Após
uma tragédia inesperada, Natalie Harper herda uma livraria com muito encanto, e
muitos problemas económicos, em São Francisco. Também se converte na cuidadora
do seu avô Andrew, que cresceu no prédio histórico de Perdita Street, onde fica
a livraria. O seu avô começou a sofrer perdas de memória e Natalie planeia
fechar a livraria e vender o prédio para pagar os seus cuidados. Só há um
problema: o seu avô é o proprietário e recusa-se a vender.
Relutantemente,
Natalie encarrega-se da loja, mas descobre que os livros lhe dão consolo para a
sua dor. Contrata um ex-marine da Geórgia, Peach Gallagher, para remodelar o
prédio antigo. Dorothy, a filha de Peach, é um raio de luz durante os longos
dias de Natalie, e até consegue colocá-la em contacto com Trevor Dashwood, um
atraente romancista que se interessa pela pequena livraria.
Para sua surpresa, o seu luto transforma-se numa viagem inesperada de descobertas e revelações, desde desenterrar objetos antigos escondidos nas paredes da livraria até descobrir a verdade sobre a sua família, o seu futuro e o seu coração.
Gosto
de livros cuja ação decorre em bibliotecas e livrarias. Porém, este foi uma
deceção.
A
premissa inicial prometia mais: era um dia importante para Natalie, ia celebrar
a sua promoção na empresa para a qual trabalhava. Porém, Natalie sente a falta
da mãe neste momento tão importante na sua vida. Também o namorado, o Rick,
fora fazer um voo de teste e não pudera comparecer. Afinal, o namorado, que ela
tencionava deixar, estava a preparar-lhe uma surpresa, fora buscar a mãe dela
para assistirem ao evento. Mas um terrível acidente acaba por lhes roubar a
vida. Natalie vê-se só e com uma livraria cheia de dívidas para gerir. Vendê-la
não era viável, uma vez que o proprietário era o avô, que vivia no edifício da
livraria e começara a sofrer de demência.
Até
aqui tudo bem, preparava-me para a mudança de planos na vida de Natalie, para
uma história em torno de livros. Mas, infelizmente, fala-se de livros por alto.
O relevo começa a ser dado ao pedreiro que a mãe contratara para obras de
restauro no edifício, de forma a facilitar a vida do avô. É uma história de
indecisões amorosas de Natalie entre o pedreiro e um escritor, o que não me
permitiu criar qualquer empatia pela protagonista. A única qualidade que
consigo atribuir-lhe é o facto de cuidar do avô. Esta história poderia ter sido muito mais
empolgante, se fosse canalizada para a recuperação da livraria, para o
desvendar de segredos guardados e procurados pelo avô, para os livros, para as “lembranças
perdidas”.
Depois
de Vozes de Chernobyl, precisava de algo mais leve, mas não tão leve. É
um livro ideal para quem gosta de histórias de amor e de relações complicadas.
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