O Homem em Busca de um Sentido, Viktor E. Frankl

Frankl, Viktor E. (2012). O Homem em Busca de um Sentido. Alfragide: Lua de Papel.

Tradução: Francisco J. Gonçalves

Nº de páginas: 160

Início da leitura: 18/02/2023

Fim da leitura: 19/02/2023

**SINOPSE**

"Nos seus momentos de maior sofrimento, no campo de concentração, o jovem psicoterapeuta Viktor E. Frankl entregava-se à memória da sua mulher - que estava grávida e, tal como ele, condenada a Auschwitz. Conversava com ela, evocava a sua imagem, e assim se mantinha vivo. Quando finalmente foi libertado, no fim da guerra, a mulher estava morta, tal como os pais e o irmão. No entanto, ele alimentara-se de outro sonho enquanto estava preso, e, este sim, viria a realizar-se: projetava-se no futuro, via-se a falar perante um público imaginário, e a explicar o seu método para enfrentar o maior dos horrores. E sobreviver. Viktor E. Frankl sobreviveu. E até morrer, aos 92 anos, divulgou por todo o mundo o método desenvolvido no campo de concentração - a Logoterapia.

O psicoterapeuta descobriu que os sobreviventes eram aqueles que criavam para si próprios um objetivo, que encontravam um sentido futuro para a existência - fosse ele, por exemplo, cuidar de um filho ou escrever um livro. Em O Homem em Busca de um Sentido, escrito em 1946, o autor narra na primeira parte a sua dramática luta pela sobrevivência. E na segunda, em breves páginas, sintetiza os mais de 20 volumes ao longo dos quais desenvolveu o seu método - aplicável a qualquer pessoa, em qualquer circunstância da vida."

Este é um livro que nos apresenta factos pouco abordados pelos sobreviventes do Holocausto. Não é um livro de ficção, mas o testemunho de um psicoterapeuta. Conta-nos os vários estádios por que passaram os prisioneiros, tentando responder à questão: "como se refletia no espírito de um prisioneiro comum a vida diária num campo de concentração?" Conta-nos que as atrocidades por que passaram, chegava a impedi-los de terem sentimentos e conferia-lhes apatia, morte emocional, uma frieza total face à morte, face à dor, face à própria vida. Refugiam-se no sonho de voltar para casa e dependem dessa esperança. A partir do momento em que desistem de viver, são os primeiros a morrer, porque, para se viver, é preciso encontrar um sentido por que viver. Mas será que quem conseguiu, de facto, voltar para casa rejubilou de alegria? Que sentimento dominou os prisioneiros libertados dos Campos de Concentração? Estas são algumas questões sobre as quais o psicoterapeuta se debruça. Gostei, mas tive pena de o autor não ter aprofundado um pouco mais essas reflexões.

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