A Agenda Vermelha, Sofia Lundberg

Lundberg, Sofia (2019). A Agenda Vermelha. Porto: Porto Editora.

Tradução: Elsa T.S. Vieira

Nº de páginas: 320

Início da leitura: 24/02/2023

Fim da leitura: 26/02/2023

**SINOPSE**

"Doris pode ter noventa e seis anos e morar sozinha em Estocolmo, mas tal não significa que não continue ligada ao mundo. Todas as semanas, aguarda ansiosamente o telefonema por Skype com Jenny, a sobrinha-neta americana que é, simultaneamente, a sua única parente. As conversas com a jovem mãe levam-na de volta à sua própria juventude e tornam mais suportável a iminência da morte, que Doris sente a rondá-la. De uma forma muitíssimo lúcida, escolhe, de entre as inúmeras memórias que uma vida longa carrega, as que estão relacionadas com aqueles que conheceu e amou e cujo nome inscreveu numa pequena agenda vermelha.

As histórias desse passado colorido - o amor platónico pelo pintor modernista Gösta Adrian-Nilsson; o trabalho como manequim de alta-costura em Paris, na década de 1930; a fuga clandestina num barco que é bombardeado pelos soldados alemães do III Reich, no auge da Segunda Guerra Mundial - recriam uma existência plena que, embora se aproxime do derradeiro final, não está isenta de surpresas: um lembrete agridoce de que, na vida, os finais felizes não são apenas ficção."
Este é daqueles livros quentinhos, que nos reconfortam. Doris é uma personagem que irradia doçura, força de vontade, amor. Tem 96 anos, uma mente lúcida, é inteligente, resiliente, persistente e deixa a sua história de vida contada na sua "Agenda Vermelha", que lhe foi oferecida pelo pai, na infância. E, apesar de ir registando também na sua agenda as perdas (que, nesta idade, foram já muitas), as dificuldades por que passou, nunca se deixou vergar pelos infortúnios da vida, sendo que esta agenda é também uma história de conquistas, de sobrevivência e, sobretudo, de amor, um amor que "move montanhas" e pelo qual estaria disposta até a uma fuga clandestina num barco, em plena II Guerra Mundial. É uma história de amor e de esperança. Aconselho vivamente a leitura! 

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