A Intuição da Ilha. Os Dias de José Saramago em Lanzarote, Pilar Del Rio

Rio, Pilar Del (2022). A Intuição da Ilha. Os Dias de José Saramago em Lanzarote. Porto: Porto Editora.

Tradução: Sérgio Machado Letria
Nº de páginas: 376
Início da leitura: 27/05/2023
Fim da leitura: 31/05/2023

**SINOPSE**

«Pilar del Río dá forma cintilante à épica quotidiana de Saramago em Lanzarote, enquanto compõe um hino à cultura da hospitalidade praticada em sua casa, onde o partilhar se cinzelou com os carateres de uma lei.»

Fernando Gómez Aguilera

 

Em A Intuição da Ilha. Os dias de José Saramago em Lanzarote, Pilar del Río constrói um mosaico de emoções, momentos passados e livros escritos sob a luz da ilha escolhida pelo escritor para viver. Uma forma de partilhar com os leitores acontecimentos singulares vividos n’A Casa e de contar como era a vida de José Saramago enquanto escrevia as suas obras: os passeios por Lanzarote; as ideias que davam origem aos romances; a convivência com os seus cães; os encontros na ilha com amigos como Carlos Fuentes, Ernesto Sábato, Susan Sontag ou Bertolucci; as experiências que trazia das viagens realizadas e as amizades entretanto nascidas. Um livro que procura dar a conhecer o ambiente d’A Casa e partilhá-la com os leitores.

Gostei tanto de ler este livro! Primeiro, é de uma doçura que deixa transparecer o amor de Pilar por Saramago. Depois, sem ser um livro maçador, de estudo, permite-nos conhecer melhor o nosso Nobel, o que esteve por detrás da escrita dos seus livros, como era A Casa e a biblioteca d'A Casa em Lanzarote, as pessoas que recebiam (escritores, políticos...),  passagens dos seus livros de referência, viagens realizadas, amizades, conversas, solidariedade, situações do dia a dia de Saramago na ilha, as suas rotinas nos últimos 17 anos de vida...
O livro apresenta ilustrações que Juan José Cuadrado fez para esta edição e inclui também fotografias. Já no final, transcreve-se a "Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos", elaborada por diversos especialistas, após o discurso proferido por Saramago aquando da receção do Prémio Nobel da Literatura, em 1998, em Estocolmo.
Um livro em jeito de conversa e cuja leitura se tornou muito agradável. Recomendo.

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