Ontem à Noite no Telegraph Club, Malinda Lo

 Lo, Malinda (2022). Ontem à Noite no Telegraph Club.

Tradução: Elga Fontes

Nº de páginas: 392

Início da leitura: 14/05/2023

Fim da leitura: 17/05/2023

**SINOPSE**

«O livro. Era sobre duas mulheres apaixonadas uma pela outra. — E então, proferiu a pergunta que se enraizara nela e que agora desenrolava as suas folhas e exigia mostrar-se à luz do Sol: — Alguma vez ouviste falar de tal coisa?»

Lily Hu não se consegue recordar do momento exato em que a pergunta se enraizou na sua mente, mas a resposta surgiu, como se um candeeiro de rua se acendesse numa noite negra, quando ela e Kathleen Miller caminharam sob o letreiro néon de um bar lésbico chamado Telegraph Club.

Em 1954, Chinatown, nos Estados Unidos da América, não é um lugar seguro para duas raparigas se apaixonarem. A Ameaça Vermelha intimida a população, sobretudo pessoas sino americanas como a família de Lily. Com o risco de deportação a pairar sobre o seu pai, apesar da cidadania duramente conquistada, Lily e Kath arriscam tudo para que o seu amor possa sair da escuridão e ver a luz do dia."
Este livro, como o refere a autora na nota final, foi inspirado em dois livros: Rise Of The Rocket Girls The Women Who Propelled Us. From Missiles To The Moon To Mars, de Nathalia Holt e Wide-Open Town- A History Of Queer San Francisco To 1965, de Nan Alamilla Boyd, que lhe "deram um vislumbre da história da América Asiática".
Assim nasceu esta ficção histórica, que decorre nos anos de 1950, em San Francisco. Lily é uma jovem estudante, de 17 anos, que vive com a sua família no bairro de Chinatown e que não se identifica com os interesses das suas colegas, ambicionando especializar-se em Aeronáutica ou Engenharia, pois tinha o sonho de um dia poder ir a Marte ou à Lua. Ao mesmo tempo, nutre uma grande curiosidade em conhecer o Telegraph Club, um bar de lésbicas e sente uma admiração profunda por mulheres vestidas de calças, como um homem. Assistimos, neste livro, à procura, por parte desta adolescente, da sua essência, da sua sexualidade, o que, de certa forma, é despoletado por Kath, uma colega sua, que a convida para ir ao Telegraph Club.
Gostaria, em alguns momentos, de ver mais aprofundados outros interesses da protagonista, mas penso que acabou por se focar muito no seu relacionamento pessoal, deixando o resto um pouco aquém das minhas expetativas. É um romance que poderá ser especialmente apreciado por YA

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