Sabrina, Nick Drnaso

Drnaso (2019). Sabrina. Porto: Porto Editora.

Tradução: José Lima

Nº de páginas: 204

Início da leitura: 9 de março de 2024

Fim da leitura: 15 de março de 2024

**SINOPSE**

"O que terá acontecido a Sabrina? A resposta surge escondida numa cassete de vídeo, enviada às redações de vários órgãos de comunicação social e que, rapidamente, se torna viral.
Sabrina é uma novela gráfica que vem estabelecer um marco na história deste género literário, tendo sido a primeira a ser selecionada para o Man Booker Prize, consensualmente aclamada como uma das mais empolgantes e comoventes narrativas dos últimos anos.
Fábula dos tempos modernos, marcada por uma ansiedade no limite da paranoia e onde um rastilho de fake-news, teorias da conspiração e muita especulação anuncia uma explosão que pode ocorrer a qualquer momento, este é um livro que fala daqueles que são apanhados pelos destroços de uma tragédia, que tem algo a dizer sobre o modo como vivemos e que promete desinquietar quem o ler.
"Uma obra-prima", nas palavras de Zadie Smith, "maravilhosamente escrita e desenhada. possuindo todo o pode político da polémica e em simultâneo toda a delicadeza da verdadeira grande arte. Assustou-me. Adorei."

"Uma obra de arte esmagadora." The New York Times

"Uma análise inteligente e arrepiante sobre a natureza da confiança e da verdade e a erosão de ambas na era da internet." The Guardian

"O primeiro grande romance americano do século XXI, uma novela gráfica que foi capaz de captar o mundo que vivemos." El País."

Li a sinopse e as críticas e pareceu-me interessante.
Esta é uma novela gráfica que ganhou o prémio Grampo de Ouro, no brasil e, em 2010, foi a primeira, neste género literário, a ser selecionada para o Booker Prize.
Na minha opinião, tem mérito pela atualidade do tema das "Fake News" e o estado depressivo e paranoico a que podem conduzir as pessoas nelas implicadas. Aborda, ainda, outras temáticas, paralelamente, do dia a dia da civilização atual. Nãso gostei, porém, das ilustrações. Faltou-me sentir as emoções no olhar das personagens, nos gestos... uma maior intensidade e qualidade gráfica. As letras são minúsculas, o que dificulta a leitura e as personagens assemelham-se todas entre si em termos gráficos.

Excerto: "Nós continuamos complacentes, ainda que a sensação de mal-estar, de isolamento e de raiva seja palpável. Esta cólera podia ser aproveitada e canalizada para a direção certa, mas em vez disso, nós viramos a nossa abjeta frustração uns contra os outros".

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