Davis, Viola (2024). Encontrar-me. Lisboa: Cultura Editora.
Tradução: Elga Fontes
Nº de páginas: 256
Início da leitura: 02/01/2025
Fim da leitura: 05/01/2025
**SINOPSE**
"Esta é a minha história, começando num apartamento em ruínas em Central Falls, Rhode Island, até chegar aos palcos de Nova Iorque e mais além. Este é o caminho que percorri para encontrar o meu objetivo, mas também a minha voz num mundo que nem sempre me via.
Enquanto escrevia Encontrar-me, os meus olhos abriram-se para a verdade de como as nossas histórias não costumam ser examinadas de perto. Somos obrigadas a reinventá-las para nos adaptarmos a um mundo louco, competitivo e crítico. Por isso, escrevi este livro para todos os que correm pela vida sem amarras, desesperados por abrir caminho por entre memórias obscuras, tentando alcançar alguma forma de amor próprio. Para quem precisa de ser recordado de que uma vida que vale a pena ser vivida só pode nascer de um ato de honestidade radical e da coragem de nos livrarmos das fachadas e sermos... nós próprios.
Encontrar-me é uma reflexão profunda, uma promessa e uma espécie de carta de amor ao nosso eu. A minha esperança é que a minha história o inspire a iluminar a sua própria vida com expressão criativa e a redescobrir quem era antes de o mundo o rotular."
Enquanto escrevia Encontrar-me, os meus olhos abriram-se para a verdade de como as nossas histórias não costumam ser examinadas de perto. Somos obrigadas a reinventá-las para nos adaptarmos a um mundo louco, competitivo e crítico. Por isso, escrevi este livro para todos os que correm pela vida sem amarras, desesperados por abrir caminho por entre memórias obscuras, tentando alcançar alguma forma de amor próprio. Para quem precisa de ser recordado de que uma vida que vale a pena ser vivida só pode nascer de um ato de honestidade radical e da coragem de nos livrarmos das fachadas e sermos... nós próprios.
Encontrar-me é uma reflexão profunda, uma promessa e uma espécie de carta de amor ao nosso eu. A minha esperança é que a minha história o inspire a iluminar a sua própria vida com expressão criativa e a redescobrir quem era antes de o mundo o rotular."
Mais um livro de caráter autobiográfico, o primeiro livro do meu ano de 2025, oferecido pelo meu filho mais velho, no Natal.
Este é um livro de memórias, de segredos guardados e, acima de tudo, uma tentativa de se reconciliar com o passado, de forma a enfrentar o futuro livre de medos e segredos. O passado dura, caracterizado por violência doméstica, abusos sexuais, rejeição, insegurança, bullying, vergonha e mágoa. Este livro é uma forma de ultrapassar todo este passado tão duro e um grito de esperança, uma mensagem de esperança para todos os que passam pelo mesmo. Aconselho sem reservas e deixo algumas das muitas passagens que me prenderam à história de Viola Davis:
"A minha maior descoberta foi que podemos, sem a menor dúvida, reescrever a nossa vida. Podemos redefini-la. Não temos de viver no passado. Descobri que não tinha apenas o ímpeto da luta em mim, mas que também tinha amor." (pág.1)
"Não há páginas suficientes para mencionar as discussões, o ser contantemente acordada a meio da noite ou o chegar a casa depois da escola com os ataques de fúria do meu pai e rezar para que ele não perdesse o controlo a ponto de matar a minha mãe." (pág. 79)
"A invisibilidade da dupla condição de negro e pobre é brutal. Se a isso juntarmos a fome constante, a porcaria da situação torna-se inflamável." (pág. 88)
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