Roth, Philip (1979). O Escritor Fantasma. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2017.
Tradução: Francisco Agarez
Nº de páginas: 192
Início da leitura: 27/01/2025
Fim da leitura: 30/01/2025
**SINOPSE**
"Primeiro volume da «trilogia e epílogo» Zuckerman Bound, O Escritor Fantasma é um romance sobre as tensões entre a literatura e a vida, a autenticidade artística e a respeitabilidade convencional - e sobre os profissionais que vivem com as consequências de sacrificar uma à outra.
O Escritor Fantasma marca o aparecimento de Nathan Zuckerman na década de 1950: um romancista promissor, fascinado pelos Grandes Livros, que descobre os apelos contraditórios da literatura e da experiência durante uma noite que passa na recôndita casa de campo do seu ídolo literário, E. I. Lonoff. Aí conhece Amy Bellette, uma jovem fascinante, de origem estrangeira indefinida, que descobre ter sido aluna de Lonoff e talvez tenha sido também sua amante. Zuckerman, com a sua imaginação jovem e irrequieta, pergunta a si mesmo se aquela rapariga não será a vítima paradigmática da perseguição nazi. Se fosse, talvez pudesse transformar-lhe a vida..."
Gostei muito deste livro.
Nathan Zuckerman, o protagonista, que surge noutras obras do autor e que é visto como o seu alterego, visita o escritor judeu eremita E.I. Lonoff, de quem admira a escrita.
Em casa de Lonoff, conhece Amy Bellette, antiga aluna de Lonoff e que tem pretensões de se tornar amante do afamado escritor, que idolatra como "pai", escritor e homem.
Nathan está a iniciar a sua carreira de escritor e acaba por escrever um conto, no qual revela acontecimentos familiares que não "dignificam" os judeus, pelo que a família se manifesta contra a sua publicação. Daí o conflito latente, como nos é mencionado na sinopse, entre a autenticidade artística e o que deve convencionalmente um escritor escrever.
Surpreendente, irreverente e muito bem escrito. Recomendo!
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