Invisível, Eloy Moreno

Moreno, Eloy (2022). Invisível. Queluz de Baixo: Editorial Presença.

Tradução: Ana Rita Sintra
Nº de páginas: 224
Início da leitura: 20/01/2025
Fim da leitura: 24/01/2025

**SINOPSE**
"Quem nunca sonhou ser invisível? E quem nunca desejou deixar de o ser, para que os outros nos vejam tal como somos?

Emotiva, surpr­eendente e diferente, esta história podia ser a de qualquer um de nós.

Um rapaz acorda no hospital após um acidente grave. Quando os pais lhe pedem para falar com uma psicóloga, ele explica-lhe que tudo aconteceu porque se tornou invisível e desenvolveu uma série de superpoderes. É então que começa a contar como tudo se passou…

Ele pega na sua mochila, desce as escadas e caminha para a escola. Poderia ter sido uma sexta-feira como qualquer outra, não fosse o teste de Matemática na última hora. E se, daquela vez, o rapaz tivesse dado outra resposta, talvez as coisas tivessem sido diferentes. Mas aquela resposta muda a sua vida.

De um dia para o outro, o seu mundo fica cheio de monstros: que vão e voltam, que magoam e humilham. E outros monstros que assistem a tudo e viram a cara. O rapaz sente a raiva crescer dentro dele, mas não sabe o que fazer com ela. Gostaria de se tornar um super-herói, de ter um superpoder capaz de impedir que se magoe novamente.

E, de repente, ele encontra esse poder, o poder da invisibilidade."

Invisível, de Eloy Moreno, é um livro que todos deviam ler. Não só pela relevância do tema, mas, principalmente, pela forma sensível e bem construída com que o autor aborda a história. Embora se destine a um público mais jovem, é uma leitura importante para todas as idades.

O livro é narrado, em grande parte, na primeira pessoa, por um rapaz, protagonista da narrativa, que vive num ambiente familiar e escolar repleto de desafios. A sua família não é desestruturada, mas os pais andam sempre ocupados com as dificuldades do dia a dia e com seus próprios objetivos, acabando por se afastar do filho, o que contribui para o isolamento do mesmo.

Após um desentendimento com um colega mais velho e popular na escola, o protagonista começa a sofrer bullying, sem, no entanto, reagir. O livro retrata com realismo esse processo doloroso e, ao mesmo tempo, emocionante, de ser ignorado, tanto em casa quanto na escola.

A narrativa cativa pela intensidade e verosimilhança dos acontecimentos, pela linguagem simples, mas expressiva.

Até que ponto, em determinadas circunstâncias, não seria preferível ser-se invisível?
Recomendo!

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