(imagem do Google)
ficou hirta
atrás da moldura.
A minha vivacidade
ficou pintada a rosa
numa das paredes da casa.
O meu sorriso
ficou escondido algures
na minha memória.
A minha paixão
ficou guardada
na gaveta da saudade.
A moldura agora
serve de casa às teias
de uma aranha feliz,
que se encarrega de escurecer
as imagens guardadas,
que faz por distorcer
os rostos de cada retrato.
A parede rosa
foi perdendo a cor
e a vivacidade
dando lugar
à humidade que escorre
manchando as memórias.
A gaveta cedeu,
já não abre
e criou mofo.
Pelas suas frestas
a paixão esvaiu-se
e deixou-a vazia.
Todos os momentos de fulgor
acabam fechados no passado,
histórias de momentos de glória
consumidos pelo bolor.
Célia Gil
4 Comentarios
Bom dia querida!!
ResponderEliminarLindo sentimento em uma linda poesia!
Beijos,
Carla
Lindo blog! Te sigo desde já.
ResponderEliminarMuito prazer!!
Carla
ah! como queria saber fazer isso, apagar...
ResponderEliminarObrigada pelas visitas!
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