Crónica de Uma Morte Anunciada, Gabriel García-Márquez

García-Márquez, Gabriel (1995). Crónica de uma Morte Anunciada. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 4ªed.

Tradução: Fernando Assis Pacheco

Nº de páginas: 112

Início da leitura: 19/11/2022

Fim da leitura: 20/11/2022

**SINOPSE**

"Vítima da denúncia falaciosa de uma mulher repudiada na noite de núpcias, o jovem Santiago Nasar foi condenado à morte pelos irmãos da sua hipotética amante, como forma de vingar publicamente a sua honra ultrajada e sob o olhar cúmplice ou impotente da população expectante de uma aldeia colombiana: é esta a história verídica que serve de base a este romance, e que, logo nas suas primeiras linhas, é enunciada.

A capacidade de Gabriel García Márquez em reconstruir um universo possuído pela nostalgia, mágica e encantatória da infância e a sua genial mestria em contar histórias fazem deste romance mais uma das obras-primas que consagraram definitivamente este autor."
Este autor colombiano também não engana, escrevia muito bem, o que lhe valeu o Prémio Nobel em 1982. A 1ª edição deste livro saiu em 1981.
Uma história verídica serve de base a esta obra, muito bem ficcionada pelo autor que era, sem dúvida, um excelente contador de histórias. 
É um livro pequeno (daí o ter intitulado de "Crónica"), que se lê num ápice, e que nos conta os meandros de uma morte anunciada: a de Santiago Nasar. Uma morte que poderia ter sido evitada, se as pessoas da vila a quem tinha sido dada a conhecer a intenção de matarem Nasar ou as premonições sentidas, tivessem sido levadas a sério. Parece que, mesmo que tenham acreditado nessa possibilidade, não o conseguiam evitar e nada fizeram para que tal não acontecesse, como se algo as prendesse à decisão tomada e anunciada. E é precisamente a necessidade de saber como mataram Nasar, o enredo em si, e não tanto quem matou e porquê, que isso nos é dito logo no início, ou o clímax da ação com a morte de Nasar, que nos aguça a curiosidade e nos prende à narrativa.
Há mortes que se fazem anunciar, como se estivessem predestinadas...

Aconselho a leitura!

0 Comentarios