Bolo Negro, Charmaine Wilkerson

Wilkerson, Charmaine (2022). Bolo Negro. Porto: Porto Editora.

Tradução: Carla Ribeiro

Nº de páginas: 404

Início da leitura: 21/11/2022

Fim da leitura: 26/11/2022

**SINOPSE**

"Conta uma história tão intensa quanto deliciosa- Taylor Jenkins Reid
Os irmãos Byron e Benedetta não se veem há oito anos, mas a súbita morte da mãe obriga-os sentarem-se finalmente à mesma mesa. Eleanor deixou-lhes um bolo no congelador com a críptica instrução de que o deverão partilhar «na altura certa».
Para além do bolo, uma homenagem às origens caribenhas da família, há ainda uma longa gravação áudio que abre com uma revelação impensável: Byron e Benedetta têm uma irmã.
Este, porém, é apenas o primeiro dos muitos segredos que a mãe quer agora, depois de morta, revelar, na esperança de emendar alguns erros do passado.
Nesta estreia surpreendentemente madura, Charmaine Wilkerson explora com fina sensibilidade as questões difíceis da identidade pessoal e social, numa saga familiar intensa, que cruza o tempo e a geografia, fazendo-nos acreditar que é sempre possível regressar a casa.
Bestseller do New York Times em adaptação para a televisão por Oprah Winfrey"
Uma boa estreia da escritora. Este é um drama forte e envolvente e que, apesar de, no início, parecer um pouco confuso pela quantidade de personagens e pela alternância entre vários momentos temporais e personagens, acaba por nos envolver.
Nem sempre o que parece é e os segredos acompanham Eleanor até à sua morte. Os filhos, Benny e Byron, só verão desvendados os segredos da mãe, após a sua morte, através de uma gravação áudio que deixou com o seu advogado. E é precisamente este acontecimento que volta a juntar os irmãos, antes inseparáveis, que viveram os últimos anos tão afastados. Mas é também esse acontecimento que vem desvendar muitos segredos guardados por esta mulher. As personagens são muito verosímeis, com virtudes e defeitos, o que lhes confere credibilidade. É o bolo negro, que passou de geração em geração, que volta a juntar os irmãos.
De salientar também toda a relação da família com o mar, através do surf; a questão do preconceito social em relação aos negros; a questão das crianças dadas para adoção; a orientação sexual (nem sempre fácil de aceitar pelos pais); os conflitos geracionais; as tradições; o multiculturalismo...Tem todos os ingredientes para uma boa história. É excecional? Não, apenas boa. Pelo menos na minha ótica.
Aconselho a quem gosta de um bom drama familiar!

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