Os Meus Dias na Livraria Morisaki, Satoshi Yagisawa

 Yagisawa, Satoshi (2023). Os Meus Dias na Livraria Morisaki. Lisboa: Editorial Presença.

Tradução: Marta Pinho

Nº de páginas: 144

Início da Leitura: 01/03/2023

Fim da Leitura: 03/03/2023

**SINOPSE**

Esta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.

"Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.

Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.

É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas.

Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão."

Este seria um livro para ler numa tarde, não fosse ele, no meu entender, algo entediante. Confesso que comprei este livro, pela capa maravilhosa, pelo título cheio de promessas e pela sinopse que aponta para uma premissa que, bem desenvolvida, ter-me-ia, com certeza, cativado. Digamos que é um livro fofinho, mas não passa disso. A linguagem é muito básica. A história acaba por ganhar outros contornos que remetem a livraria e o amor pelos livros (prometidos na sinopse) para segundo plano.
Gostei da parte inicial, da chegada de Takako ao bairro de referência em Tóquio, pelas imensas livrarias que possui; a forma como o tio, aos poucos, a vai orientando para sair do estado de apatia em que estava a sua vida, o nascimento de uma paixão pelos livros. A partir daí, há uma reviravolta que, quanto a mim, deixa muito a desejar.
A linguagem é demasiado simples, faltando-lhe a intensidade necessária para a história que é. Serve, porém, de entretenimento.

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