A Música das Abelhas, Eileen Garvin

Garvin, Eileen (2022). A Música das Abelhas. Alfragide: Editora Leya.

Tradução: Ana Lourenço

Nº de páginas: 392

Início da leitura: 20/03

Fim da leitura: 24/03

**SINOPSE**

"Alice Holtzman, de 44 anos, vive numa cidade rural do Oregon e está presa a um emprego sem futuro, a recuperar emocionalmente da morte inesperada do marido. Começa a sofrer ataques de pânico pela reviravolta que a sua vida deu e nem mesmo as adoradas abelhas que cria na sua quinta, nos seus tempos livres, conseguem aliviá-la.

O encontro chocante com Jake, um problemático adolescente paraplégico, e o subsequente interesse sincero dele pelas suas abelhas levam-na a tentar resgatá-lo da vida tóxica que leva em casa. Na vida de Alice surge igualmente Harry, um jovem de 24 anos desesperado por trabalho, que responde ao anúncio publicado por ela quando procura alguém para ajudá-la na quinta.

Destes encontros nasce uma amizade inesperada que, com uma ameaça que paira sobre a comunidade em que vivem e sobre a população local de abelhas, leva o improvável trio a unir-se em defesa das abelhas e, no processo, Alice, Jake e Harry acabam por descobrir uma oportunidade para ultrapassar os seus problemas e talvez até conseguir, quando menos esperam, uma segunda oportunidade na vida.

Comovente, caloroso e animador, A Música das Abelhas fala do poder da amizade, da compaixão face à perda, e de encontrar a coragem de recomeçar, em qualquer idade, quando as coisas não correm como se espera."
Não vou contar nada em relação à história, uma vez que a sinopse já o faz muito bem. Apenas digo que é um livro muito bom, bem escrito e que vale a pena ler. As personagens, diferentes do que é hábito, são-nos apresentadas como o anti-herói. Alice não é uma personagem simpática ou atenciosa. É apenas ela própria, com defeitos e virtudes, mas com fortes convicções em relação àquilo em que acredita. Nem sempre tem a força necessária, porque carrega em si fantasmas do passado que a fragilizam e a enclausuram na sua "ilha". Jake é um adolescente paraplégico, que foi sempre muito problemático. E Harry procura emprego, após sair da prisão. Todos diferentes, acabam por se cruzar... Não é um livro de leitura compulsiva, mas reflexiva. Aqui, a depressão tem vários rostos e é um tema que nos angustia, mas que é uma realidade cada vez mais presente.

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