Vejam Como Dançamos, Leïla Slimani

Slimani, Leïla (2022). Vejam Como Dançamos. Lisboa: Alfaguara.

Tradução: Tânia Ganho

Nº de páginas: 344

Início da leitura: 04/03/2023

Fim da leitura: 05/03/2023

**SINOPSE**

"1968, Marrocos: Mathilde, alsaciana, e Amine, oficial do Exército marroquino, são um casal com uma longa história atrás de si e um incerto futuro pela frente, à imagem do país onde vivem. Esta é a história de uma família hesitante entre a tradição e a modernidade, protagonizada por uma mulher enredada entre duas culturas, sufocada pelo conservadorismo do país onde escolheu viver e dividida entre a dedicação à família e o amor à liberdade. É também a história de um país que acabou de conquistar a independência e que procura o seu lugar, entre o espartilho religioso e o fascínio pelo Ocidente, entre a repressão e o hedonismo.

Leïla Slimani, uma das vozes mais importantes da literatura francesa, regressa à história da própria família para construir um romance cheio de personagens inesquecíveis e imagens fortes. Retratando um tempo e um lugar em que ressoam os ecos do Maio de 68 e as mulheres encetam o pedregoso caminho da emancipação, a escritora reafirma a sua impressionante destreza narrativa e o olhar clínico sobre a intimidade."
Este é o segundo volume da saga "O País dos Outros", sobre a família de Mathilde e Amine, ela francesa da Álsácia e ele marroquino. Neste livro, são vinte anos mais velhos e são donos de uma quinta próspera, retratando dois mundos em transformação: Marrocos e a questão da independência, os hippies americanos dos anos 60; e França, a lidar com o Maio de 1968. Agora são os seus filhos que seguem o seu rumo e nos levam entre danças e contradanças, em que a desigualdade de género é ainda muito evidente. Aïcha, a criança do primeiro livro, cresce, torna-se médica, optando pela obstetrícia (o que ainda era visto como uma atividade menor, feita até à altura por mulheres que não precisavam de curso). Aïcha apaixona-se... O irmão deixa-se envolver por este hedonismo hippie... E mais não posso revelar.
Tal como o primeiro, é surpreendente e bom. O ritmo é alucinante e não apetece largar o livro antes de terminar. 

0 Comentarios