Presa em Casa, Charlie Gallagher

Gallagher, Charlie (2023). Presa em Casa. Lisboa: Alma dos Livros.


Tradução: Francisco Silva Pereira

Nº de páginas: 352

Início da Leitura: 12/03

Fim da leitura: 15/03

**SINOPSE**

"O tempo de Grace está a esgotar-se. Estendida no chão da casa de banho, luta por recuperar o fôlego depois de ser pontapeada pelo companheiro. Encolhe-se, com dores nas costas e no tronco, nas zonas onde ele lhe atirou com a porta. Não pode ignorar mais os sinais: se não conseguir escapar dali vai acabar por morrer.

Entretanto, Maddie Ives, detetive numa equipa especializada em proteger mulheres vítimas de maus-tratos, visita Grace depois de uma denúncia anónima. Quando a conhece, recomenda-lhe que mantenha um diário e detalhe tudo o que possa servir como prova em caso de agressão.

Grace procura dizer-lhe o que está a acontecer para que Maddie a ajude. No entanto, não consegue ser totalmente honesta. O companheiro vigia-a constantemente e obriga-a a fingir estar bem quando alguém os visita. Por isso, ninguém entende realmente o seu drama, o terror da situação. Enquanto mantém as aparências, a sua vida está em contagem decrescente.

Ao mesmo tempo, Maddie Ives tem outros assuntos urgentes para resolver: um rapaz morto numa casa de banho, um bombista dentro de um carro à procura de justiça e até o regresso de um antigo colega com cicatrizes profundas do passado. Será ela capaz de lidar com tudo e ainda ajudar Grace a salvar-se?"

Que dizer deste livro que não tenha sido mencionado na sinopse? Que, apesar de ser uma livro de ficção, chama a atenção para o que continua a ser um grande problema muito preocupante na sociedade: a violência doméstica. E todos os atos brutais aqui narrados, ainda que ficcionais, é bom que agitem as mentes, que abram as mentes para tudo o que as vítimas realmente passam, os traumas que ficam, o medo... Gostei do facto de Grace, a nossa vítima, ter procurado formas de comunicação através da escrita de um diário, no qual se dirige a Maddie, detetive especializada nestes casos de violência doméstica.
Há momentos de perder o fôlego, em que nos apetece entrar na história e mudar o rumo aos acontecimentos. Aliás, não há momentos mortos. E isso é um fator muito positivo, pois significa que a história nos envolveu e não nos deixou indiferentes. É de leitura compulsiva e pena tenha de não ter podido lê-lo de uma penada, pois o tempo não estica. Mas é um verdadeiro "page turner"!
A não perder pelos verdadeiros apreciadores de romances policiais.

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