A Menina no Vento, Luca Crippa e Maurizio Onnis

 Crippa, Luca e Onnis, Maurizio (2024). A Menina no Vento.Lisboa: Editorial Presença.

Tradução: Marta Pinho
Nº de páginas: 280
Início da leitura: 24/05/2024
Fim da leitura: 27/05/2024

**SINOPSE** 

"A extraordinária e comovente história verídica da sobrevivente do holocausto Hedy Epstein, A Menina no Vento. Numa pequena e tranquila cidade alemã, há uma menina como muitas outras. O seu nome é Hedy e vive no seio de uma família cheia de amor. Mas, um dia, na escola, o professor aponta-lhe uma arma à cabeça e diz-lhe para sair e nunca mais voltar. Hedy é judia, e estamos no dia depois da Noite de Cristal, 10 de novembro de 1938. Por sorte, os pais conseguem pô-la num comboio com destino a Inglaterra. Eles ficam para trás.

Oito anos passam, começam os julgamentos dos criminosos nazis, e há uma menina que chega a Berlim. Hedy está de regresso ao país e quer ajudar a condenar os médicos nazis que conduziram experiências desumanas nos campos de concentração. Há vinte e três acusados e ela não vai poupar esforços. Porém, Hedy tem também outra missão, tão ou mais difícil e dolorosa: perceber o que aconteceu aos pais, cujo rasto se perdeu nos portões de Auschwitz.

No vento, aquela menina parece escutar os lamentos e a tristeza dos que mais ama, e ela é, também, filha dele. Hedy não vai descansar até aquele vento serenar e a dor poder, por fim, não ser esquecida, mas começar a curar."
Muito se tem escrito e muito tenho lido sobre o Holocausto, tendo-me já cruzado, em algumas obras, com médicos aqui referidos e julgados. 
Mais do que retratar os horrores da II Grande Guerra, este livro fala-nos de uma criança, como muitas outras, que foi enviada pelos pais para Inglaterra, de forma a não ser, como eles, capturada. É assim que Hedy cresce, sem nunca esquecer os pais nem perder a vontade e esperança de os reencontrar ou de, pelo menos, saber o que foi feito deles. Oferece-se para auxiliar nos julgamentos de Nuremberg, em Berlim, para obter alguma informação sobre o destino dos pais.
É-lhe atribuída a missão de encontrar documentos que comprovem os crimes dos médicos dos campos de concentração que cometeram todo o tipo de atrocidades e cujas experiências deixaram de ser feitas em ratos para passarem a ser feitas em seres humanos.Começa a investigação dos documentos, o que se revela ingrato, pois é como "encontrar uma agulha num palheiro" e a data dos julgamentos aproxima-se. Terá Hedy encontrado algum documento incriminatório ou, mais uma vez, os criminosos ficaram impunes?
Um livro a ler para quem gosta da temática.

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