Coração-Castelo, Raquel Ochoa

Ochoa, Raquel (2024). Coração-Castelo. Alfragide: Oficina do Livro.

Nº de páginas: 304
Início da leitura: 14/05/2024
Fim da leitura: 16/05/2024

**SINOPSE**
"Japão, 1637. Com a proibição de professar o cristianismo e a imposição de avultados tributos à população, cerca de 35 000 camponeses liderados por um general-menino com reputação de fazer milagres invadiram várias fortalezas governamentais e acabaram por se refugiar na ruína do castelo de Hara. Reconstroem-no em conjunto para resistir, ao longo de vários meses, à resposta do xogum - um cerco implacável levado a cabo pelas suas tropas.

Entre os que lutam contra a tirania, encontram-se Jana e o seu filho pequeno, bem como o ronin Haru - samurai renegado e agora ao serviço do seu povo. Apesar do ódio mútuo inicialmente sentido, Haru não consegue ficar indiferente a essa mulher que carrega um mistério e sabe pegar em armas, nem ao ciúme provocado pela relação dela com o missionário Clarimundo, um dos poucos portugueses que ainda não deixaram o Japão.

Mas são forçados a lutar em conjunto e, no caos que só a guerra poderia causar, os sentimentos entre estas três personagens vão exacerbar-se. Tal como no final do cerco, não existirá redenção, só a grande busca da liberdade. e a certeza de que há vida enquanto houver amor.

Este é um extraordinário romance sobre um episódio real, que foi finalista do Prémio LeYa em 2023."
Que livro maravilhoso! Adoro a forma como Raquel Ochoa escreve e este livro é simplesmente fabuloso! Numa escrita límpida e envolvente da primeira à última linha, somos conduzidos ao Japão de 1637. 
É impossível ficarmos indiferentes às personagens (especialmente Jana e Tago, respetivamente mãe e filho), uma vez que as acompanhamos, torcemos por elas e desejamos que tudo termine bem e também porque é uma história real. Jana é uma "mulher de armas", que não hesita em vestir a armadura e lutar pelos seus no campo de batalha, ainda que essa atitude possa pôr em risco a sua vida. Apenas quer salvaguardar o futuro do seu pequeno filho. 
Mais não posso contar, mas aconselho vivamente a leitura deste grande romance, justamente nomeado como finalista do Prémio Leya.

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