A Vida Secreta das Árvores, Peter Wohlleben

Wohlleben, Peter (2016). A Vida Secreta das Árvores. Lisboa: Pergaminho.

Tradução: João Henriques
Nº de páginas: 256
Início da leitura: 16/05/2024
Fim da leitura: 19/05/2024

**SINOPSE**
"Acontecem coisas espantosas na floresta: árvores que comunicam entre si (enviando sinais elétricos através de uma rede subterrânea de fungos). Árvores que cuidam não só dos seus rebentos como também dos seus «vizinhos» doentes e velhos ou órfãos.
Árvores que têm sensibilidade, sentimentos e memórias. Incrível? Mas é verdade! O silvicultor Peter Wohlleben conta histórias fascinantes sobre as espantosas e pouco conhecidas caraterísticas das árvores. Com base não só nas descobertas científicas mais recentes, como também na sua própria experiência de vida na floresta, partilha com o leitor todo um mundo até agora desconhecido. Uma fascinante viagem pela vida secreta das florestas que é ao mesmo tempo uma verdadeira inspiração ecológica e nos leva a repensar a relação do homem com a natureza."
A leitura deste livro resultou de um desafio de ler um livro fora da minha zona de conforto. E não é que gostei? Aprendi muitas coisas interessantes sobre as árvores. Nunca imaginei que as árvores escondessem tantos segredos. Sempre as admirei, mas acredito que, a partir de agora, as olharei com outros olhos. Acredito também na teoria de que as árvores pensam, de que as suas raízes são uma espécie de cérebro, que permitem que a árvore estenda as suas raízes numa determinada direção ou evite zonas de perigo. Por isso, sentem (dor, emoções), comunicam, criam laços e cuidam-se entre si. Percebo ainda que o Homem é o maior inimigo de si próprio ao dizimar florestas em prol de construções que resultam dos seus sonhos megalómanos de exploração financeira. As árvores podem viver durante séculos, com a ajuda de outros organismos, e conseguem defender-se de ameaças, bem como comunicar através das suas raízes, em parceria com os fungos, a que o autor chama de "Internet da floresta".
Quando as árvores são plantadas apenas para embelezar passeios ou em zonas florestais para lenha, as árvores não comunicam pelas raízes, pois ou estão muito isoladas, ou não chegam a ter tempo de estender as suas raízes para se comunicarem e desenvolverem. As árvores precisam, tal como os seres humanos, de viver em comunidade. Por exemplo, as mais velhas que vão ficando mais frágeis e menos capazes de se nutrir, precisam de ajuda das árvores mais jovens.
Pelo que aprendi, só posso mesmo aconselhar esta leitura. 

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