O Que Guarda O Rio, Isabel Ibañez

Ibañez, Isabel (2024). O Que Guarda o Rio. Alfragide: Edições Gaialivro. 

Tradução: Elga Fontes

Nº de páginas: 528

Início da leitura: 23/09/2025

Fim da leitura: 27/09/2025

**SINOPSE**

"Inez Olivera, boliviana-argentina, pertence à luxuosa alta sociedade de Buenos Aires do século XIX, que se encontra imersa em magia antiga já esquecida. Inez tem tudo o que qualquer jovem quer, exceto o seu mais profundo desejo: estar com os seus pais, que passam o tempo a viajar pelo mundo e tendem a deixá-la para trás.

Quando recebe a trágica notícia das suas mortes, ela herda a enorme fortuna da família e um tio tutor legal. Em busca de respostas, viaja para o Cairo, levando consigo um anel de ouro que o seu pai lhe enviou antes de morrer para ser guardado. Mas, na sua chegada, a magia antiga ligada ao anel leva-a por um caminho sombrio e perigoso.

Com o desagradável e encantador assistente do seu tutor de guarda a frustrá-la a cada passo, Inez tem de confiar na magia antiga para poder descobrir a verdade sobre o desaparecimento dos seus pais - ou arriscar a tornar-se um peão num jogo muito maior que a pode matar."

Esta obra, de Isabel Ibañez, mistura elementos de fantasia com uma escrita encantadora e poética. A história transporta o leitor para um mundo onde o real e o mágico coexistem, criando uma atmosfera imersiva e profunda. O enredo é marcado por mistérios, segredos e personagens complexas, e ao longo da narrativa, a autora leva-nos a explorar a conexão entre o humano e o sobrenatural.

A escrita de Ibañez é rica em detalhes, com descrições vívidas que tornam o ambiente da história envolvente, ao mesmo tempo que mantém uma fluidez que faz com que a leitura seja prazerosa e dinâmica. Utiliza o ritmo da narrativa de forma eficaz, intercalando momentos de tensão com outros de reflexão e emoção. A autora também tem uma habilidade notável para criar diálogos naturais e expressivos que ajudam a aprofundar as relações entre as personagens.

A magia no livro é central para o enredo, mas não se apresenta de forma simplista ou excessivamente explicativa. Pelo contrário, a magia é tratada com um certo mistério, o que dá à história uma sensação de descoberta contínua. A autora faz uso de uma magia que não é apenas encantamento, mas também uma força ligada à natureza, ao espírito e aos sentimentos humanos, conferindo uma profundidade emocional à história.O enredo, com suas camadas de emoção, mistério e magia, não só cativa os fãs do género de fantasia, mas também provoca reflexões sobre temas como identidade, escolhas e o impacto das nossas ações. 
Recomendo!

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